Fim dos sintomas da dengue

27 abril, 2013


O Hospital de Medicina Alternativa (HMA) está disponibilizando para municípios com altos índices de dengue em Goiás doses de um remédio homeopático que ameniza as fortes dores e a indisposição causada pela doença. O medicamento é produzido à base de plantas, fósforo e Crotalus horridusch (veneno de cobra cascavel), mas não substitui e não é considerado como vacina. Ele foi testado e existe no País há cinco anos, a cidade de Ribeirão Preto-SP foi pioneira no tratamento homeopático da doença. Resultados do Projeto Dengue e Homeopatia já estão sendo vistos nos municípios goianos. Senador Canedo, por exemplo, até agora usou 40% da remessa recebida no início de março, o que demonstra a aceitação da população ao medicamento.
O diretor do HMA, Nestor Carvalho Furtado, esclarece como o remédio pode auxiliar no combate à dengue. “Estamos produzindo o remédio aqui no hospital. Ele é fruto de experimentos feitos inicialmente em Ribeirão Preto. Em Goiás, o primeiro local a aderir foi o município de Iporá, que tinha índices altos de dengue”. Para o médico, a adesão dos municípios será gradativa. “Convidamos as pessoas específicas de cada local para uma reunião técnica, várias entidades participaram. Cerca de 45 cidades no Estado estavam com risco de epidemia, participaram 35 representantes na reunião, destes, 21 agora fazem parte do projeto e assinaram  um termo de adesão”, diz.
Segundo Nestor, o medicamento não pode ser confundido ou tratado como vacina contra a dengue. “É um tratamento de suporte contra a doença, não deve também servir para substituir as precauções indicadas pelo Ministério da Saúde, essas continuam sendo as mesmas. As experiências que já tivemos mostram que diminuem sim o número de casos graves da dengue nos municípios que  usaram o remédio há mais tempo, como no Rio de Janeiro”, ressalta.
Os  municípios que ainda não aderiram ao projeto podem voltar atrás a qualquer momento. O diretor do HMA informou ainda que várias cidades do Estado estão buscando pelo medicamento. “Já temos novos pedidos e estamos nos preparando para atender uma maior demanda, no segundo semestre deste ano”, diz. Ele também explica que a distribuição foi baseada de acordo com a população do município. “A distribuição aqui foi baseada na população. Caldas Novas, por exemplo, tem 75 mil habitantes, a quantidade de frascos enviada é compatível. Cada vidro do remédio homeopático pode atender até 300 pessoas”, esclarece. Na reunião feita com os municípios, Nestor disse ter esclarecido como o medicamento homeopático deve ser conservado, transportado e como administrar as gotas, orientações gerais, para não haver erros. Segundo ele, também estão preenchendo uma ficha com nome, sexo e idade, para controle dos resultados do projeto.  
O medicamento não tem contraindicações, pelo contrário, pode ser ingerido por crianças recém-nascidas, idosos, gestantes, enfim. Quanto à distribuição nos municípios, o médico disse ser uma questão particular de cada localidade. Ele também ressalta que o  medicamento só poderá ser utilizado caso seja prescrito pelo médico ou haja avaliação e explicação de uso por parte deste. O custo de produção do medicamento é de R$ 1,70 por frasco. Segundo Nestor, esse preço é considerado baixo se relacionar o custo/benefício do remédio. As experiências positivas nos outros Estados demonstram isso. Os valores gastos pelo governo com internação e tratamentos longos de casos de dengue mais grave são bem mais altos. “Só em Caldas, por exemplo, eram 150 casos de dengue por dia”, ressalta o médico.
O Projeto Dengue e Homeopatia é  uma parceria entre as Superintendências de Gerenciamento das Unidades Assistenciais de Saúde (Sunas) de Política de Atenção Integral à Saúde (Spais), do HMA e unidades da SES-GO.
municípios
A gerente de Atenção Básica do município de Senador Canedo, um dos que receberam um número grande do remédio, diz já estar satisfeita com os resultados. “ Já estamos com 40% da medicação usada, a população está procurando muito, os veículos de comunicação divulgaram e as pessoas estão vindo. Fora isso também estamos levando o medicamento à população e fazendo uma espécie de campanha, sabemos que não se trata de vacina, no entanto é uma ótima forma de auxílio no tratamento. Formamos postos volantes até a noite nas unidades de saúde básica. Recebemos o remédio no início do mês de março”, diz. Em Goiânia, a chefe da vigilância em saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Flúvia Amorim, diz que o medicamento não vai ser aderido como um novo tratamento na capital sem um estudo local. “É preciso ter a certeza de que pra esse medicamento há um resultado bom. É preciso fazer avaliações para que ele seja utilizado. Cada município tem características próprias que devem ser consideradas”, diz.

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