A infecção natural por um dos 4 sorotipos do vírus da dengue (1, 2, 3, 4) produz uma imunidade duradoura contra uma reinfecção pelo sorotipo específico, mas a proteção estereotípica (imunidade contra outro sorotipo) é temporária e parcial, resultando em infecções sequenciais.
Outro conceito importante é que o organismo é capaz de eliminar o agente viral prontamente, pois a doença chega ao fim rapidamente e muito provavelmente essa defesa eficiente é a responsável pela patologia induzindo alterações vaso dinâmicas, hemorrágicas e de choque.
O desaparecimento da doença coincide com o aparecimento de vigorosa resposta imune. Os anticorpos, principalmente os que se ligam a epítopos da proteína E, promovem lise do envelope ou bloqueio de seus receptores com consequente neutralização viral.
A proteína E, localizada nas espículas do envelope dos vírus da dengue, é fundamental para a ligação viral ao receptor de membrana e possui os mais importantes domínios antigênicos desses microorganismos. Os epítopos da proteína E definem a produção de anticorpos específicos para o tipo viral e podem ser detectados por múltiplos testes sorológicos.
Os anticorpos contra a proteína E são dirigidos a epítopos existentes em toda a superfície externa da molécula. O mecanismo de neutralização dos anticorpos relaciona-se à dissociação do dímero E, impedindo as alterações conformacionais que levam à formação dos trímeros da molécula, evitando assim que o vírus possa ser introduzido na célula hospedeira.
Anticorpos, produzidos contra NS1, promovem lise viral fixando o complemento. A imunização com NS1 é capaz de proteger camundongos da encefalite, após serem inoculados com vírus da dengue. Entretanto, o mecanismo de proteção conferido pelas NS1 não é neutralizante das partículas virais e relaciona-se à destruição das células infectadas previamente à liberação da progênie viral.
A NS3, que se apresenta em contato com a superfície celular também possui capacidade imunogênica. A presença de NS3 estimula a destruição das células infectadas por LT citóxicos. LT helper e citotóxicos de pacientes com dengue apresentam capacidade de reconhecer epítopos de E, NS1 e NS3.
Nos pacientes com dengue, a resposta humoral produzida por plasmócitos resultantes da ativação de linfócitos B costuma ser vigorosa. Os anticorpos IgM específicos são detectáveis a partir do quarto (4º) dia, após o início dos sintomas, atingindo os níveis mais elevados por volta do sétimo (7º) ou oitavo (8º) dia e declinando lentamente, passando a não ser detectáveis após alguns meses.
As IgG específicas são observadas, em níveis baixos, a partir do quarto (4º) dia após o início dos sintomas, elevam-se gradualmente, atingindo altos teores em duas (2) semanas e mantêm-se detectáveis por vários anos, conferindo imunidade contra o tipo infectante, provavelmente, por toda a vida.
Anticorpos obtidos durante infecção por um tipo de dengue, também protegem da infecção por outros tipos, entretanto, tal imunidade é mais curta, com duração de meses ou poucos anos. Infecções por dengue, em indivíduos que já tiveram contato com outros sorotipos do vírus ou, mesmo, outros Flavivírus (como os vacinados contra a febre amarela), podem alterar o perfil da resposta imune, que passa a ser do tipo anamnéstico ou de infecção secundária (reinfecção), com baixa produção de IgM e liberação intensa e precoce de IgG.
A resposta imune celular citotóxica por LT ocorre sob estímulo das proteínas NS1, NS3 e E dos vírus da dengue. Os linfócitos citotóxicos agridem diretamente as células infectadas com dengue, que expressam receptores HLA tipo I, lisando-as. Portanto, as células T participam ativamente na resposta imune, reduzindo o número de células infectadas com o vírus, e conferindo proteção contra reinfecção.
Outra forma de resposta imune aos vírus da dengue é paradoxal, ou seja, prejudica o hospedeiro infectado e é responsável pela imunopatologia da dengue hemorrágico/síndrome de choque do dengue. Essa resposta imune pode ser observada em dois grupos de indivíduos: acima de um 1 ano de idade com uma segunda infecção por dengue (mais de 90% dos casos) e crianças, menores de um 1 ano, infectadas pela primeira vez, filhos de mães possuidoras de anticorpos para dengue.
Outro conceito importante é que o organismo é capaz de eliminar o agente viral prontamente, pois a doença chega ao fim rapidamente e muito provavelmente essa defesa eficiente é a responsável pela patologia induzindo alterações vaso dinâmicas, hemorrágicas e de choque.
O desaparecimento da doença coincide com o aparecimento de vigorosa resposta imune. Os anticorpos, principalmente os que se ligam a epítopos da proteína E, promovem lise do envelope ou bloqueio de seus receptores com consequente neutralização viral.
A proteína E, localizada nas espículas do envelope dos vírus da dengue, é fundamental para a ligação viral ao receptor de membrana e possui os mais importantes domínios antigênicos desses microorganismos. Os epítopos da proteína E definem a produção de anticorpos específicos para o tipo viral e podem ser detectados por múltiplos testes sorológicos.
Os anticorpos contra a proteína E são dirigidos a epítopos existentes em toda a superfície externa da molécula. O mecanismo de neutralização dos anticorpos relaciona-se à dissociação do dímero E, impedindo as alterações conformacionais que levam à formação dos trímeros da molécula, evitando assim que o vírus possa ser introduzido na célula hospedeira.
Anticorpos, produzidos contra NS1, promovem lise viral fixando o complemento. A imunização com NS1 é capaz de proteger camundongos da encefalite, após serem inoculados com vírus da dengue. Entretanto, o mecanismo de proteção conferido pelas NS1 não é neutralizante das partículas virais e relaciona-se à destruição das células infectadas previamente à liberação da progênie viral.
A NS3, que se apresenta em contato com a superfície celular também possui capacidade imunogênica. A presença de NS3 estimula a destruição das células infectadas por LT citóxicos. LT helper e citotóxicos de pacientes com dengue apresentam capacidade de reconhecer epítopos de E, NS1 e NS3.
Nos pacientes com dengue, a resposta humoral produzida por plasmócitos resultantes da ativação de linfócitos B costuma ser vigorosa. Os anticorpos IgM específicos são detectáveis a partir do quarto (4º) dia, após o início dos sintomas, atingindo os níveis mais elevados por volta do sétimo (7º) ou oitavo (8º) dia e declinando lentamente, passando a não ser detectáveis após alguns meses.
As IgG específicas são observadas, em níveis baixos, a partir do quarto (4º) dia após o início dos sintomas, elevam-se gradualmente, atingindo altos teores em duas (2) semanas e mantêm-se detectáveis por vários anos, conferindo imunidade contra o tipo infectante, provavelmente, por toda a vida.
Anticorpos obtidos durante infecção por um tipo de dengue, também protegem da infecção por outros tipos, entretanto, tal imunidade é mais curta, com duração de meses ou poucos anos. Infecções por dengue, em indivíduos que já tiveram contato com outros sorotipos do vírus ou, mesmo, outros Flavivírus (como os vacinados contra a febre amarela), podem alterar o perfil da resposta imune, que passa a ser do tipo anamnéstico ou de infecção secundária (reinfecção), com baixa produção de IgM e liberação intensa e precoce de IgG.
A resposta imune celular citotóxica por LT ocorre sob estímulo das proteínas NS1, NS3 e E dos vírus da dengue. Os linfócitos citotóxicos agridem diretamente as células infectadas com dengue, que expressam receptores HLA tipo I, lisando-as. Portanto, as células T participam ativamente na resposta imune, reduzindo o número de células infectadas com o vírus, e conferindo proteção contra reinfecção.
Outra forma de resposta imune aos vírus da dengue é paradoxal, ou seja, prejudica o hospedeiro infectado e é responsável pela imunopatologia da dengue hemorrágico/síndrome de choque do dengue. Essa resposta imune pode ser observada em dois grupos de indivíduos: acima de um 1 ano de idade com uma segunda infecção por dengue (mais de 90% dos casos) e crianças, menores de um 1 ano, infectadas pela primeira vez, filhos de mães possuidoras de anticorpos para dengue.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 900 cursos online com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/medicina/artigos/38415/virus-da-dengue-e-a-imunidade#ixzz2PQwdetp0
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