Pela primeira vez desde fevereiro, os representantes da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) apresentaram uma proposta de reajuste salarial de 4% a partir de setembro aos servidores municipais, durante mais uma rodada de negociação realizada na tarde de ontem, na sede da PCR. Insatisfeito com o valor, o Fórum dos Servidores Municipais da Central Única dos Trabalhadores decidiu manter a greve - no caso do Sindicato dos Servidores Municipais do Recife - e o estado de greve para as demais categorias.
Para a coordenadora do Fórum, Andréa Batista, a proposta é inviável. “O Fórum rejeitou e não começa a negociar com menos do que o percentual da inflação, de 5,82%, e com retroatividade a fevereiro, que é a nossa data-base. A PCR também negou todas as outras reivindicações do tíquete-refeição e implementação do Plano de Cargos e Carreiras”, disse Andréa, adiantando que na próxima terça-feira haverá uma nova mesa de negociações.
O secretário de Administração, Dárcio Rossiter, informou que “não podemos dar aumento retroativo em função do comprometimento das contas. Podemos dar o reajuste de 4% a partir de setembro”, disse. A justificativa da PCR para o reajuste se mantém no percentual que o órgão gasta com a despesa de pessoal, que no último quadrimestre de 2010 chegou a 46,32%, mas baixou para 44,79% no primeiro quadrimestre de 2011.
Outra reivindicação é o aumento do tíquete de R$ 10 para R$ 14. “Hoje é fora de qualquer realidade econômica aumentar 40% em tíquete. É inviável”, enfatizou Rossiter.
Na manhã de ontem, o secretário de Finanças da PCR, Petrônio Magalhães, apresentou o relatório quadrimestral de Cumprimento das Metas Fiscais da Prefeitura do Recife durante audiência pública realizada na Câmara de Vereadores, que contou com a participação de várias categorias trabalhistas ligadas ao funcionalismo público municipal. “Nesses quatro meses de 2011 a Prefeitura executou R$ 991,059 milhões da previsão de R$ 2,968 bilhões, ou seja, apenas 33,39% do previsto. Estamos dentro da margem para este período”, destacou Magalhães.
Logo após a audiência, cerca de 500 servidores municipais, de diferentes categorias, bloquearam o trânsito da avenida Cruz Cabugá, em frente à Câmara, como forma de protesto pelo reajuste salarial.
0 comentários:
Postar um comentário
Sua opinião é importante, porém a responsabilidade desta é totalmente sua podendo haver réplica quando se fizer necessário.Obrigado.