A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) confirmou, na tarde desta segunda-feira (3), o primeiro caso de infecção pelo vírus chikungunya em Manaus. Dois casos estavam sendo investigados na capital. Segundo a FVS-AM, exames enviados ao Instituto Evandro Chagas (IEC) apontaram positivo para o caso de uma turista venezuelana que havia sido internada na capital. Outro caso investigado deu negativo, conforme o órgão.
Os casos suspeitos foram identificados na semana passada, em Manaus. Segundo a FVS, a venezuelana, de 26 anos, veio à capital do estado para férias com familiares. Após quatro dias na cidade, a mulher apresentou quadro de febre, dores articulares e apresentava manchas avermelhadas na pele. Conforme a FVS, o diagnóstico da turista é classificado com "caso importado", já que ela chegou ao Amazonas com a doença incubada. Ela retornou à Venezuela na última semana.A FVS afirmou que, até o momento, não foi constatada a presença do vírus no estado. No entanto, as equipes de vigilância devem reforçar a atenção em virtude da circulação do mosquito, que é o mesmo transmissor da dengue.
"A introdução do vírus é real. A paciente retornou para seu país de origem na última quinta-feira (30), mesmo antes da liberação do resultado laboratorial. Nós realizamos em conjunto com Secretaria Municipal de Saúde (Semsa-Manaus) todas as medidas necessárias, inclusive o bloqueio sanitário para combater o vetor", disse o diretor- presidente da FVS-AM, Bernardino Albuquerque, por meio da assessoria.
Até o dia 25 de outubro, o Ministério da Saúde registrou 828 casos de Febre Chikungunya no Brasil, sendo 155 confirmados por critério laboratorial e 673 por critério clínico-epidemiológico. Do total, são 39 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.
Febre chikungunya
O vírus é transmitido pela picada de mosquitos fêmea infectados. São eles o Aedes aegypti, de presença essencialmente urbana, em áreas tropicais e, no Brasil, associado à transmissão da dengue; e o Aedes albopictus, presente majoritariamente em áreas rurais, também existente no Brasil e que pode ser encontrado em áreas urbanas em menor densidade.
O vírus não é transmitido entre seres humanos. O mosquito adquire o vírus ao picar uma pessoa infectada, durante o período de viremia, ou seja, um dia antes do aparecimento da febre até o quinto dia de doença, quando a pessoa ainda tem o vírus na corrente sanguínea.
Após um período de incubação médio de dez dias, o mosquito torna-se capaz de transmitir o vírus a um humano. Após a picada de um mosquito infectado, os sintomas da doença tipicamente aparecem após um período de incubação intrínseco médio de três a sete dias. A maioria dos indivíduos apresenta doença sintomática após um período de incubação de dez dias. Porém, nem todos os indivíduos infectados com o vírus desenvolvem sintomas.
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para prevení-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.
Do G1 AM
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