Pernambuco em alerta para evitar epidemia de chikungunya

16 dezembro, 2014


Pernambuco está em alerta em relação à febre chikungunya. A doença preocupa a coordenação do programa de controle da Secretaria Estadual de Saúde, que trabalha com a possibilidade iminente de uma epidemia. Planos de contingência foram traçados e todo caso suspeito precisa ser notificado imediatamente. Até agora, quatro casos foram confirmados no estado, três no Recife e um em Petrolina, todos “importados” - as infecções ocorreram fora dos limites de Pernambuco. 


A última confirmação ocorreu quarta-feira. Mas o avanço da doença é visto como inevitável. Para minimizá-lo, a população precisa ajudar, erradicando os focos do Aedes aegypti, mosquito que também transmite a dengue.

“Vai haver uma epidemia (em Pernambuco), não tem como prevenir. O que precisa é minimizar e, para isso, apelamos à população”, disse a coordenadora do Programa de Controle à Dengue e Chikungunya da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, Claudenice Pontes. No Brasil, quatro estados já vivem epidemias de chikungunya, incluindo um que faz divisa com Pernambuco - a Bahia, que registrou o maior número de casos autóctones (contraídos no próprio estado) confirmados até 15 de novembro, data do último registro contabilizado pelo Ministério da Saúde em boletim divulgado em 2 de dezembro. Foram 759. Amapá, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul completam integram a lista.

Também preocupam as chuvas, a rapidez com que o mosquito passa a transmitir o vírus após ser infectado, a grande carga viral que ele pode carregar (maior que nos casos de dengue) e a chegada do fim do ano, quando muitas prefeituras dão férias para os agentes que trabalham no controle das populações de Aedes aegypti e na assistência à saúde. E como a doença nunca havia sido registrada no país, praticamente toda a população, à exceção dos já infectados, está suscetível.

“No caso da dengue, o mosquito adquire o vírus e passa dez dias para se tornar transmissor. Na chikungunya, ele pode começar a transmitir 48 horas depois”, disse Claudenice Pontes. “Há impactos na saúde e econômicos, já que a pessoa terá que se afastar do trabalho”, completou.

São raros os registros de morte por chikungunya, mas as dores articulares, uma das principais características da enfermidade, podem durar meses ou até anos. Em alguns casos, se transformam em crônicas e incapacitantes.

Como o principal mosquito vetor no país é o mesmo que transmite a dengue, é preciso eliminar os focos (locais que podem acumular água) já conhecidos pela população, comentou a gerente geral de Políticas Estratégicas de Saúde do Recife, Zelma Pessoa. “Cerca de 90% dos focos estão no domicílio ou nos  arredores.”

Casal contraiu doença na Colômbia

“A situação até agora está sob controle. Os casos identificados estão sendo investigados em tempo hábil”, disse a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Prefeitura do Recife, Emília Carolle. Segundo ela, no Recife três casos foram descartados e outros três confirmados. Em dois deles, a infecção ocorreu na Colômbia - um casal de 25 e de 26 anos que passou duas semanas naquele país e retornou em 8 de novembro.

“Eu comecei com mancha no corpo. Depois, tive febre, dores nas articulações e dor de cabeça”, disse a garota, que reportou que amigos que fizeram lá, de outras nacionalidades, também se queixaram dos mesmos sintomas. O namorado apresentou os primeiros sinais no dia seguinte ao desembarque no Recife.

Ela, dois dias após a chegada. “Depois de uma semana de repouso, permaneceram as manchas e as dores nas articulações. Hoje ainda sinto dor nos pés, joelhos, cotovelos, nas mãos e também nas costas”, afirmou.

Monitoramento
A intensidade e o local de maior dor variam de acordo com o esforço físico. O namorado já não sente mais dores. Ela não sabia que havia risco de infecção na Colômbia, mas desconfiou de chikugunya quando começou a apresentar os sintomas.

Agentes da prefeitura estão em contato direto com o casal. “Foram ao meu trabalho para fazer o exame. Fizeram monitoramento do mosquito no trabalho, na casa da minha mãe e na da minha irmã, têm ligado, dado orientações como, por exemplo, para as pessoas ao redor usarem repelente, e têm estado disponíveis”, afirmou.
Juliana Colares - Diario de Pernambuco
Publicação: 15/12/2014 08:37 Atualização: 15/12/2014 08:41

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Ministério da Saúde recadastra Agentes de Combate às Endemias em todo país

12 dezembro, 2014


Rio - O Ministério da Saúde vai recadastrar todos os Agentes de Combate
às Endemias (ACEs) do país. A meta é conseguir um quadro real da
situação funcional e também os atuais vínculos dos servidores em
todos os municípios brasileiros.
A preocupação da pasta é consolidar a base de dados para a implementação
do piso nacional da categoria, de R$ 1.014, aprovado em junho deste ano. 
O salário é nacional, mas não será pago automaticamente. Será necessário
aguardar medidas administrativas que serão providenciadas por cada 
prefeitura participante do convênio ‘Estratégia Saúde da Família’.
De acordo com o Sindsprev-RJ (Sindicato dos Trabalhadores Públicos 
Federais em Saúde e Previdência Social no Rio de Janeiro), o 
recadastramento dos agentes foi decidido em reunião do Grupo de 
Trabalho (GT) criado pelo Ministério da Saúde para cuidar exclusivamente
da implementação do piso salarial nacional.
Durante o encontro, também ficou definido que a pasta deverá repassar
a assistência financeira aos municípios, de acordo com a Lei 12.994, 
para os profissionais (Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate
às Endemias) com vínculo direto. Segundo o sindicato, também foi constatado
durante a reunião do grupo que mais de 60% dos agentes ainda possuem
vínculo funcional precário. 
O critério de atualização do piso ficou indefinido e é alvo de queixa entre
os agentes. Pelo texto da Câmara, o piso seria reajustado, a partir de 
2015, segundo as regras de atualização do valor do salário mínimo. 
Já no Senado, a regra caiu, e o Executivo não impôs metodologia de correção. 
A coluna procurou o Ministério da Saúde para detalhar o processo,
mas não obteve retorno.

ALESSANDRA HORTO
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PQA VS - IMPLANTADO PARA MELHORIA DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE - ACE

18 novembro, 2014

Para o que servirá o PQA VS ?

        Para qualificar a atenção à saúde a partir do princípio da integralidade é fundamental que os processos de trabalho sejam organizados com vistas ao enfrentamento dos principais problemas de saúde-doença das comunidades e com ações de promoção e vigilância em saúde efetivamente incorporadas no cotidiano das equipes de Atenção Básica/Saúde da Família de todo este imenso Brasil.


Com a revisão do financiamento das ações de Vigilância em Saúde pactuada na CIT ainda em 2012 e publicação em breve da Portaria que substituirá a Portaria 3252 de 22 de dezembro de 2009, será instituído o Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde, que tem como objetivo induzir o aperfeiçoamento das ações de vigilância em saúde no âmbito municipal e estadual. 
     A presente Nota Técnica apresenta 2 minutas de Portaria para instituição e normatização deste Programa, bem como do incentivo financeiro do Piso Variável de Vigilância em Saúde - PVVS, previsto para sua implementação. O Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde – PQA-VS, tem o objetivo de induzir o aperfeiçoamento das ações de vigilância em saúde, com as seguintes diretrizes:
• Estimular processo contínuo e progressivo de melhoria das ações de vigilância em saúde que envolva a gestão, o processo de trabalho e os resultados alcançados pelos estados, Distrito Federal e municipios, na vigilância em saúde;
• Caráter voluntário para a adesão tanto pelos estados, Distrito Federal e municipios;
• Desenvolver cultura de negociação e contratualização, que implique na gestão dos recursos em função dos compromissos e resultados pactuados e alcançados.




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Confirmado primeiro caso da febre Chikungunya em Petrolina, no Sertão

Nesta segunda-feira (17) foi confirmado o primeiro caso da febre Chikungunya em Petrolina, no Sertão pernambucano. De acordo com a Vigilância em Saúde do município, a paciente é uma moradora do C1, do Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho, que fica na Zona Rural da cidade. Além do já confirmado, dois outros moradores estão sob suspeita e aguardam a confirmação. 
Segundo a Vigilância em Saúde, a mulher está sendo medicada em casa e seu estado de saúde é estável. A suspeita é que a agricultora teria pego a febre em uma viagem que fez no mês de agosto para a cidade de Feira de Santana, na Bahia, município com mais casos já registrados no país.
A diretora de Vigilância em Saúde de Petrolina, Catarina Supino,  explica que além do caso confirmado, existem dois casos suspeitos de pessoas que frequentam a casa da agricultora infectada. "O material dessas pessoas já foram coletados e enviados para o laboratório Lacen da capital Recife.  Elas apresentam sintomas semelhantes a febre chikungunya. A previsão é que de 10 a 15 dias seja divulgado o resultado", destaca.
A diretora Catarina relata que a medida é fazer o bloqueio, evitando que os mosquitos não tenham contato com os infectados para que não surjam novos casos e assim não aconteça a transmissão.
O caso confirmado foi importado, pois a paciente se contaminou em Feira de Santana-BA. Se os dois novos casos forem confirmados serão autocnes, cuja transmissão aconteceu no próprio município.
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Recife permanece entre as 10 cidades em situação de alerta

12 novembro, 2014

Atualização do Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) realizada na última sexta-feira (7) revela que 125 municípios brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias de dengue, 552 estão em alerta e 847 cidades apresentam índice satisfatório. Até o momento, o Ministério da Saúde recebeu informações do LIRAa de 1.524 municípios brasileiros, 61 cidades a mais do que o primeiro levantamento fechado em 3 de novembro.

Elaborado pelo Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios, o LIRAa foi realizado em outubro deste ano. A pesquisa é considerada um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, o que possibilita aos gestores locais de saúde anteciparem as ações de prevenção.

O chamado Mapa da Dengue identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da doença, proporcionando informação qualificada para atuação das prefeituras nas ações de prevenção.

Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, é fundamental o reforço às ações de combate não apenas à dengue, mas também à febre chikungunya. "As medidas de enfrentamento e prevenção das duas doenças são as mesmas. Temos de intensificar estas ações e prestar bem a atenção nas informações que o LIRAa nos revela. Trata-se de uma ferramenta muito potente que nos dá informações importantes", observou.

LEVANTAMENTO - Os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito, e satisfatório quando o índice está abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti.

De acordo com o levantamento, Rio Branco é a única capital em situação de risco, com índice de 4,2. São dez as capitais que apresentaram situação de alerta (Porto Alegre, Cuiabá, Vitória, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Belém e Porto Velho) e outras 11 estão com índices satisfatórios (Curitiba, Florianópolis, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Macapá, Teresina e João Pessoa). Cinco capitais (Boa Vista, Manaus, Palmas, Fortaleza e Salvador) ainda não apresentaram ao Ministério da Saúde os resultados do LIRAa. Ministério da Saúde continua recebendo as informações dos estados e divulgará o próximo levantamento na próxima sexta-feira (14).

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, reforça que a prevenção da dengue e da febre chikungunya é simples e todo mundo sabe como fazer. “Em apenas 15 minutos semanais, as famílias podem fazer o inspeção dentro de casa e destruir os focos dos mosquitos dentro de pneus, vasilhas de plantas e outros tipos de recipientes que acumula água parada”, frisou. O secretário, no entanto, ressaltou que o fato de uma determinada cidade estar em situação satisfatória no LIRAa não significa que esteja protegida. "Se o município parar de agir, a população de mosquito pode crescer", alertou. Barbosa esclareceu que um município com população de mosquito elevada pode ter transmissão de chikungunya. "Ninguém está protegido se no local tem mosquito para fazer a transmissão, seja em casa ou no trabalho".

CRIADOUROS - Além de ajudar os gestores a identificar os bairros em que há mais focos de reprodução do mosquito, o LIRAa também aponta o perfil destes criadouros. Os focos podem estar em formas de armazenamento de água, em espaços em que o lixo não está sendo manejado adequadamente e em depósitos domiciliares.

Esse panorama varia entre as regiões. Enquanto na Região Sul, 47,3% dos focos estão no lixo, no Nordeste e no Centro Oeste o armazenamento de água é a principal fonte de preocupação com 78,8% e 36,8%, respectivamente. Já o Norte e o Sudeste têm no depósito domiciliar o principal desafio, com taxas de 46,6% e 55,1%, respectivamente.

MOBILIZAÇÃO - O Ministério da Saúde realizará, a partir do dia 15 de novembro, campanha de combate à dengue e ao Chinkungunya, que tem como slogan “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”. Serão divulgadas orientações à população sobre como evitar a proliferação dos mosquitos causadores das doenças e alertar sobre a gravidade das enfermidades.

No dia 6 de dezembro será realizado o Dia D de mobilização. Por meio da ação, o Ministério da Saúde convoca os gestores municipais a realizarem uma intensa mobilização da população, além de mutirões de limpeza urbana e atividades para alertar os profissionais da área ao diagnóstico correto das doenças.  Como cerca de 80% dos criadouros estão nas residências, o papel de cada família, para verificar e eliminar possíveis locais que acumulam água, será reforçado nesse dia D. A ação será repetida no dia 7 de fevereiro, com o Dia D+1.

REDUÇÃO DOS CASOS - O número de casos registrados de dengue caiu 61% entre janeiro e outubro de 2014, em comparação ao mesmo período de 2013, passando de 1,4 milhão de casos para 556,3 mil neste ano. Os dados constam no balanço epidemiológico divulgado nesta terça-feira (04). Todas as regiões do país apresentaram redução de casos notificados, sendo que a região Sudeste teve a queda mais representativa, correspondente a 67%, seguida pelo Sul (64%), Centro-Oeste (57%), Nordeste (42%) e Norte (23%). O estado com a maior diferença entre 2013 e 2014 foi o Rio de Janeiro, que conseguiu reduzir em 97% o número de casos, seguido pelo Mato Grosso do Sul (96%) e Minas Gerais (86%).

Os óbitos por dengue no Brasil também apresentaram queda em comparação a 2013. Neste ano, foram 379 mortes, contra 646 confirmados no ano passado, uma redução de 41%. Destaque para os estados de Tocantins, Acre, Roraima, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que não registraram óbitos causados pela dengue em 2014. Para reduzir cada vez mais esses números, o Brasil mantém um programa permanente de combate ao mosquito transmissor. Neste ano, foram repassados aos estados e municípios cerca de R$ 1,2 bilhão para a manutenção de ações de vigilância, prevenção e controle da doença.

NOVA CLASSIFICAÇÃO – Neste ano, o Brasil passou a adotar a nova classificação de casos de dengue da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os registros são classificados como “dengue com sinais de alarme” e “dengue grave”. Até 2013, a classificação dos casos no Brasil se dividia em febre hemorrágica da dengue (FHD), síndrome do choque da dengue (SCD) e dengue com complicações (DCC). Cabe destacar que a adoção da nova classificação não traz prejuízos para a análise da situação epidemiológica, mas torna incorreta a comparação direta de casos graves em 2014 com os anos anteriores.

REDUÇÃO DE INTERNAÇÕES – Para garantir a assistência e atendimento aos pacientes com suspeita de dengue, o Ministério da Saúde tem investido na ampliação dos serviços, capacitação de profissionais, habilitações de leitos de enfermaria e de UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Todas as unidades de saúde estão aptas a realizar o diagnóstico, classificação de risco e acompanhamento, desde a atenção básica às unidades de média e alta complexidade.

No período de janeiro a setembro deste ano, foram registradas 30,7 mil internações pela doença. Isso representa 49% a menos se comparado ao mesmo período de 2013, quando houve 60,2 mil internações, representando uma economia de R$ 9,2 milhões aos cofres públicos.

A diminuição nos índices de internações pode estar relacionada à detecção precoce da doença e a correta classificação de risco. O Ministério da Saúde tem priorizado a ampliação da assistência pela rede de atenção, intensificando a capacitação dos profissionais. Neste sentido, a Universidade Aberta do SUS tem investido na capacitação dos profissionais de saúde, promovendo o Curso de Atualização no Manejo Clínico da Dengue.

CHIKUNGUNYA – Até o dia 25 de outubro deste ano, o Ministério da Saúde registrou 824 casos de Febre Chikungunya no Brasil, sendo 151 confirmados por critério laboratorial e 673 por critério clínico-epidemiológico. Deste total, 39 são casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.

Os outros 785 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Destes casos, chamados de autóctones, 330 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 371 em Feira de Santana (BA), 82 em Riachão do Jacuípe (BA), um em Matozinhos (MG) e um em Campo Grande (MS).

Vale ressaltar que, caracterizada a transmissão sustentada de Chikungunya em uma determinada área - com a confirmação laboratorial dos primeiros casos - o Ministério da Saúde recomenda que os demais sejam confirmados por critério clínico-epidemiológico. Este critério leva em conta fatores, como sintomas apresentados e o vínculo dele com pessoas que já contraíram a doença.

AÇÕES - Desde que foram confirmados os casos de Chikungunya no Caribe, no final de 2013, o Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância. Foram enviadas equipes para os estados com casos registrados, como Bahia e Amapá, para trabalhar em conjunto com as secretarias estaduais de Saúde e intensificar ações de prevenção e vigilância da doença. O Ministério da Saúde também promoveu a capacitação de laboratórios para realização dos testes de diagnósticos e realizou, em outubro, o Seminário Internacional da Febre Chikungunya. Além disso, houve a inclusão do capítulo sobre a febre no Guia de Vigilância Epidemiológica e a aquisição de inseticidas para auxiliar no combate à proliferação dos mosquitos, entre outras medidas.

PREVENÇÃO - A febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores. Os sintomas da doença são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a 10 dias. A letalidade da Chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), é rara, sendo ainda menos frequente que nos casos de dengue.

Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as ações de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são exatamente as mesmas para a prevenção da dengue.

DOENÇA NO MUNDO - De acordo com a OMS, desde 2004, o vírus havia sido identificado em 19 países. Porém, a partir do final de 2013, foi registrada transmissão autóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe Em março de 2014, na República Dominicana e Haiti, sendo que, até então, só África e Ásia tinham circulação do vírus.
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Vinte e quatro cidades em risco de infestação de dengue e chikungunya

06 novembro, 2014


Vinte e quatro municípios de Pernambuco estão em situação de risco de infestação do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue e a febre Chikungunya, segundo um levantamento do Ministério da Saúde divulgado ontem. Estar em situação de risco significa que mais de 3,9% dos imóveis pesquisados apresentaram larvas. As cinco cidades com maiores índices são Betânia (9,6%), Terezinha (9,4%), Casinhas (8,4%), Venturosa (8%) e João Alfredo (7,9%).

Outras 99 cidades estão em situação de alerta, mas têm índices inferiores a esse percentual. O Recife, que aparece entre uma das 10 capitais do país em alerta, registrou 2,3%. Sete munícipios pernambucanos não participaram do estudo porque não enviaram as informações ao governo federal.

Diante da necessidade de dupla prevenção, já que o mesmo mosquito transmite duas doenças, o MS lançará, no dia 15, uma campanha de combate ao Aedes aegypti. Uma cartilha de orientação também está sendo elaborada. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que reunirá as secretarias municipais e vigilâncias epidemiológicas e ambientais para discutir o Plano de Controle do Chikungunya e da Dengue.
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Ministério da Saúde lança campanha para combater a dengue e a febre chikungunya

05 novembro, 2014

A febre Chikungunya e a dengue têm um denominador comum: ambas as doenças são transmitidas pela picada do mosquito Aedes Aegypti . Com a chegada do período das chuvas, a preocupação cresce em relação à proliferação do inseto, que se reproduz em água parada. O Ministério da Saúde, por meio do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRA'a), identificou as regiões de maior risco.
No total, participaram do levantamento deste ano 1463 municípios. Os resultados mostraram que 813 estão em situação satisfatória, 533 em alerta e 117 em situação de risco para a ocorrência de dengue. O Nordeste é a região que concentra o maior número de municípios em situação de risco - 96 dos 727 avaliados.
Por enquanto, há 10 capitais em alerta: Porto Alegre, Cuiabá, Vitória, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Belém e Porto Velho. Em compensação, 11 capitais apresentaram resultados satisfatórios: Curitiba, Florianópolis, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Macapá, Teresina e João Pessoa. “Qualquer município brasileiro que tenha uma população elevada dos mosquitos Aedes Aegypti eAedes albopictus está sujeito à febre chikungunya”, explica Jarbas Barbosa, Secretário de Vigilância em Saúde. Na região Sudeste, 55% dos depósitos de água encontrados, lugares propícios para a proliferação do mosquito, são domiciliares. É aquela água que se acumula nos vasos, na calha das casas, nas garrafas abandonadas no quintal. A preocupação agora é ainda maior já que, por causa da crise de abastecimento causada pela estiagem, muitas famílias têm armazenado água em casa.
 receio das autoridades frente à chikungunya é a perda de capacidade de diagnosticar a dengue, cuja taxa de mortalidade é muito mais elevada. Confundir os sintomas das duas doenças na hora de realizar o diagnóstico pode ser um problema. "Todas as equipes de saúde que atuam nas unidades básicas estão sendo orientadas, por meio dos protocolos clínicos, para que possam reconhecer os sintomas, tanto de dengue como chikungunya”, explicou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. É preciso estar atento sobretudo aos sinais de agravamento da dengue, vômitos e dores abdominais, que podem levar o paciente a uma situação bem complicada, chegando até a óbito.
A palavra de ordem é prevenção

“É preciso realizar um esforço conjunto para combater o mosquito. Se cada um olhar a sua própria casa, contribui muito para a prevenção", afirmou secretário de Vigilância da Saúde, Jarbas Barbosa. O levantamento confirma o apelo do secretário, já que 80% dos focos de mosquito foram encontrados dentro de domicílios. O grande problema é que o UBV, o “fumacê” como é chamado o aparelho utilizado pelas prefeituras para eliminar o vetor das doenças, só funciona para os mosquitos adultos: não afeta as larvas. Por isso, se os focos de proliferação do mosquito não forem eliminados, 15 dias depois, quando o inseto torna-se adulto, a doença pode ser transmitida novamente.

Para aumentar os esforços de mobilização das prefeituras, secretarias municipais de saúde e, claro, da próxima sociedade, foram escolhidas duas datas para a realização maciça da campanha: 6 de dezembro e 7 de fevereiro. "As medidas de prevenção para a dengue e chikungunya são as mesmas. Por isso, devemos intensificar as ações", disse o ministro.
Sobre a Febre chikungunya

Além de ter como vetor o mosquito Aedes Aegypti, o vírus CHIKV, causador da doença, também é transmitido por um outro tipo de mosquito, o Aedes albopictus. O principal sintoma da doença é uma dor intensa nas articulações, que pode persistir durante meses. Não é à toa que o nome dado à doença, chikungunya, significa “aquele que se dobra” em swahili, o idioma oficial de países como a Tanzânia. Outras manifestações clássicas da doença são: febre acima de 39 graus, dor de cabeça e muscular, náusea e vermelhidão na pele, que começa no tronco e avança para as extremidades do corpo. Era uma doença comum na África e na Ásia e chegou à América pelo Caribe Francês.

O primeiro caso autóctone no Brasil foi confirmado em setembro de 2014. Até dia 25 de outubro, o Ministério da Saúde registrou um total de 824 casos. São 330 em Oiapoque, 371 em Feira de Santana, 82 em Riachão do Jacuípe, um em Matozinho e um em Campo Grande.
Por Naíma Saleh - 04/11/2014 16h31
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Recife utiliza estratégia complementar de busca durante 30 dias para vacinar animais contra raiva

04 novembro, 2014


Até o próximo dia 1º de dezembro, quando completa 30 dias da Campanha de Vacinação Contra Raiva, os Agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces) da Secretaria de Saúde do Recife realizam a busca estratégica de animais que não foram imunizados no último sábado (1º), Dia D da vacinação para cães e gatos. De acordo com balanço parcial do Centro de Vigilância Ambiental (CVA) 144.728 mil animais foram vacinados.
Para o gerente do CVA, Jurandir Almeida, com a estratégia complementar a meta de vacinar 80% dos animais será atingida. “É o chamado popularmente porta a porta. Os agentes vão fazer a busca nas residências daqueles animais que não receberam vacina contra raiva”, explicou, acrescentando que a busca será intensificada em áreas que tiveram menor cobertura. Quem não vacinou seu cão ou o gato também pode procurar os pontos permanentes de vacinação, a exemplo do CVA, em Peixinhos, e da Clínica de Veterinária da UFRPE.
No Dia D, o secretário Municipal de Saúde, Jailson Correia, percorreu alguns pontos de vacinação montados na capital e chamou a atenção para a importância da imunização. “Vacinar cães e gatos é a primeira etapa na prevenção de uma doença grave e de alta letalidade, como é a raiva. Ao proteger o animal estamos evitando a transmissão para a população e prevenindo um sério problema de saúde pública”, falou Correia. No Recife, cerca de 1,8 mil profissionais, incluindo voluntários, foram mobilizados para fazer a vacinação de cães e gatos no último sábado. 


Cuidado – Maria do Dumont Silva não quis descuidar da saúde de seus bichinhos e assim que abriu a campanha de vacinação contra raiva no Recife levou seus três cachorros (Laurinha, Nega e Preta), além da gata (Mimi) para serem imunizados. “Quem gosta tem que cuidar”, salientou ela, que retornou ao Centro de Vigilância Ambiental (CVA) da Secretaria de Saúde do Recife três vezes, para trazer um animal de cada vez.
O coordenador estadual de Zoonoses, Francisco Duarte, ao visitar o CVA, elogiou o trabalho feito em Recife. “A cidade está de parabéns porque está há 10 anos sem caso de raiva animal e serve de exemplo para toda a Região Metropolitana”, disse. O gerente do CVA, Jurandir Almeida, destacou que deve-se comemorar os 10 anos sem raiva, mas a vigilância tem que ser mantida. Ele alertou as pessoas que não puderam levar o animal para vacinar, a procurar os postos permanentes de vacinação o mais rápido possível, a exemplo do CVA.

No bairro da Macaxeira, a moradora Josiane Pereira que trouxe “Cliff”, seu cachorro, ao ponto de vacinação no Campo do União, afirmou se sentir segura ao vacinar o animal. “Vacinando, sei que ele está saudável e a gente também”. No local, até as 10h da manhã, 153 cães e 19 gatos já tinham sido vacinados.
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Laudo confirma primeiro caso de febre chikungunya em Manaus

03 novembro, 2014

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) confirmou, na tarde desta segunda-feira (3), o primeiro caso de infecção pelo vírus chikungunya em Manaus. Dois casos estavam sendo investigados na capital. Segundo a FVS-AM, exames enviados ao Instituto Evandro Chagas (IEC) apontaram positivo para o caso de uma turista venezuelana que havia sido internada na capital. Outro caso investigado deu negativo, conforme o órgão.
Os casos suspeitos foram identificados na semana passada, em Manaus. Segundo a FVS, a venezuelana, de 26 anos, veio à capital do estado para férias com familiares. Após quatro dias na cidade, a mulher apresentou quadro de febre, dores articulares e apresentava manchas avermelhadas na pele. Conforme a FVS, o diagnóstico da turista é classificado com "caso importado", já que ela chegou ao Amazonas com a doença incubada. Ela retornou à Venezuela na última semana.A FVS afirmou que, até o momento, não foi constatada a presença do vírus no estado. No entanto, as equipes de vigilância devem reforçar a atenção em virtude da circulação do mosquito, que é o mesmo transmissor da dengue.
"A introdução do vírus é real. A paciente retornou para seu país de origem na última quinta-feira (30), mesmo antes da liberação do resultado laboratorial. Nós realizamos em conjunto com Secretaria Municipal de Saúde (Semsa-Manaus) todas as medidas necessárias, inclusive o bloqueio sanitário para combater o vetor", disse o diretor- presidente da FVS-AM, Bernardino Albuquerque, por meio da assessoria.
Até o dia 25 de outubro, o Ministério da Saúde registrou 828 casos de Febre Chikungunya no Brasil, sendo 155 confirmados por critério laboratorial e 673 por critério clínico-epidemiológico. Do total, são 39 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.
Febre chikungunya
O vírus é transmitido pela picada de mosquitos fêmea infectados. São eles o Aedes aegypti, de presença essencialmente urbana, em áreas tropicais e, no Brasil, associado à transmissão da dengue; e o Aedes albopictus, presente majoritariamente em áreas rurais, também existente no Brasil e que pode ser encontrado em áreas urbanas em menor densidade.

Sintomar da febre chikungunya (Foto: Reprodução/TV Globo)
O vírus não é transmitido entre seres humanos. O mosquito adquire o vírus ao picar uma pessoa infectada, durante o período de viremia, ou seja, um dia antes do aparecimento da febre até o quinto dia de doença, quando a pessoa ainda tem o vírus na corrente sanguínea.
Após um período de incubação médio de dez dias, o mosquito torna-se capaz de transmitir o vírus a um humano. Após a picada de um mosquito infectado, os sintomas da doença tipicamente aparecem após um período de incubação intrínseco médio de três a sete dias. A maioria dos indivíduos apresenta doença sintomática após um período de incubação de dez dias. Porém, nem todos os indivíduos infectados com o vírus desenvolvem sintomas.
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para prevení-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.
Do G1 AM
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Aumenta o número de casos de dengue em Petrolina em 2014

02 novembro, 2014

No estado de Pernambuco, aumentou o número de casos confirmados de dengue em relação ao ano de 2013. Em Petrolina, no Sertão pernambucano, o resultado do último índice de infestação do Aedes Aegypti, o mosquito que transmite a doença, também confirma o crescimento de casos na cidade. Já em Salgueiro, depois da epidemia, a situação está controlada.

O resultado do LIRAa, realizado entre os dias 20 e 24 de outubro, foi divulgado pela Secretaria de Saúde de Petrolina. O estudo aponta crescimento de notificações e casos de dengue confirmados. O último índice de infestação predial foi de 0,6%. Isto significa que em cada 100 casas, menos de uma residência teve um caso de dengue notificado.
Em alguns bairros, como o São Gonçalo, Jardim Petrópolis e Cohab VI, este índice chega a 1,2%. Já nos bairros Dom Avelar, São Jorge e Terra do Sul, esse percentual chega a 2,6%.
Em Pernambuco, os casos de dengue confirmados aumentaram 33% este ano, se comparado a 2013, de 4,226 mil subiu para 5,621 mil. Já em Petrolina este índice também aumentou, de janeiro até outubro, 606 pessoas tiveram dengue, já no ano passado foram 46 casos. "Seguindo a tendência de todo o estado, a gente acredita que seja pela reintrodução de outros vírus na região, o que aumenta o número de pessoas expostas, pode ter sido um dos motivos para esse aumento no número de casos com relação ao ano passado", explicou o gerente endemias, Jailson Araújo.
O gerente de endemias diz que várias ações de combate ao mosquito estão sendo realizadas. A orientação da Secretaria de Saúde é para que a população também faça a parte de prevenção, com gestos simples que ajudam a evitar a proliferação do mosquito aedes aegypti. As dicas mais importantes são evitar água parada, não usar areia ao invés de água nos vasos de plantas, manter a tampa da caixa d'água fechada, bem como cisternas ou reservatórios provisórios.
Salgueiro pós-epidemia
Em Salgueiro, depois de enfrentar no primeiro semestre desse ano uma epidemia da doença, o município montou uma força-tarefa para combater os focos do mosquito. Durante a ação, que contou com a parceria com outras secretarias do município, os agentes de saúde encontraram dificuldades. "As casas fechadas foi uma dificuldade para nós. E justamente nestas casas que foram encontrados vários focos", relatou a agente de saúde, Elizabete Nascimento.
Segundo a Secretaria de Saúde de Salgueiro, até o início de outubro, o município tinha registrado 1835 notificações de casos suspeitos de dengue. Mas nas últimas quatro semanas, foram apenas seis notificações.
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Brasil registra primeira transmissão interna da febre chikungunya

20 setembro, 2014

O Brasil registrou, pela primeira vez, a transmissão interna da febre chikungunya, doença que, como a dengue, é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e apresenta sintomas semelhantes.
Os primeiros casos no Brasil foram registrados em Oiapoque (AP), em um pai e uma filha, confirmados na última semana. Além do Aedes Aegypti, o Aedes Albopictus também é um vetor importante no contágio da enfermidade.
Como o vírus é novo no Brasil e pega a população suscetível, há o alerta sobre a possibilidade de registro de alto número de casos, como já ocorreu com a entrada de novos sorotipos de dengue no Brasil, principalmente no verão, o que reforça a necessidade de medidas de prevenção.
Julia Chaib - Correio Braziliense
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Vacina contra dengue tem eficácia de 60,8%, mostra pesquisa

03 setembro, 2014


Depois de 20 anos em desenvolvimento, a vacina contra a dengue em estágio mais avançado no mundo chegou à etapa final mostrando eficácia de 60,8% contra os quatro sorotipos da doença. Outro resultado é que entre as pessoas que foram vacinadas e, mesmo assim, tiveram  dengue, houve redução de 80,3% no número de internações com relação a quem não foi imunizado.


Segundo Sheila Homsani, gerente do Departamento Médico da Sanofi Pasteur, laboratório responsável pela vacina, o estudo está concluído e agora os dados serão consolidados para o pedido de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para que possa ser comercializada no Brasil e, eventualmente, ser incorporada à rede pública. A expectativa é que demore cerca de um ano para o registro sair.

Em etapa anterior, feita na Ásia, a pesquisa havia mostrado eficácia de 88% contra o tipo hemorrágico da doença, considerado o mais grave. Agora, na última etapa, a vacina foi testada no Brasil, em Honduras, no México, na Colômbia e em Porto Rico. No Brasil 3.550 crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste foram vacinados.

A imunização e o acompanhamento foram feitos de junho de 2011 a abril de 2013. O laboratório, no entanto, vai acompanhar por mais cinco anos os imunizados.

Segundo Sheila Homsani, os resultados estão acima das expectativas da Organização Mundial da Saúde, que pretende reduzir em 50% a mortalidade por dengue até 2020.

A dengue é considerada questão de saúde pública brasileira e é doença endêmica de cerca de 100 países. De 1º de janeiro a 19 de julho deste ano, o Ministério da Saúde notificou 688.287 casos da doença e 554 mortes.
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Vídeo sobre roedores explica a forma de prevenir e como se livrar deles.

27 agosto, 2014

Assista ao vídeo:


Roedores (ratos e camundongos) são portadores documentados de Salmonella spp. e, portanto, apresentam uma séria preocupação para a saúde pública. Uma revisão de Meerburg et al. (2007) mostrou taxas de infecção em populações de roedores que vão de 0 a 77 por cento.
Um lote inteiro de aves ou incubatório podem ser contaminados pela presença de um único roedor infectado, o que representa um risco para o resto da cadeia alimentar. Além do perigo de infecção, os roedores causam danos aos edifícios, linhas elétricas e tubulações de água, afetando assim a produção e a lucratividade. Por estas razões, um programa eficaz de controle de roedores é fundamental.
O controle de roedores começa com o conhecimento do inimigo. Os ratos são animais inteligentes e sociais que vivem em colônias com várias centenas de indivíduos. Esses roedores têm uma forte tendência a cavar, especialmente no solo ou sob coberturas seguras, tais como pilhas de pedras ou lixo – e eles preferem se mover durante a noite. Eles têm um alcance de mais de 100 metros – e se reproduzem rapidamente. Uma fêmea saudável pode produzir facilmente cinco ninhadas por ano, entre 8 e 10 filhotes em cada ninhada, com filhotes atingindo a maturidade sexual entre 8 e 12 semanas. Um terço das fêmeas de uma população pode estar grávida de uma só vez. E por causa de sua agilidade e sua capacidade de se espremer através de pequenas aberturas, é muito difícil mantê-los fora das granjas, fábricas de ração e incubatórios. O alcance dos camundongos é muito menor (5 metros) do que o dos ratos. No entanto, como os camundongos atingem a maturidade sexual 42 dias após o nascimento, a população cresce muito mais rápido do que a dos ratos. Sendo tão pequenos, muito são facilmente transportados, despercebidos, em caixas de ovos, por exemplo. Eles podem entrar em um edifício através de aberturas tão pequenas quanto 6 mm (o diâmetro de um lápis!).
A infestação de roedores pode rapidamente tomar posse, mesmo que nem um animal seja visto, porque os seus hábitos noturnos tendem a mantê-los longe dos olhos humanos. Se um único rato for visto durante o dia, é porque já existe uma infestação significativa. Para controlar os roedores é necessário constante atenção – e é comum nas granjas e incubatórios, especialmente no caso de operações maiores, colocar a responsabilidade do controle de roedores nas mãos de uma empresa especializada em controle de pragas.
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Fungo argentino pode ajudar a conter dengue e chikungunya

24 agosto, 2014

Cientistas argentinos encontraram um fungo, adaptável a múltiplos hábitats,
que destrói as larvas dos mosquitos transmissores da dengue e chikungunya, 
duas epidemias virais sem vacinas comerciais e cujo controle de baseia na
prevenção.













Este fungo, denominado Leptolegnia chapmanii, pode sobreviver em 
águas turvas ou cristalizadas, com diferentes PHs, em temperaturas 
variáveis e é cultivável a baixo custo, razão pela qual aparece como
uma promissora arma biológica.

Seu poder letal demonstrou eficácia em larvas de 15 espécies de
mosquitos, entre elas a do "Aedes Aegypti" e do "Aedes Albopistus",
vetores da dengue, uma doença 
viral tropical que pode ser mortal em sua variação hemorrágica e 
que é endêmica em muitos países.

Estes mosquitos também são responsáveis pela propagação da febre
chikungunya, declarada em julho como epidemia pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), que denominou de "grave" a situação 
nas Américas, onde foram reportados 5.000 casos.

"Procuramos um inseticida biológico capaz de ser formulado para o
 controle da propagação", explicou à AFP Juan García, doutor em 
Ciências Naturais encarregado da pesquisa na Universidade Nacional
 de La Plata, da qual participam oito cientistas argentinos e um
 colombiano.

A descoberta ocorreu quando se realizavam trabalhos de campo sobre
micro-organismos que se reproduzem em águas paradas na periferia
da cidade de La Plata, 60 quilômetros ao sul da capital federal,
sede do estadual Centro de Estudos Parasitológicos e de Vetores 
(CEPaVe), chefiado por García.

"Nós o cultivamos em meios artificiais, começamos os testes de
campo para determinar seu poder mortal e comprovamos que 
não afeta em nada nenhuma espécie de peixes, rãs ou outros 
seres vivos aquáticos, afeta apenas as larvas destes mosquitos", disse.

O fungo é capaz de matar o inseto apenas em sua fase aquática e 
na fase de larva, na qual permanece por 10 dias, enquanto sua
eficácia se debilita quando passa à fase posterior de pupa,
anterior à etapa aérea.

"A pupa é muito dura para ser afetada pelo fungo, mas na fase de
 larva, seu poder pode ser mortal", explicou.
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