Débora Pedroso
Os casos de dengue em Santos já extrapolam o total registrado na última epidemia, em 2010. Até esta segunda-feira, 8.524 pessoas haviam contraído a doença, sendo que há três anos esse número foi de 8.279.
Esses dados são parciais, portanto os números ainda podem subir. Outro recorde negativo é o de contágio por semana. No período de 10 a 16 de março deste ano, 1.641 novos registros entraram para estatística.
O índice bateu a semana de 7 a 13 de abril de 2001, até então a maior da série histórica da doença com 1.519 casos. Mas não é só pelos recordes que a epidemia de 2013 será lembrada.
Na epidemia anterior foram registrados no total 24 óbitos. Números que para especialistas representam dois indicativos. “A população estava um pouco mais esperta depois do que aconteceu em 2010. Podemos até imaginar que em 2010 era um vírus mais grave. Mas não podemos descartar que houve um cuidado maior da população para tratamento”, explica o infectologista Marcos Caseiro.
O tipo 4 da doença é também a justificativa o alto índice de infecção. “O vírus novo significa que a maioria da população não estava infectada”, explica Carolina Ozawa, chefe do departamento Municipal de Vigilância em Saúde.
Para o infectologista Ricardo Hayden a alta nos registros indicam também a atuação efetiva das equipes médicas.
“Houve um trabalho mais centrado de hábito na comunicação dos casos. Não que isso não fosse feito. Mas no momento em que se deu a mudança de governo e da equipe para alguns profissionais mais ligados nessa questão da Vigilância Epidemiológica. Anotou-se os casos e cobrou-se mais, então os números saltaram aos olhos”, conclui.
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