O Espírito Santo registrou, em 2013, o maior número de casos de dengue da história do estado, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). De janeiro a dezembro do ano passado foram 81.892 casos, quase quatro vezes mais do que a quantidade notificada em 2012, quando foram feitos 22.248 registros. Trinta e uma pessoas morreram. A Sesa informou que tem atuado nos municípios que apresentam situação mais crítica, mas pede a colaboração dos capixabas na prevenção contra o aparecimento do mosquito.
Nos quase 20 anos em que os vírus da dengue circulam no Espírito Santo, o maior número de casos até então tinha sido registrado em 2011, com 54.648 notificações. Já no ano de 2009, foi quando se registrou o maior número de óbitos: 63. Para 2014, a gerente de Vigilância em Saúde Estadual, Gilsa Rodrigues, avalia que o cenário não é animador, pois há quatro tipos virais da dengue circulando no estado e que a grande maioria da população ainda está suscetível.
Mesmo assim, 2014 começou com menos casos que no ano passado. "Abrimos 2013 já com mil registros da doença e neste ano foram 109. Apesar disso, o importante é prevenir sempre, pois os inseticidas que são jogados em municípios onde a situação está crítica ainda não dão conta de matar todos os tipos de mosquito da dengue, então o importante é que o mosquito da dengue não apareça nas casas e nas ruas", disse Gilsa Rodrigues.
A gerente ainda informou que durante o ano de 2013, a Sesa desenvolveu ações de apoio aos municípios no combate à doença, cedendo equipamentos para eliminar o vetor e realizando capacitações profissionais para médicos e enfermeiros para reforçar o tratamento. “Os tipos 1, 2 e 3 já circulam no estado há bastante tempo, já tendo acometido muitas pessoas, tornado-as imunes a estes sorotipos. Já o vírus quatro, como é novo por aqui, somente uma parcela da população teve contato, o que representa risco de novos surtos”, observou Gilsa.
As águas das enchentes de dezembro que baixaram, mas ficam paradas criando reservatórios propícios à proliferação do mosquito Aedes aegypt estão preocupando a Sesa, que pede maior atenção da população no combate ao vetor. É principalmente no verão, período de chuva e calor, que aumenta o número de casos.
Gilsa Rodrigues orienta que os capixabas elejam um dia da semana para vistoriar a residência à procura de reservatórios e interromper o ciclo reprodutivo. Essa medida evita o surgimento de novos vetores, já que demoram cerca de nove dias para se desenvolverem do ovo à fase adulta.
Sintomas
Febre, dor no corpo, dor de cabeça, prostração são manifestações da dengue. Dor abdominal intensa, sangramento, tonteira são sinais de gravidade. As pessoas que apresentarem esses sinais e sintomas devem procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima de sua casa.
Para reduzir o risco de agravamento do quadro clínico, a orientação é que, aos primeiros sinais da doença, seja reforçada a ingestão de líquidos: água, água de coco, chás, sucos, sais de reidratação oral (soro oral) ajudam no processo de hidratação do corpo. “Uma boa dica para você saber se você está bebendo a quantidade diária adequada de líquidos é observar a cor da urina: quanto mais clara, mais hidratado você está”, ressaltou Gilsa.
Juliana BorgesDo G1 ES, com informações da TV Gazeta
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