Rio - O Ministério da Saúde vai recadastrar todos os Agentes de Combate
às Endemias (ACEs) do país. A meta é conseguir um quadro real da
situação funcional e também os atuais vínculos dos servidores em
todos os municípios brasileiros.
A preocupação da pasta é consolidar a base de dados para a implementação
do piso nacional da categoria, de R$ 1.014, aprovado em junho deste ano.
O salário é nacional, mas não será pago automaticamente. Será necessário
aguardar medidas administrativas que serão providenciadas por cada
prefeitura participante do convênio ‘Estratégia Saúde da Família’.
De acordo com o Sindsprev-RJ (Sindicato dos Trabalhadores Públicos
Federais em Saúde e Previdência Social no Rio de Janeiro), o
recadastramento dos agentes foi decidido em reunião do Grupo de
Trabalho (GT) criado pelo Ministério da Saúde para cuidar exclusivamente
da implementação do piso salarial nacional.
Durante o encontro, também ficou definido que a pasta deverá repassar
a assistência financeira aos municípios, de acordo com a Lei 12.994,
para os profissionais (Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate
às Endemias) com vínculo direto. Segundo o sindicato, também foi constatado
durante a reunião do grupo que mais de 60% dos agentes ainda possuem
vínculo funcional precário.
O critério de atualização do piso ficou indefinido e é alvo de queixa entre
os agentes. Pelo texto da Câmara, o piso seria reajustado, a partir de
2015, segundo as regras de atualização do valor do salário mínimo.
Já no Senado, a regra caiu, e o Executivo não impôs metodologia de correção.
A coluna procurou o Ministério da Saúde para detalhar o processo,
mas não obteve retorno.
ALESSANDRA HORTO
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