Transmissão do zika vírus deve piorar no verão, diz ministro da Saúde

03 dezembro, 2015

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou nesta quarta-feira (2) que a expectativa dos epidemiologistas da pasta é que o zika vírus “se espalhe para outros estados” brasileiros e que o número de casos deve se multiplicar com a chegada do verão. A estação marca o pico de proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.



A declaração foi dada em uma cerimônia da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que entregou um certificado de eliminação da rubéola no Brasil ao ministro. Além do zika vírus, o mosquito também transmite a dengue e a febre chikungunya.
"Há um crescimento vertiginoso da população de mosquitos na época do verão. Principalmente, do mês de fevereiro em diante. Fevereiro e março são os meses que a população do mosquito cresce exponencialmente. Então o momento agora é um momento basal”, disse Castro.
De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, divulgado em novembro, o zika vírus já foi identificado no Distrito Federal e em 14 estados: Roraima, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Paraná.
"A expectativa é de que o vírus se espalhe para os outros estados e se espalhe até para os outros países” afirmou o ministro. “Por isso, a gente precisa fazer uma ação muito efetiva para combater ao máximo o mosquito”, completou.
O ministro disse ainda que o combate ao mosquito deve ser intensificado até o próximo dia 21, data que marca o início oficial do verão. “O momento, agora, é de menor número da população dos mosquitos. Então é agora que nós temos que agir. Sobretudo, agora no mês de dezembro e no mês de janeiro, destruindo todo o potencial dos criadouros de mosquito."
Alerta a grávidas
O ministro da Saúde também reforçou nesta quarta a recomendação para que mulheres grávidas tomem cuidado extra com o Aedes aegypti. "As gestantes precisam se cuidar muito, colocar telas em todas as casas", declarou.

Na terça (1°), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Opas emitiram um alerta mundial sobre a epidemia de zika vírus. No comunicado, a OMS reconheceu, pela primeira vez em documento oficial, que existe uma relação entre o zika e os casos de microcefalia.

Além disso, as organizações pedem que os países-membros da Opas estabeleçam capacidade de diagnóstico da doença e que reforcem o atendimento pré-natal e neurológico para um eventual aumento no número de casos.
Segundo a OMS, no Nordeste brasileiro, os casos de microcefalia cresceram 20 vezes na comparação dos anos de 2014 e 2015. Em novembro deste ano, o Ministério da Saúde declarou estado de emergência em saúde pública no Brasil por causa do aumento dos casos de microcefalia na região, especialmente no estado de Pernambuco.
Microcefalia
A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com um crânio de um tamanho menor do que o normal – com perímetro inferior ou igual a 33 centímetros. A condição normal é de que o crânio tenha um perímetro de pelo menos 34 centímetros. Essas medidas, no entanto, valem apenas para bebês nascidos após nove meses de gestação, e não são referência para prematuros.

Na maior parte dos casos, a microcefalia é causada por infecções adquiridas pelas gestantes, especialmente no primeiro trimestre de gravidez – que é quando o cérebro do bebê está sendo formado.
Outros possíveis causadores da microcefalia são o consumo excessivo de álcool e drogas ao longo da gestação e o desenvolvimento de síndromes genéticas, como a síndrome de Down.
Número de casos notificados com suspeita de microcefalia por estado até segunda (30):
Pernambuco - 646
Paraíba - 248
Rio Grande do Norte - 79
Sergipe - 77
Alagoas - 59
Bahia - 37
Piauí - 36
Ceará - 25
Rio de Janeiro - 13
Tocantins - 12
Maranhão - 12
Goiás - 2
Mato Grosso do Sul - 1
Distrito Federal - 1
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Exército vai disponibilizar 750 soldados para combater Aedes aegypti em Pernambuco



O Exército Brasileiro vai disponibilizar 750 soldados para combater o Aedes aegypti em Pernambuco. O anúncio foi feito, na manhã desta quarta-feira (2), durante coletiva de imprensa, pelo secretário estadual de Saúde, Iran Costa, e pelo comandante da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, General Antônio Eudes Lima. 
Segundo o secretário, os militares passarão a apoiar o trabalho dos agentes de campo no controle do vetor na Região Metropolitana do Recife e nos 19 municípios com maior incidência de casos de dengue e chikungunya, na Zona da Mata, Agreste e Sertão. O Comitê Estadual de Combate ao Aedes aegypti coordenará as ações contra o mosquito, atuando permanentemente pelo Centro Integrado de Comando e Controle Regional, que ficará responsável também pela coleta e análise das informações sobre os indicadores epidemiológicos das doenças.
“A Secretaria vai monitorar, semanalmente, os principais municípios com focos de dengue e, assim, será acionado e fortalecido o trabalho de campo. No entanto, todos são unânimes que uma grande mobilização da população precisa ser feita, já que 90% dos focos dos mosquitos estão em residências. Assim, também reforçaremos o trabalho de comunicação com a população”, comentou o secretário estadual de Saúde, José Iran Costa.
O reforço nas ações de campo começa nesta sexta-feira (4), envolvendo cerca de 200 soldados do Exército, que atuarão na RMR, junto aos agentes de endemias, visitando residências, fazendo o manejo de larvicidas e orientando a população. Neste mesmo dia, terá início o treinamento dos outros soldados, sob a supervisão de profissionais da SES, nos municípios de São Bento do Una, Garanhuns e Petrolina.
Tão logo a capacitação seja concluída, esses soldados passarão a atuar nos 19 municípios do Interior do Estado prioritários no controle do vetor, que inclui cidades da Zona da Mata Norte (Itaquitinga e Goiana), do Agreste (João Alfredo, Lagoa de Itaenga, Passira, Surubim, Jataúba, Taquaritinga do Norte, Vertentes, Brejo da Madre de Deus e Iati), e do Sertão (Arcoverde, Pedra, Inajá, Ibimirim, Custódia, Venturosa, Iguaraci e Tabira). A expectativa é que o trabalho do Exército tenha a duração de três a seis meses.
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Microcefalia: Ministério da Saúde e Opas auxiliam Pernambuco na investigação dos novos casos

29 outubro, 2015

O secretário de Saúde de Pernambuco, José Iran Costa, reuniu-se na segunda-feira (26) com representantes do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para adotar estratégias para investigar o aumento da incidência de recém-nascidos com microcefalia, condição em que o tamanho da cabeça é menor do que o normal para a idade. Profissionais da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e de maternidades de três hospitais da rede pública também participaram do encontro.



Segundo a secretária-executiva de Vigilância em Saúde de Pernambuco, Luciana Albuquerque, o Hospital Barão de Lucena (HBL), o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) e o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) foram as unidades de saúde que começaram a perceber a nova realidade. De janeiro a setembro, o Sistema Nacional de Nascidos Vivos (Sinasc) revela que 20 bebês nasceram com essa alteração no crescimento do cérebro em Pernambuco – 70% deles só em agosto e setembro. No mesmo período de 2013 e 2014, foram registrados, respectivamente, 10 e 12 casos.
Aos 20 casos deste ano, acrescentam-se mais 26 novos casos de microcefalia em crianças que nasceram nos últimos 15 dias em maternidades públicas do Estado. “Provavelmente esse número é maior, pois a microcefalia não é de notificação compulsória”, diz Luciana, ao informar que não há ainda informações exatas sobre a quantidade de casos confirmados dessa condição. “Por isso, iniciamos esse trabalho com o Ministério da Saúde e a Opas, com o intuito de fazer um estudo retrospectivo para levantar números anteriores da microcefalia no Estado e também notificar os novos casos daqui para frente. Em breve, teremos um panorama parcial mais fiel.”
Ela acrescenta que, para a análise do aumento do número de recém-nascidos com microcefalia, o Ministério da Saúde direcionou seis profissionais do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (Episus) que ajudarão a fazer uma busca ativa dos casos. “Eles irão para os hospitais, a fim de pesquisar novos casos.”

mara temática
Também na segunda-feira (26), mais um grupo de profissionais formado por médicos, pesquisadores, profissionais da SES, do MS e da Opas se reuniu para oficializar a criação da Câmara Temática de Microcefalia do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). A aliança tem como objetivo traçar estratégias capazes de corroborar a força-tarefa criada para investigar o aumento da incidência dos casos de microcefalia em recém-nascidos.
“O objetivo da câmara temática é promover uma articulação com diversos setores para fortalecer a investigação e também captar recursos e fomento à analise dessa elevação no número de casos, que pode ter várias causas”, explica o médico Carlos Brito, coordenador da Câmara Temática de Microcefalia do Cremepe.
Infecções congênitas (transmitidas pela mãe ao filho durante a gravidez, como toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus) podem explicar o aumento na incidência da microcefalia, embora especialistas acreditem que outro agente esteja por trás da atual situação no Estado.
Entre novas hipóteses, está uma possível relação com a infecção pelos vírus da dengue, chicungunha e zika durante a gestação, especialmente no primeiro trimestre da gravidez, período crucial para o desenvolvimento do cérebro do bebê. Ainda não se pode, contudo, confirmar essa relação com as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
“Houve uma mudança de padrão na ocorrência da microcefalia, mas não podemos assegurar ainda o motivo que justifique a nova realidade”, diz Luciana Albuquerque.

Os especialistas passaram a pensar na infecção pelos vírus da dengue, chicungunha e zika porque, desde o começo do ano, Pernambuco vive uma epidemia de dengue, que coincide com o período de gestação das mulheres que recentemente deram à luz um bebê com microcefalia. Mas ainda é precoce pensar num elo entre bebês com microcefalia e a infecção pelo vírus propagado pelo mosquito.
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Focos de dengue preocupam moradores de Cajueiro Seco

18 agosto, 2015

Durante a temporada de chuvas, é comum encontrar água acumulada em poças, pneus, garrafas, ruas e galerias, que facilitam a reprodução do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. E até buracos de construção se tornam foco do mosquito. Através do Whatsapp do Diario, a leitora Eliane Januário Ferreira denuncia buracos deixados na Rua das Flores, em Cajueiro Seco, Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, de restos de obras de saneamento e de calçamento da via.

Com as chuvas, os buracos encheram de água e, por conta disso, se formaram locais de reprodução das larvas. “Pelo menos três pessoas já adoeceram na rua desde que as obras foram iniciadas”, afirmou. De acordo com a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, o problema está sendo resolvido com a remoção dos materiais que se encontravam na via provocando o acúmulo da água.

De acordo com o gerente da Vigilância Sanitária de Jaboatão dos Guararapes, Jadson Galindo, estão sendo realizadas ações de prevenção da dengue na cidade. “Temos agentes de endemias fazendo visitas diariamente a residências nas sete regionais. Nos locais com maior incidência de dengue, que são os bairros de Cajueiro Seco e Piedade, temos aplicação de fumacê com apoio do estado”, conta Galindo.
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Teste final da vacina da dengue será em outubro

O diretor do Instituto Butantã, Jorge Kalil, disse que a última fase de pesquisa clínica da vacina contra a dengue pode começar dentro de dois meses, caso não esbarre em entraves burocráticos que, segundo ele, têm atrasado os estudos que envolvem testes em voluntários. "Creio que já em outubro poderemos iniciar a fase 3 de estudos clínicos para a vacina contra a dengue. Se isso acontecer, poderemos ter a vacina disponível para a população em 2016", disse. A última fase da pesquisa envolverá a vacinação de 17 mil voluntários durante um ano.

Em 6 de agosto, o início da fase 3 de estudos clínicos da vacina nacional foi aprovado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Agora, o Butantã aguarda aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). Segundo Kalil, é possível que a demanda da sociedade por uma vacina exerça pressão sobre os órgãos, acelerando a aprovação. "Já temos mais de 1.300 pessoas que se cadastraram para participar dos testes." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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EUA soltam alerta para turistas sobre dengue no Brasil

25 abril, 2015

Alerta feito pelo CDC para turistas americanos se protegerem da dengue
 no Brasil. (Foto: Reprodução/CDC)
A dengue no Brasil virou motivo de preocupação para os Estados Unidos. O governo 
americano publicou, no site do CDC (Centers for Desease Control - Centro de Controle deDoenças), uma nota nesta segunda-feira sobre a situação, que se encontra em nível de alerta 1 no nosso país, em escala de 1 a 3.

Utilizando dados da Organização Panamericano de Saúde, a nota do CDC mostra que, até 27 de março de 2015, 224.101 casos de dengue foram registrados no Brasil, dentre eles, 52mortes. O texto da nota afirma que os casos da doença aumentaram "dramaticamente" de 2014 para 2015.

A nota ainda aconselha aos turistas americanos que pretendem visitar o Brasil que tomem "precauções usuais", já que o nível ainda é inicial. Caso estivesse no nível 3, a recomendação é que as viagens para países assim sequer sejam feitas. Acre, Goiás e São Paulo são os estados indicados como os mais afetados pela dengue. Já repelentes, blusas de manga longa, calças e chapéus são indicados para se prevenir das picadas dos mosquitos.
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Virose deve ser notificada como dengue, recomenda Governo de Pernambuco

22 abril, 2015



Os pacientes que chegarem às unidades de saúde com manchas avermelhadas na pele, acompanhadas ou não de febre e outros sintomas, deverão ser notificados como casos suspeitos de dengue, assim como aqueles que possuem a sintomatologia clássica da doença. Essa determinação da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES) está sendo encaminhada, nesta semana, a todas as secretarias municipais de Saúde e também às unidades de saúde de todo o Estado. O objetivo é auxiliar no tratamento dos pacientes, divulgando os sinais de alerta da dengue e a necessidade de hidratação.
“Os doentes precisam ir a uma unidade básica de saúde para que seja iniciado o tratamento, a fim de evitar que a doença se agrave. Além disso, a notificação do caso é obrigatória em todo o serviço de saúde e ajuda a orientar as ações de campo para evitar que novos casos ocorram e para nortear as investigações que estão sendo realizadas pela Secretaria de Saúde de Pernambuco”, diz a coordenadora do Programa de Controle da Dengue da SES, Claudenice Pontes.
Desde janeiro, o Estado vem verificando, em todas as regiões, casos atípicos de doença com manchas avermelhadas na pele que não se enquadra nas definições preconizadas pelo Ministério da Saúde para dengue e outras doenças de notificação obrigatória. Contudo, até o momento, pelas amostras analisadas pelo Lacen-PE, laboratório de referência estadual, foram confirmados apenas casos de dengue.
“Apesar da presença de edema articular em alguns casos, esse sintoma desaparece rapidamente, o que descarta a possibilidade de chicungunha, que apresenta dores mais fortes e que podem durar meses”, avisa Claudenice. Ela lembrando que ainda não há caso autóctone de chicungunha em Pernambuco.
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Mais de 18 mil casos de dengue foram notificados em Pernambuco em 2015

15 abril, 2015


Recife é a cidade pernambucana com maior número de

 casos de dengue, com 4.978

Foto: Rodrigo Lôbo/Acervo JC Imagem


EPIDEMIA

Até o início do mês de abril, 18.431 casos suspeitos de dengue foram registrados. Desses, 2.987 foram confirmados distribuídos em 165 municípios. O número representa um aumento de 423,91% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 3.518 foram notificados, com 1.247 casos confirmados. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta segunda-feira.

A análise do segundo Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) indicou que 83 municípios do Estado indicam situação de risco de surto. Desse número, 24 estão em situação de epidemia por causa do alto número de casos da doença, além do Recife, que se declarou como epidêmico, graças ao alto número de notificações, e Fernando de Noronha, que ainda não entregou o resultado do último levantamento. Além dessas, 74 municípios estão em situação de alerta e 25 obtiveram resultados satisfatórios. Três localidades (Lagoa do Carro e Itapissuma, além de Fernando de Noronha) não informaram os dados.

As cidades com o maior número de casos são: Recife (4.978), Jaboatão dos Guararapes (880), Camaragibe (829) e Goiana, que totalizaram 7.337 ocorrências. Só as quatro cidades representam 39,81% do total de notificações no Estado. Já entre os casos de dengue grave, só no ano de 2015, 24 foram notificados, com 15 confirmações, contra 19 no mesmo período de 2014. Onze mortes suspeitas foram notificadas. Até agora, nenhuma delas foi confirmada. No mesmo período do ano passado, foram registradas 22 mortes suspeitas, das quais 18 foram confirmadas.

De acordo com o LIRAa, o índice é considerado satisfatório quando há menos de 1% das casas visitadas com larvas do mosquito Aedes aegypti. O município é considerado com risco de surto quando mais de 3,9% das residências contêm as larvas.

Os municípios considerados epidêmicos em Pernambuco são: Recife, São José do Egito, Pedra, Itapetim, Venturosa, Sanharó, Goiana, Condado, Arq. Fernando de Noronha, Iguaraci, Surubim, Itaquitinga, São Bento do Una, Belo Jardim, Calumbi, Betânia, Toritama, Buenos Aires, Iati, Lagoa do Carro, Limoeiro, Manari, Vertentes, Santa Cruz do Capibaribe, Vitória de Santo Antão e Ingazeira.

É preciso tomar alguns cuidados importantes para eliminar os focos dos mosquitos:
- Mantenha bem tampados caixas d’água, jarras, cisternas, poços ou qualquer outro reservatório de água.
- Mantenha as lixeiras tampadas e secas. Nunca jogue lixo em terrenos baldios.
- Coloque no lixo todo objeto que possa acumular água. O lixo deve ser colocado em sacos plásticos bem fechados.
- Lave os bebedouros de animais com uma bucha pelo menos uma vez por semana e troque a água todos os dias.
- Cubra e guarde os pneus em locais secos, protegidos das chuvas.
- Guarde as garrafas secas de cabeça para baixo e não deixe no quintal objetos que acumulem água.
- Encha os pratinhos de plantas com areia.
- Retire a água acumulada sobre a laje.
- Mantenha as calhas d’água limpas.
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Epidemia de dengue até em Noronha



A dengue continua a avançar em Pernambuco. Vinte e seis municípios estão epidêmicos, de acordo com segundo Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa). O arquipélago de Fernando de Noronha, com 2.8 mil habitantes, apresenta a oitava maior taxa de incidência (número de casos por 100 mil habitantes). Outras 83 cidades estão em sistuação de risco para surto da doença.


Até o último dia 4 deste mês, foram notificados 18.431 casos, com 2.987 confirmações em todo o estado. Isso representa um aumento de mais de 4 mil casos notificados e 800 confirmados em menos de uma semana e crescimento de 423,91% em relação ao mesmo período do ano passado. Onze mortes suspeitas foram notificadas e estão em investigação. Mais três casos graves da doença foram confirmados, totalizando 15. Só no Recife, em uma semana, o número de casos notificados cresceu em 886. 

Os municípios considerados satisfatórios são aqueles que apresentam menos de 1% dos imóveis visitados com larvas do aedes. Já os em alerta são os em que as larvas estão em até 3,9% das residências vistoriadas. Acima disso, são locais com risco de surto da doença. 

Recife
A Secretaria de Saúde do Recife e o Serviço Social da Indústria (Sesi) firmaram parceria para disseminar as ações educativas de combate à dengue no setor industrial. O Sesi vai promover palestras em todas as unidades próprias e distribuir material educativo nas empresas.


A assessoria de Comunicação Social de Fernando de Noronha informa que a análise estatística dos casos de dengue para uma população como a do arquipélago precisa ser feita em números absolutos em virtude da quantidade da população local, cerca de 3.500 habitantes. Até o mês de março foram notificados na ilha 27 casos de dengue e dois confirmados. Todos os casos notificados foram encaminhados para investigação epidemiológica e dois foram confirmados. As ações de controle foram realizadas pela equipe da Vigilância em Saúde, que permanece em alerta e faz ações educacionais, informativas e preventivas rotineiras no arquipélago.
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Casos confirmados de dengue em PE dobram, mas óbitos suspeitos caem

03 abril, 2015

Segundo Secretaria de Saúde, foram 1.778 pacientes e 9 mortes em 2015.
No mesmo período de 2014, foram 847 casos confirmados e 15 óbitos.

O número de casos confirmados de dengue em Pernambuco praticamente dobrou nos três primeiros três meses de 2015, em relação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e março deste ano, 1.778 pacientes foram diagnosticados com a doença. Em 2014, foram 847 confirmações. O aumento do número de casos notificados é ainda maior: passou de 2.602 para 12.023. Mesmo assim, o número de pacientes graves diminuiu e o total de óbitos suspeitos foi na contramão dos casos confirmados, caindo pela metade.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, nove pessoas morreram por suspeita de dengue neste ano. Exames ainda vão confirmar se os óbitos foram provocados pela doença. No mesmo período de 2014, foram 18 óbitos suspeitos e 15 confirmados. Nesse mesmo período, o número de casos graves caiu de 22 para 15. Mesmo assim, médicos e agentes de saúde lembram que é preciso continuar em alerta. “Nós não podemos nos acostumar com a dengue, apesar de Pernambuco ser um estado endêmico. Essa é uma doença que mata e que tem uma evolução dinâmica. Tanto faz você estar bem agora como em 12 horas não estar mais”, diz a coordenadora de Políticas Estratégicas da Secretaria de Saúde do Recife, Zelma Pessoa.
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É por isso que Zelma pede para as pessoas ficarem atentas aos sintomas da doença e, em qualquer suspeita, procurar uma unidade médica. “Os sintomas são semelhantes aos das demais viroses, como dor no corpo, cansaço físico e febre. Mas também há quadros atípicos, como manchas no corpo. Na dúvida, é melhor notificar como dengue”, afirma. Já a bióloga Vânia Nunes pede para a população não descuidar da limpeza de casa, para evitar a formação de focos do mosquito da dengue. “O perigo pode estar em qualquer lugar. Fala-se muito dos depósitos de água, mas não importa o tamanho, o mosquito pode estar em uma tampinha de garrafa ou em um tonel”, explica Vânia.
Ainda segundo o governo estadual, a maior parte dos casos notificados de dengue está no Recife: 3.936. Por isso, a Secretaria de Saúde da capital lançou um plano de contingência contra o avanço da doença. Segundo Zelma Pessoa, a estratégia conta tanto com a capacitação de agentes de saúde para a orientação da população quanto com o reforço do abastecimento dos insumos utilizados no tratamento da doença nos postos de saúde.
Mas os números da Secretaria Estadual mostram que a doença também é muito comum em cidades como Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes e Goiana, onde foram registrados 564, 550 e 541 casos, respectivamente. Quando se compara o número de casos por 100 mil habitantes, os municípios que apresentaram maior incidência de dengue entre 25 de janeiro e 21 de março foram: Pedra (934,80), Goiana (616,96), São José do Egito (596,60), Iguaraci (552,94), Condado (542,29), Venturosa (526,43), Surubim (446,19), Buenos Aires (416,22),Sanharó (415,38) e Lagoa do Carro (388,47).
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Nova virose ou dengue? Afinal, o que as pessoas têm?

Secretaria Estadual de Saúde diz que trata-se de uma virose cujos sintomas ainda não haviam sido observados em Pernambuco

Celso Ishigami - Diario de Pernambuco
Publicação: 02/04/2015 18:18 Atualização: 02/04/2015 19:13

Mesmo diante da epidemia que atinge oito municípios (incluindo o Recife) de Pernambuco, vem crescendo o número de pessoas se queixando de sintomas semelhantes aos da dengue, mas que não foram diagnosticados com ela. Ciente da questão, a Secretarial Estadual de Saúde (SES) orientou seus profissionais a relatarem novas ocorrências, enquanto se debruça sobre os dados coletados, tentando definir as causas. Especialistas, por sua vez, não enxergam motivos para acreditar numa onda de casos de uma nova doença.

Casos
A assessora de imprensa Izabela Fabrício percebeu os primeiros sintomas durante uma festa, no fim de fevereiro. Ao notar as manchas vermelhas em seus braços, associou ao ardor nos olhos e procurou a emergência. “Quando cheguei lá, me deparei com outras três pessoas, de uma mesma família, com os mesmos sintomas. Na triagem, a enfermeira disse que provavelmente era um surto de rubéola”, contou Izabela. “No outro dia, amanheci vermelha dos pés à cabeça e em estado febril”, acrescentou. O exame laboratorial, entretanto, descartou esta possibilidade.

Ao procurar outro médico, Izabela foi orientada a realizar novo hemograma, sob suspeita de que estivesse com dengue. Voltando ao hospital, se deparou com a emergência repleta de casos semelhantes. “Da segunda vez, a sala de espera estava ainda mais cheia. Mas o exame deu negativo também. Aí, falaram que era uma virose pós-carnaval e me recomendaram repouso e muita hidratação”, lembrou. Mas, apesar de ter se recuperado dias depois, o problema não abandonou a família da assessora. “Minha mãe e meus dois irmãos também apresentaram os mesmos sintomas recentemente. Como no meu caso, todos os exames deram negativos para dengue e foram tratados como virose também.”

O produtor cultural Bruno Loja teve inchaço súbito das articulações dos dedos das mãos, manchas pelo corpo e febre. Foto: Arquivo Pessoal
O produtor cultural Bruno Loja teve inchaço súbito das articulações dos dedos das mãos, manchas pelo corpo e febre. Foto: Arquivo Pessoal
O produtor cultural Bruno Loja também viveu algo semelhante, há três semanas. Em seu caso, porém, o primeiro sintoma foi um inchaço súbito das articulações dos dedos das mãos. “No dia seguinte, amanheci todo pintado e com febre alta”, contou. Depois de procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e realizar um hemograma a única confirmação que teve é de que não se tratava de um caso de dengue hemorrágica. “Quando perguntei o que seria, ele disse que provavelmente era dengue. Perguntei da virose, ele disse que era dengue. Perguntei da chikungunya, ele disse que era dengue”, lembrou.

Secretaria descarta chikungunya
Acima de tudo, a SES descarta a hipótese de estar lidando com casos de chikungunya, mas também não relaciona o problema a uma nova doença, como destaca a gerente de prevenção e controle de doenças imunopreveníveis da secretaria, Ana Antunes. “Trata-se de uma virose cujos sintomas ainda não haviam sido observados em Pernambuco”, pontuou. “Ainda não temos a definição da etiologia dessa doença. Pode ser uma única doença, como pode ser mais de um evento. Pelas características, em princípio, parece ser viral. Se fosse chikungunya, os sintomas - principalmente as dores nas articulações - seriam mais prolongados, enquanto essa virose surge de repente e vai embora rápido.” Enquanto a SES tenta sistematizar a investigação, a orientação para a população ao se deparar com os sintomas é a de praxe: “Procurar um médico. Mas repousar e tomar bastante líquido é fundamental”, instruiu a gerente.

Professor de Infectologia da Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, o médico Demócrito Miranda também afasta a hipótese de o estado estar lidando com alguma doença nova. “A impressão da própria secretaria é que a maioria dos casos é de dengue. Não vejo muita razão para se pensar em outra coisa. Clinicamente e laboratorialmente, muitos têm sido confirmados como dengue”, analisou. “Acredito que os rumores sobre uma nova epidemia não passam disso. Rumores”, acrescentou. Miranda, entretanto, ressalta a importância de a população se manter alerta com a questão da dengue. “Nesta época do ano, as pessoas começam a precisar reservar água por conta do racionamento e os ovos começam a eclodir. Aqui (em Pernambuco), a epidemia é de dengue”, concluiu.

SINAIS DE ALARME NA DENGUE
- dor abdominal intensa e contínua;
- vômitos persistentes;
- fraqueza ao levantar, podendo levar a desmaios;
- dor localizada abaixo do peito direito;
- sangramentos de nariz e gengiva;
- sonolência e/ou irritabilidade;
- diminuição da quantidade de urina;
- diminuição repentina da temperatura corpórea;
- falta de ar

obs.: é importante ressaltar que estes sintomas devem ser avaliados em associação a um contexto de febre, manchas no corpo e dores nas articulações.
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Em 3 dias, 7 cidades de SP têm morte por suspeita de dengue

31 março, 2015


Publicação: 30/03/2015 12:45 Atualização:

Novas mortes com a causa confirmada ou com suspeita de dengue foram registradas, desde sexta-feira, 27, em sete cidades do interior de São Paulo. Em Penápolis, no noroeste do Estado, um homem de 74 anos morreu no sábado, 28, com diagnóstico de dengue. Já Em Sorocaba, mais duas pessoas morreram com os sintomas.

Ainda houve óbitos, com causa a ser confirmada, em Limeira, Caraguatatuba, Pindamonhangaba, Santos e Itanhaém.
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Rio Grande do Norte lidera incidência de casos de dengue no Nordeste

15 março, 2015

O mapa da dengue divulgado ontem pelo Ministério da Saúde  mostra que o Rio Grande do Norte foi o Estado nordestino com maior incidência de dengue no primeiro bimestre de 2015, com 90,9 casos por 100 mil habitantes. O número é duas vezes maior que o de 2014 no mesmo período, 45,5. No ranking nacional, o RN aparece em sétimo. O Acre vem em primeiro, com 695,4, e é seguido por Goiás, São Paulo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná.

No Nordeste, o segundo colocado é o Ceará, com 57,4 e em seguida vem Alagoas, apresentando 53,3. Piauí tem menos casos, com 15,0 a cada 100 mil moradores. 

O relatório mostra que Natal, que está em surto epidêmico, foi a única capital do Nordeste que não enviou o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de janeiro e fevereiro para o Ministério. Dezesseis municípios encaminharam seus dados: Brejinho, Caicó, Campo redondo, Carnaúba dos Dantas, Cruzeta, Currais Novos, Florânia, Jaçanã, Jardim do Seridó, João Câmara, Mossoró, Parelhas, Parnamirim, Santa Cruz, São José de Mipibu e Tenente Laurentino Cruz. 

A participação dos municípios não é obrigatória, mas o Ministério considera indispensável pois é considerado um instrumento fundamental para orientar as ações de controle das doenças. O LIRAa leva em consideração a porcentagem de casas visitadas com larvas do mosquito transmissor da dengue e da Chikungunya. Ele identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor das doenças e os tipos de recipientes com água parada, que servem de criadouros mais comuns. A pesquisa proporciona informação qualificada para atuação das prefeituras nas ações de prevenção e controle, permitindo a mobilização de outros setores, além das secretarias de saúde, como os serviços de limpeza urbana e abastecimento de água.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública informou que Natal ainda não fez LIRAa este ano, mas tem feito outros levantamentos. O secretário de Saúde de Natal, Luís Roberto Fonseca, explicou que os dados são obtidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação, o Sinam, que é online e  atualizado diariamente. 

A epidemia de dengue foi declarada há duas semanas e veio com o anúncio de intensificação das ações de combate e prevenção à doença. Uma das principais medidas era a ampliação das equipes de agentes de combate, que ainda não foi adotada. Isso porque a contratação de mais profissionais depende da finalização do último concurso público realizado em 2014, que chegou a ser suspenso por ordem judicial. 

“Firmamos um acordo extrajudicial com o Ministério Público, que tinha sido o propositor da ação que originou o cancelamento do certame. A juíza concordou em homologar o acordo como judicial. Já foi publicado o resultado da parte cívica”, informou o secretário, avisando que espera poder contar com mais 265 agentes em até 60 dias. 

Em 2014, o município não conseguiu cumprir o ciclo de visitas em domicílio. O Luís Roberto aponta esse déficit como responsável, o que também contribuiu para a epidemia. 

“A doença tem um comportamento sazonal. Nos últimos 3 anos ela teve comportamento de baixa. Quando a doença se comporta dessa forma a gente já sabe que no ano subsequente haverá elevação. Prevíamos que esse aumento em todo o país, mas é provável que o não cumprimento do ciclos de visitas pode ter contribuído pra majoração da epidemia em Natal”

De acordo com  Luís Roberto, hoje são 1.500 agentes de endemias e agentes comunitários de saúde. Em atividades de campo são 1.100.

Entre as demais ações anunciadas estão intensificação do combate à dengue utilizando os mecanismos de bloqueio, e UBV (ultra baixo volume) motorizado e costal, o fumacê, que elimina o vetor em sua fase adulta; bem como campanhas de mídia, conclamando a população no combate ao mosquito junto com o poder público, eliminando criadouros. 

O uso dos carros fumacês tem sido usados em bairros que apresentam maiores índices de infestação. São eles Mãe Luiza, Nossa Senhora de Nazaré, Felipe Camarão, Bom Pastor, Dix-Sept Rosado, Bairro Nordeste, Quintas e Lagoa Seca). 

Ribeira, Petrópolis e Barro Vermelho não estão recebendo o carro nesta etapa da ação porque apresentaram grande redução de casos nas estatísticas mais recentes. Na última quinzena, a Ribeira não apresentou nenhum caso. Os outros dois bairros tiveram redução de 66%. Quintas e Mãe Luiza também conseguiram diminuir os números da dengue, mas em percentuais menores.

Fonte: Tribuna do Norte
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Aumento da dengue em 2015 já preocupa

09 fevereiro, 2015

Depois de um ano de bons resultados, a quantidade de casos de dengue nas quatro primeiras semanas de 2015 aumentou 57,2% em relação a janeiro de 2014. Até 31 de janeiro, foram 40.916 notificações, contra 26.017 no ano passado. O Acre já está em situação de epidemia. Os dados do Ministério da Saúde acendem o alerta, pois o período de pico das infecções pelo Aedes aegypti ainda não chegou. 

Geralmente, no fim das chuvas, entre março e abril, é que a doença se prolifera. Neste ano, em vez das precipitações, a preocupação é justamente com a seca, que pode estar contribuindo para o aumento de casos. Apesar de não apontá-la como a causa principal, o titular da pasta, Arthur Chioro, afirma que a crise hídrica deve estar relacionada ao crescimento em alguns locais, por causa da forma como as pessoas estocam água.

Apesar do aumento de notificações, dados do ministério mostram que o número de casos graves caiu 71,4%, sendo registrados apenas 14 neste início de ano. A mesma situação aconteceu com as mortes, que diminuíram 83,7% (de 37 para 6). E, até então, foram 77 registros com sinais de alarme — classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) que indica a possibilidade de evolução para caso grave. O levantamento será divulgado hoje por Chioro em evento de prevenção à dengue, em Valparaíso (GO).

Com 2.673 casos, o Acre é o estado com maior incidência da doença: 338,3 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, está Goiás, com 6.383 registros e incidência de 97,9, 12% menor que a do ano passado, quando ela estava em 111,5 nesse período do ano. O Distrito Federal teve redução de 68% no número de notificações, que passaram de 738 para 233, média de 8,2 registros a cada 100 mil habitantes.

Justamente a região que enfrenta uma grave estiagem teve maior crescimento de casos em 2015. Foram 22,6 mil no Sudeste, um aumento de 55,3%. A alta foi puxada por São Paulo. O estado está com taxa de 40 casos por 100 mil habitantes (17.612 notificações), crescimento de 733% em relação ao ano passado, quando o índice era de 4,8. Na unidade da Federação, está o município com maior taxa de incidência do país: Trabiju. O Rio de Janeiro teve leve aumento na incidência, e Minas Gerais e Espírito Santo apresentaram queda. O Sul teve a menor variação em número de casos.

As razões para o aumento, segundo o ministro da Saúde, variam de acordo com o local. No caso do Acre, por exemplo, dos 2.673 registros, 2.305 foram em Cruzeiro do Sul. “Era uma área que até pouco tempo não tinha a presença do mosquito e da doença, por isso pega as pessoas mais vulneráveis”, disse. Em São Paulo, por exemplo, a seca excessiva pode ter contribuído com a alta do índice. “É inquestionável que a crise hídrica apresenta risco maior de proliferação do Aedes aegypti, porque as pessoas tendem a armazenar água sem proteção, o que aumenta a possibilidade de multiplicação do mosquito.”

Para Chioro, a preocupação dos secretários municipais com a acumulação de água nas regiões afetadas é perceptível. “Não posso atribuir (todo o aumento) à crise hídrica, mas não podemos descartar a correlação e o potencial que isso traz. A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo tem colocado a suspeita de que o acúmulo de recipientes esteja potencializando os casos.” O ministro afirma que será feita uma análise de impacto da crise de acordo com os níveis de precipitação, abastecimento e infecção. É necessário estar atento ao modo de estocar a água e sempre manter o recipiente usado fechado e limpo.
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Perguntas e Respostas sobre Chikungunya e Dengue.

19 janeiro, 2015

O que é Chikungunya?
É uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.
O que significa o nome?
Significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.

Qual a área de circulação do vírus?
O vírus circula em alguns países da África e da Ásia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde o ano de 2004 o vírus já foi identificado em 19 países. Naquele ano, um surto na costa do Quênia propagou o vírus para Comores, Ilhas Reunião e outras ilhas do oceano Índico, chegando, em 2006, à Índia, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Cingapura, Malásia e Indonésia. Nesse período, foram registrados aproximadamente 1,9 milhão de casos – a maioria na Índia. Em 2007, o vírus foi identificado na Itália. Em 2010, há relato de casos na Índia, Indonésia, Mianmar, Tailândia, Ilhas Maldivas, Ilhas Reunião e Taiwan – todos com transmissão sustentada. França e Estados Unidos também registraram casos em 2010, mas sem transmissão autóctone (quando a pessoa se infecta no local onde vive). Recentemente o vírus foi identificado nas Américas.
Qual é a situação do Chikungunya nas Américas?
No final de 2013, foi registrada transmissão autóctone em vários países do Caribe (Anguila, Aruba, Dominica, Guadalupe, Guiana Francesa, Ilhas Virgens Britânicas, Martinica, República Dominicana, São Bartolomeu, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia e São Martinho) e em março de 2014, na República Dominicana. Toda a população do continente é considerada como vulnerável, por dois motivos: como nunca circulou antes em nossa região, ninguém tem imunidade ao vírus e ambos os mosquitos capazes de transmitir a doença estão presentes em praticamente todas as áreas das Américas.
SINAIS E SINTOMAS
Quais os principais sinais e sintomas?
Febre acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas.
Como se identifica um caso suspeito?
O Ministério da Saúde definiu que devem ser consideradas como casos suspeitos todas as pessoas que apresentarem febre de início súbito maior de 38,5ºC e artralgia (dor articular) ou artrite intensa com início agudo e que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua.
Após a picada do mosquito, em quantos dias ocorre o início dos sintomas?
De dois a dez dias, podendo chegar a 12 dias. Esse é o chamado período de incubação.
Se a pessoa for picada neste período, infectará o mosquito?
Isso pode ocorrer um dia antes do aparecimento da febre até o quinto dia de doença, quando a pessoa ainda tem o vírus na corrente sanguínea. Este período é chamado de viremia.
Dor nas articulações também não ocorre nos casos de dengue?
Sim, mas a intensidade é menor. Em se tratando de Chikungunya, é importante reforçar que a dor articular, presente em 70% a 100% dos casos, é intensa e afeta principalmente pés e mãos (geralmente tornozelos e pulsos).
Existem grupos de maior risco?
O vírus pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, mas os sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em crianças e idosos. Além disso, pessoas com doenças crônicas têm mais chance de desenvolver formas graves da doença.
As pessoas podem ter Chikungunya e dengue ao mesmo tempo?
Sim.
TRANSMISSÃO
Como o vírus é transmitido?
O vírus é transmitido pela picada da fêmea de mosquitos infectados. São eles o Aedes aegypti, de presença essencialmente urbana, em áreas tropicais e, no Brasil, associado à transmissão da dengue; e o Aedes albopictus, presente majoritariamente em áreas rurais, também existente no Brasil e que pode ser encontrado em áreas urbanas e peri-urbanas em menor densidade. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período de viremia.
Qual a diferença entre a distribuição dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus?
O Aedes aegypti tem presença essencialmente urbana e a fêmea alimenta‐se preferencialmente de sangue humano. O mosquito adulto encontra‐se dentro das residências e os habitats das larvas estão mais frequentemente em depósitos artificiais (pratos de vasos de plantas, lixo acumulado, pneus, recipientes abandonados etc.). O Aedes albopictus está presente majoritariamente em áreas rurais, peri-urbanas e alimenta‐se principalmente de sangue de outros animais, embora também possa se alimentar de sangue humano. Suas larvas são encontradas mais frequentemente em habitats naturais, como internódios de bambu, buracos em árvores e cascas de frutas. Recipientes artificiais abandonados nas florestas e em plantações também podem servir de criadouros.
Se um pessoa for picada por um mosquito infectado necessariamente ficará doente?
Não. Em média, 30% das pessoas infectadas são assintomáticas, ou seja, não apresentam os sinais e sintomas clássicos da doença.
Quem se infecta com o vírus fica imune?
Sim. Quem apresentar a infecção fica imune o resto da vida.
Uma pessoa doente pode infectar outra saudável?
Não existe transmissão entre pessoas. A única forma de infecção é pela picada dos mosquitos.
A mãe grávida transmite o vírus para o bebê?
Não há evidências de que o vírus seja transmitido da mãe para o feto durante a gravidez. Porém, a infecção pode ocorrer durante o parto. Também não há evidências de transmissão pelo leite materno.
É possível a transmissão por transfusão sanguínea?
Com os cuidados da segurança do sangue que a rede de hemocentros no Brasil já adota para evitar transmissão de doenças por transfusão, não se considera essa via uma forma de transmissão com importância para a saúde pública.

NOTIFICAÇÃO DE CASOS
Já existem casos no Brasil?
Em 2014, no Brasil, entre os meses de julho e agosto, foram confirmados 37 casos de Chikungunya importados, de pacientes originários, principalmente, do Haiti e República Dominicana. Em setembro, foram confirmados dois casos autóctones no município do Oiapoque, Amapá. Ambos os casos são de residentes no município, sendo filha e pai, com início dos sintomas em 26 e 27 de agosto, respectivamente.
Diante da confirmação dos casos, o município de Oiapoque, com apoio do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde do Amapá, intensificou as medidas de controle da doença. Dentre as ações, estão a busca ativa de novos casos suspeitos com alerta nas unidades de saúde e comunidade, a remoção e tratamento químico de criadouros de mosquitos Aedes aegypti, além da aplicação de inseticida (fumacê) para reduzir a densidade dos vetores. Os profissionais de saúde já receberam orientações para o manejo adequado dos pacientes.
Que medidas podem ser adotadas para evitar a disseminação do vírus?
O mais importante é evitar os criadouros dos mosquitos que podem transmitir a doença. Isso previne tanto a ocorrência de surtos de dengue como de Chikungunya. Quando há notificação de caso suspeito, as Secretarias Municipais de Saúde devem adotar ações de eliminação de focos do mosquito nas áreas próximas à residência, ao local de atendimento dos pacientes e nos aeroportos internacionais da cidade em que aqueles residam.
A notificação de casos é obrigatória?
No Brasil, sim. Os casos suspeitos de Chikungunya devem ser comunicados e/ou notificados em até 24 horas a partir da suspeita inicial. Qualquer estabelecimento de saúde, público ou privado, deve informar a ocorrência de casos suspeitos às Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde e ao Ministério da Saúde.

DIAGNÓSTICO
Como saber se de fato uma pessoa tem Chikungunya?
O vírus só pode ser detectado em exames de laboratório. São três os tipos de testes capazes de detectar o Chikungunya: sorologia, PCR em tempo real (RT‐PCR) e isolamento viral. Todas essas técnicas já são utilizadas no Brasil para o diagnóstico de outras doenças e estão disponíveis nos laboratórios de referência da rede pública.
Quantos laboratórios capacitados existem no Brasil? Existe algum de referência?
Atualmente, o laboratório de referência para realizar o diagnóstico laboratorial do Chikungunya é o Instituto Evandro Chagas, do Ministério da Saúde, localizado no Pará. Outros laboratórios de saúde pública estão em fase de treinamento para adotar o exame de detecção do vírus CHIKV.
• Fluxo das amostras para laboratório de referência de acordo com a região do país:
Região Norte – Instituto Evandro Chagas (IEC);
Região Nordeste – Lacen/CE e Lacen/PE;
Região Sudeste – Instituto Adolfo Lutz-SP, Fundação Nacional Ezequiel Dias-MG (Funed) e Fundação Oswaldo Cruz-RJ (Fiocruz);
Região Sul – Lacen/PR;
Região Centro-Oeste – Lacen/DF.

TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Como é feito o tratamento?
Até o momento não existe um tratamento específico para Chikungunya, como no caso da dengue. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e as dores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.
É necessário isolar o paciente?
Não é necessário, o paciente deve ficar em repouso.
O que as pessoas podem fazer para se prevenir?
Como a doença é transmitida por mosquitos, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas suas casas e na vizinhança. As medidas que as pessoas devem tomar são exatamente as mesmas recomendadas para a prevenção da dengue. 
Existe vacina?
Não.

VIGILÂNCIA DE CASOS IMPORTADOS
Há casos em que é necessário internar a pessoa?
Sim, mas apenas nos casos que apresentarem maior gravidade.
Em quanto tempo o paciente se recupera?
Em geral, em dez dias após o início dos sintomas. No entanto, em alguns casos as dores nas articulações podem persistir por meses. Nesses casos, o paciente deve voltar à unidade de saúde para avaliação médica.
A doença pode matar?
As mortes são raras. Dados da epidemia ocorrida em 2004, nas Ilhas Reunião, indicaram taxa de letalidade de 0,1% (256 mortes em um total de 266 mil casos). Entretanto, na Índia, em 2006, houve 1,3 milhão de casos e nenhuma morte registrada.

ORIENTAÇÕES EM CASO DE SUSPEITA
Será adotada alguma medida em fronteiras e aeroportos?
Para doenças como Chikungunya não existem medidas efetivas em fronteiras ou aeroportos, pois a pessoa pode viajar durante o período de incubação ou ser um caso assintomático. Além disso, os sintomas de Chikungunya são semelhantes aos de outras doenças. Assim, a melhor prevenção e cada pessoa buscar eliminar os criadouros de mosquitos na sua casa e vizinhança.
O que a pessoa deve fazer se suspeitar que tem Chikungunya?
Procurar a unidade de saúde mais próxima, imediatamente. E, fundamental: NÃO TOMAR REMÉDIO POR CONTA PRÓPRIA. A automedicação pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro do paciente. Somente um médico pode receitar medicamentos.
O que as pessoas podem fazer para evitar a doença?
Como a doença Chikungunya é transmitida por mosquitos, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros das espécies. Elas são exatamente as mesmas para o controle da dengue, basicamente, não deixar acumular água em recipientes. Entre outras medidas, são muito efetivas: verificar se a caixa d´água está bem fechada; não acumular vasilhames no quintal; verificar se as calhas não estão entupidas; e colocar areia nos pratos dos vasos de planta. Os procedimentos de controle são semelhantes para ambos os mosquitos.

Fonte: Agência Saúde
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