Ministério da Saúde lança campanha para combater a dengue e a febre chikungunya

05 novembro, 2014

A febre Chikungunya e a dengue têm um denominador comum: ambas as doenças são transmitidas pela picada do mosquito Aedes Aegypti . Com a chegada do período das chuvas, a preocupação cresce em relação à proliferação do inseto, que se reproduz em água parada. O Ministério da Saúde, por meio do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRA'a), identificou as regiões de maior risco.
No total, participaram do levantamento deste ano 1463 municípios. Os resultados mostraram que 813 estão em situação satisfatória, 533 em alerta e 117 em situação de risco para a ocorrência de dengue. O Nordeste é a região que concentra o maior número de municípios em situação de risco - 96 dos 727 avaliados.
Por enquanto, há 10 capitais em alerta: Porto Alegre, Cuiabá, Vitória, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Belém e Porto Velho. Em compensação, 11 capitais apresentaram resultados satisfatórios: Curitiba, Florianópolis, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Macapá, Teresina e João Pessoa. “Qualquer município brasileiro que tenha uma população elevada dos mosquitos Aedes Aegypti eAedes albopictus está sujeito à febre chikungunya”, explica Jarbas Barbosa, Secretário de Vigilância em Saúde. Na região Sudeste, 55% dos depósitos de água encontrados, lugares propícios para a proliferação do mosquito, são domiciliares. É aquela água que se acumula nos vasos, na calha das casas, nas garrafas abandonadas no quintal. A preocupação agora é ainda maior já que, por causa da crise de abastecimento causada pela estiagem, muitas famílias têm armazenado água em casa.
 receio das autoridades frente à chikungunya é a perda de capacidade de diagnosticar a dengue, cuja taxa de mortalidade é muito mais elevada. Confundir os sintomas das duas doenças na hora de realizar o diagnóstico pode ser um problema. "Todas as equipes de saúde que atuam nas unidades básicas estão sendo orientadas, por meio dos protocolos clínicos, para que possam reconhecer os sintomas, tanto de dengue como chikungunya”, explicou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. É preciso estar atento sobretudo aos sinais de agravamento da dengue, vômitos e dores abdominais, que podem levar o paciente a uma situação bem complicada, chegando até a óbito.
A palavra de ordem é prevenção

“É preciso realizar um esforço conjunto para combater o mosquito. Se cada um olhar a sua própria casa, contribui muito para a prevenção", afirmou secretário de Vigilância da Saúde, Jarbas Barbosa. O levantamento confirma o apelo do secretário, já que 80% dos focos de mosquito foram encontrados dentro de domicílios. O grande problema é que o UBV, o “fumacê” como é chamado o aparelho utilizado pelas prefeituras para eliminar o vetor das doenças, só funciona para os mosquitos adultos: não afeta as larvas. Por isso, se os focos de proliferação do mosquito não forem eliminados, 15 dias depois, quando o inseto torna-se adulto, a doença pode ser transmitida novamente.

Para aumentar os esforços de mobilização das prefeituras, secretarias municipais de saúde e, claro, da próxima sociedade, foram escolhidas duas datas para a realização maciça da campanha: 6 de dezembro e 7 de fevereiro. "As medidas de prevenção para a dengue e chikungunya são as mesmas. Por isso, devemos intensificar as ações", disse o ministro.
Sobre a Febre chikungunya

Além de ter como vetor o mosquito Aedes Aegypti, o vírus CHIKV, causador da doença, também é transmitido por um outro tipo de mosquito, o Aedes albopictus. O principal sintoma da doença é uma dor intensa nas articulações, que pode persistir durante meses. Não é à toa que o nome dado à doença, chikungunya, significa “aquele que se dobra” em swahili, o idioma oficial de países como a Tanzânia. Outras manifestações clássicas da doença são: febre acima de 39 graus, dor de cabeça e muscular, náusea e vermelhidão na pele, que começa no tronco e avança para as extremidades do corpo. Era uma doença comum na África e na Ásia e chegou à América pelo Caribe Francês.

O primeiro caso autóctone no Brasil foi confirmado em setembro de 2014. Até dia 25 de outubro, o Ministério da Saúde registrou um total de 824 casos. São 330 em Oiapoque, 371 em Feira de Santana, 82 em Riachão do Jacuípe, um em Matozinho e um em Campo Grande.
Por Naíma Saleh - 04/11/2014 16h31

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