"Rio não está preparado para a dengue tipo 4", afirma especialista

10 abril, 2013


Pior surto acontecerá na Copa das Confederações e JMJ, prevê


“A cidade do Rio de Janeiro não está preparada para a chegada da dengue do tipo 4”. A afirmação de Eraldo Bulhões Martins, médico clínico especialista em dengue e diretor de comunicação do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SINMEDRJ), põe em xeque as políticas de saúde propostas pelos órgãos municipais e estaduais de saúde.
Embora alguns casos de dengue tipo 4 já tenham sido registrados no Rio, como indica a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Martins afirma que são casos que ainda não correspondem a um surto desse novo vírus. Dados da SMS indicam que 19.602 já foram infectadas com algum vírus da dengue no Rio neste ano.
“Até o fim de maio ainda teremos muitos casos de dengue na cidade. A do tipo 4 está um pouco atrasada aqui porque como se trata de um vírus novo, que veio da Venezuela e Colômbia, ainda está chegando nos estados brasileiros”, afirma Martins, ao chamar atenção para o fato de que o pior surto de dengue neste ano será nos períodos da Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventude, quando a cidade receberá muitos estrangeiros.
Segundo Martins, em relação à dengue tipo 4, o momento é de hidratar a população para quando o vírus chegar em massa ao Rio. Ele explica que a hidratação do corpo para evitar qualquer tipo de dengue é a mesma: “muito potássio”.
“Muitas pessoas pensam que basta simplesmente tomar muita água, mas, pelo contrário, a água ajuda a eliminar o potássio do corpo. É preciso equilibrar. Se o infectado com o vírus da dengue ingerir grande quantidade de potássio, seja tomando uma laranjada ou comendo muita banana, e depois tomar um ou dois copos d’água, ele está hidratado. E quem está com o corpo hidratado não morrerá de dengue. Do ponto de vista do tratamento clínico, a dengue 4 é a mesma das outras”, afirma o médico.
Equívoco
Na opinião de Martins há um equívoco por parte das autoridades de saúde do país, em relação à proliferação do mosquito da dengue.
“Passam para a população que o mosquito da dengue põe seu ovo em água parada. Na verdade, ele põe em local seco. Um exemplo são as caixas d’água. O mosquito não coloca o ovo na água e sim na parede, acima do espelho d’água”, afirma Martins.
Outra crítica do médico é na questão dos chamados “fumacês”, aquele caminhão com substâncias químicas, muito utilizado em condomínios fechados.
“Essa fumaça somente mata os predadores do mosquito da dengue, como pássaros e lagartixas, criando ainda um desequilíbrio ecológico”, ressalta Martins.
*Do Programa de Estágio do Jornal do Brasil

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