Aumento da dengue em 2015 já preocupa

09 fevereiro, 2015

Depois de um ano de bons resultados, a quantidade de casos de dengue nas quatro primeiras semanas de 2015 aumentou 57,2% em relação a janeiro de 2014. Até 31 de janeiro, foram 40.916 notificações, contra 26.017 no ano passado. O Acre já está em situação de epidemia. Os dados do Ministério da Saúde acendem o alerta, pois o período de pico das infecções pelo Aedes aegypti ainda não chegou. 

Geralmente, no fim das chuvas, entre março e abril, é que a doença se prolifera. Neste ano, em vez das precipitações, a preocupação é justamente com a seca, que pode estar contribuindo para o aumento de casos. Apesar de não apontá-la como a causa principal, o titular da pasta, Arthur Chioro, afirma que a crise hídrica deve estar relacionada ao crescimento em alguns locais, por causa da forma como as pessoas estocam água.

Apesar do aumento de notificações, dados do ministério mostram que o número de casos graves caiu 71,4%, sendo registrados apenas 14 neste início de ano. A mesma situação aconteceu com as mortes, que diminuíram 83,7% (de 37 para 6). E, até então, foram 77 registros com sinais de alarme — classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) que indica a possibilidade de evolução para caso grave. O levantamento será divulgado hoje por Chioro em evento de prevenção à dengue, em Valparaíso (GO).

Com 2.673 casos, o Acre é o estado com maior incidência da doença: 338,3 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, está Goiás, com 6.383 registros e incidência de 97,9, 12% menor que a do ano passado, quando ela estava em 111,5 nesse período do ano. O Distrito Federal teve redução de 68% no número de notificações, que passaram de 738 para 233, média de 8,2 registros a cada 100 mil habitantes.

Justamente a região que enfrenta uma grave estiagem teve maior crescimento de casos em 2015. Foram 22,6 mil no Sudeste, um aumento de 55,3%. A alta foi puxada por São Paulo. O estado está com taxa de 40 casos por 100 mil habitantes (17.612 notificações), crescimento de 733% em relação ao ano passado, quando o índice era de 4,8. Na unidade da Federação, está o município com maior taxa de incidência do país: Trabiju. O Rio de Janeiro teve leve aumento na incidência, e Minas Gerais e Espírito Santo apresentaram queda. O Sul teve a menor variação em número de casos.

As razões para o aumento, segundo o ministro da Saúde, variam de acordo com o local. No caso do Acre, por exemplo, dos 2.673 registros, 2.305 foram em Cruzeiro do Sul. “Era uma área que até pouco tempo não tinha a presença do mosquito e da doença, por isso pega as pessoas mais vulneráveis”, disse. Em São Paulo, por exemplo, a seca excessiva pode ter contribuído com a alta do índice. “É inquestionável que a crise hídrica apresenta risco maior de proliferação do Aedes aegypti, porque as pessoas tendem a armazenar água sem proteção, o que aumenta a possibilidade de multiplicação do mosquito.”

Para Chioro, a preocupação dos secretários municipais com a acumulação de água nas regiões afetadas é perceptível. “Não posso atribuir (todo o aumento) à crise hídrica, mas não podemos descartar a correlação e o potencial que isso traz. A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo tem colocado a suspeita de que o acúmulo de recipientes esteja potencializando os casos.” O ministro afirma que será feita uma análise de impacto da crise de acordo com os níveis de precipitação, abastecimento e infecção. É necessário estar atento ao modo de estocar a água e sempre manter o recipiente usado fechado e limpo.
LEIA MAIS

 
 
 

MARCADORES

. (1) 00 PARA ACS E ACE (1) 1.090 (1) Aedes aegypti e a sua piscina. (1) Alerta sobre a dengue. (14) Aline morreu de dengue. (1) Aos vereadores do Recife. (1) Arbovírus (1) Caramujos (1) carros abandonados na rua. (1) casos de denúncias (1) Chicungunha (1) Combate à dengue (196) Como eliminar... (12) concurso público (4) Conferência do Recife (2) Conjuntivite (1) convocação do sindicato (1) COVID-19 (3) dengue e a homoterapia (3) dengue e a medicina (3) Dengue e Chikungunya (8) Dengue e Chikungunya e Zika (3) Dengue e Ciência (5) dengue e covid-19 (1) dengue e leptospirose. (1) Dengue e o Sindicato (1) dengue e tecnologia (2) Dengue em estado de epidemia. (1) dengue em recém-nascido (1) Dengue no sertão (2) Denúncias (4) diario oficial (2) Dicas de segurança (1) Doenças infecciosas (1) Educação e Saúde. (1) Efetivação de asaces e acss (1) Epidemia de Dengue (5) epidemiológia (2) Estado de abandono (1) Estatuto do Servidor. (1) febre amarela (1) Focos em terrenos baldios. (1) Focos perigosos de Dengue. (1) Gripes (1) Larvicidas (3) Legislações (4) leis (1) Levantamento de Índice Rápido.(LIRAa) (1) mapeamento de ruas (1) maximizar no combate a Dengue. (2) meio ambiente (2) Microcefalia (3) Nomeação (1) Novos Vírus (1) Oswaldo Cruz (1) Outras Endemias (12) Outras endemias. (1) PAGAMENTO DOS ACS E ACE. (1) piso nacional para agentes de saúde (1) PLANO DE CARGOS (1) Politica (10) Politica e Saúde. (70) PQA VS (1) Pragas Urbanas. (3) Prefeitura mantém a proposta de 4% (1) REPELENTE. (3) Resultado da DENGUE no estados (1) Risco de morte (1) Roedores (1) SALÁRIO (1) SALÁRIOS DE R$:1.090 (1) Saúde Pública (13) Servidores da PCR não aceitam 4% (1) Tecnologia no combate à Dengue. (8) UBV-Recife (1) Utilidade Pública (2) Vacinas (3) Vacinas. (1) Verdades e Mentiras (1) Vigilância Ambiental (4) Vigilância Sanitária (1) Viroses (3) Vírus Chapare (1)

VISITANTES