Leptospirose: Esclarecimento sobre a ameaça pós-chuvas em Recife

05 fevereiro, 2025

    Após períodos de chuvas intensas e enchentes, a leptospirose, uma doença transmitida pela urina de ratos, pode proliferar, tornando crucial entender o que é leptospirose para prevenção. No Brasil, essa enfermidade é endêmica, mas torna-se epidêmica em períodos chuvosos, resultando em 3 mil casos confirmados e 310 óbitos em 2023, especialmente nos estados do Sul e Sudeste.


O cenário da Leptospirose em Recife

Em 2024, até a semana epidemiológica (SE) 19, foram notificados 90 casos suspeitos de leptospirose e 18 foram confirmados (20,0%). Para o mesmo período do ano anterior, foram notificados 86 casos e confirmados 27 (31,4%), representando um aumento de 4,7% de casos notificados e redução de 33,3% de casos confirmados em 2024 (Tabela 1). O diagrama de controle com base na série histórica de casos prováveis de leptospirose, demonstra que o coeficiente de incidência de casos prováveis de leptospirose em 2024 se encontra abaixo do limite máximo esperado desde a SE 13.

Até a SE 19 de 2024 foram confirmados 18 casos de leptospirose e destes observa-se que 50,0% estão concentrados nos distritos sanitários VIII (27,8%) e IV (22,2%) (Tabela 1). Os bairros que apresentaram o maior número de casos prováveis foram: Campo Grande (5), Areias (4), Boa Viagem (4), Imbiribeira (4) e Ibura (4).

Importância:

  • Prevalência Epidêmica: A leptospirose é uma ameaça significativa durante enchentes, aumentando a necessidade de conhecimento e precauções.
  • Concentração Geográfica: A incidência é mais expressiva nas regiões Sul e Sudeste, exigindo atenção especial nessas áreas.

O que é Leptospirose:

Durante enchentes, ratos são deslocados para áreas habitadas, elevando o risco de transmissão da Leptospira, bactéria presente na urina destes animais. A infecção ocorre através de cortes na pele, mesmo em contato com água contaminada.

Sintomas:

Após a exposição, os sintomas não são imediatos, surgindo de 7 a 14 dias depois:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor muscular, especialmente nas panturrilhas
  • Falta de apetite
  • Náuseas/vômitos
  • Diarreia
  • Dor nas articulações
  • Fotofobia
  • Tosse

Fases Graves:

15% dos casos evoluem para a fase tardia, com complicações como a Síndrome de Weil, hemorragias pulmonares e comprometimento de órgãos.

Tratamento:

O tratamento varia conforme os sintomas, mas o uso imediato de antibióticos, como amoxicilina ou doxiciclina, é comum, reduzindo riscos de complicações graves.

Prevenção:

Não há vacina para humanos; a prevenção envolve evitar contato com a urina de ratos, utilizando equipamentos de proteção em áreas de risco, além de limpeza adequada de objetos resgatados. Controle a longo prazo inclui impedir acesso dos ratos ao lixo e vedar caixas d’água.

A compreensão da leptospirose é vital para a prevenção, especialmente após chuvas intensas. A adoção de medidas preventivas e o rápido tratamento em casos suspeitos são cruciais para reduzir a morbidade e mortalidade associadas à doença.

Referências:

 Cievs RECIFE - Centro de informações estratégicas em Vigilância em Saúde

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