PEC fixa regras para a remuneração de agentes comunitários de saúde
A Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 22/11, do
deputado Valtenir Pereira (PSB-MT), fixa regras para a remuneração dos
agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias.
Pela proposta, o vencimento desses agentes não será inferior a dois
salários mínimos, mais o adicional de insalubridade.
Eles também terão direito a aposentadoria especial, devido aos riscos
inerentes às atividades desempenhadas. O autor lembra que esses
agentes têm contato permanente com moradores portadores de doenças
infecto-contagiosas.
Os recursos para pagamento dos profissionais serão consignados no
Orçamento Geral da União com dotação própria e exclusiva e serão
repassados pela União aos municípios, estados e Distrito Federal.
Esses recursos não serão incluídos no cálculo para fins do limite de
despesa com pessoal, para cumprimento da Lei de Responsabilidade
Fiscal.
O texto diz ainda que caberá aos municípios, estados e Distrito
Federal estabelecer incentivos, auxílios, gratificações e indenizações
a fim de valorizar o trabalho desses profissionais.
Segundo Valtenir Pereira, nos municípios brasileiros há mais de 300
mil agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias, os
quais têm a função de orientar as famílias para a prevenção de
doenças, promoção da saúde e controle de endemias.
O parlamentar argumenta que se faz “extremamente necessária a garantia
de que os agentes sejam mantidos em seus postos de trabalho e que
recebam remuneração justa e condigna com a importância de suas
tarefas”.
Regras atuais
Atualmente, a Constituição diz que uma lei federal disporá sobre o
regime jurídico, o piso salarial, as diretrizes para os planos de
carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de
saúde e do agente de combate às endemias.
Conforme a Constituição, compete à União, nos termos da lei, prestar
assistência financeira complementar aos estados, ao Distrito Federal e
aos municípios para o cumprimento do piso salarial.
O deputado Valtenir Pereira lembra que o governo federal vem
repassando aos municípios um pouco mais de um salário mínimo (1,4
salário) por agente, a título de incentivo financeiro para ajudar nos
gastos daa prefeituras com a contratação de agentes comunitários de
saúde.
No entanto, observa, “muitas vezes esses valores não chegam em sua
totalidade aos bolsos desses profissionais”. Segundo ele, “vários
gestores utilizam o incentivo recebido da União para a contratação dos
agentes em outras atividades, uma vez que não há especificação
detalhada de aplicação dos recursos para a remuneração do agente
comunitário de saúde e agente de combate às endemias”.
Tramitação
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania vai analisar a
admissibilidade da PEC. Caso aprovada, será criada uma comissão
especial para analisar o mérito da proposta. Em seguida, a matéria
será votada em dois turnos pelo Plenário.
Íntegra da proposta:
§ PEC-22/2011
Reportagem – Lara Haje
Edição – Newton Araújo
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