“Uma casa abandonada está preocupando moradores da rua Arcipreste Manoel Teodoro, entre as ruas Presidente Pernambuco e Gama Abreu, no bairro Batista Campos, em Belém. O local estaria com vários focos do mosquito da dengue e virou abrigo para bandidos. Alguns moradores estão doentes. Segundo a população, a casa está abandonada há mais de seis anos.
Na sacada do imóvel existem poças d’águas e o terreno está cheio de mato. O medo dos moradores é que com as chuvas, a situação se agrave.
A professora de educação física Ida Maria Pereira Moreira, 56 anos, mora em um prédio que fica em frente ao imóvel abandonado e contraiu dengue. Ela pegou dengue clássica pela segunda vez e só não foi contaminada pela hemorrágica porque foi ao médico quando apresentou os primeiros sintomas. Ida Moreira afirma que a infecção ocorreu por causa dos focos de mosquito da dengue do terreno da frente. Além dela, a irmã, o sobrinho e a mãe, que tem 89 anos, estão com suspeita de dengue.
"Eu estava muito bem até vir morar aqui no apartamento com a minha mãe. De repente, comecei a sentir tontura, dor no corpo, entre outros sintomas. No mesmo instante, fui ao médico infectologista e ele diagnosticou que era dengue. A minha irmã veio passar o Dia das Mães aqui em casa e desde a semana passada começou a apresentar os sintomas. Hoje (ontem) foi ao médico para saber se é ou não a doença", relatou a professora.
Ida Moreira acrescenta que ligou para a Secretaria de Municipal de Saúde (Sesma) solicitando a vistoria do imóvel. Os técnicos teriam constatado que o local é foco de mosquito. "A varanda da casa estava parecendo uma piscina. Agora não tem tanta água acumulada porque os agentes da Sesma fizeram um furo na laje para o escoamento da água. Só que o problema continua", relatou.
Matéria do jornal O Liberal Digital
Esta matéria de certa forma faz alusão ao mesmo tipo de problema por mim encontrado no bairro da Madalena e em outras localidades.
A Secretaria de Saúde através de seus gestores divulgam que a maioria dos focos são encontrados dentro das residências e até o ano de 2010 isso era muito evidenciado por conta do racionamento de água. Em 85% dos imóveis visitados, encontrava recipientes com água parada e em boa parte desses existia focos do mosquito transmissor da Dengue, tanto na área intra-domiciliar como também na peri-domiciliar.Nas inúmeras reportagens que assisti, à população era convocada a nos ajudar no combate diário e isso era válido pra facilitar nossa visita.No entanto, enfrentamos uma epidemia, fato este, ligado a um conjunto de eventos que propiciou o aumento de casos de dengue com agravos e mortes em todo o Pernambuco.Entre esses eventos estão a troca do BTI pelo Diflubenzuron, a defasagem de Agentes de Saúde e Combate a Endemias e por conta disto inúmeras áreas descobertas, deficiência nas informações repassadas aos Distritos Sanitários e por conseqüência, atrasos nas ações intersetorias como; limpeza de canais, desentupimento de galerias de esgoto e águas pluviais, conserto de cano d’água estourado em via publica...., mas a que eu considero ser a pior delas é a falta de lei que puna os donos de imóveis desocupados e terrenos baldios fechados e em péssimo estado de abandono que com a chegada do período das chuvas, propiciam o desenvolvimento de focos do mosquito nos impedindo de executar ações de combate ao mesmo.Em geral os donos desses imóveis tem dinheiro e influencia e infelizmente negligenciam um problema grave de saúde publica.
Esta é a visão de quem trabalha tanto em comunidade carente como em área nobre.
A seguir postarei algumas fotos que comprovam minha tese sobre locais e consistências dos focos do Aedes aegypti.
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