É uma espécie oriental que chegou aqui no século passado, e tornou-se a principal espécie encontrada em áreas urbanas.
Apesar do nome, comumente esta espécie ataca andares mais altos dos edifícios onde se pode observar sua revoada nas estações primavera-verão, revoadas que ocorrem em torno de pontos luminosos. Uns voam à tardinha e outros à noite e são nossos velhos conhecidos como siriris ou aleluias (crianças no passado, antes da era virtual, costumavam colocá-los em vidro de maionese).
Sem querer expor a intimidade dos cupins, é justamente nesta hora (no vôo ou em solo) que serão formados os pares. O relacionamento é definido no solo, quando então o casal se toca com as antenas e vai a procura de um local favorável (e porque não dizer discreto) para iniciar seu ninho. A partir daí ocorre à primeira cópula e depois ficarão juntos para o resto da vida (será um final feliz se uma empresa de controle de pragas urbanas não for contratada).
Doravante este casal será chamado de Rei e Rainha e formarão uma colônia, que por além deste par real, denominado reprodutores(férteis), virão os operários e os soldados (a plebe é estéril). Os nomes são auto explicativos, ou seja, o casal Real nasceu pra ser feliz, o Operário para trabalhar por todo mundo e o Soldado só para defender a colônia.
E A LAGARTIXA???
Humanamente falando numa casa/família além de pais e filhos podemos encontrar; hóspedes, inquilinos, pensionistas, parentes e até cunhados e sogras. Da mesma forma numa colônia de cupins além dos reprodutores, operários e soldados, podemos encontrar; formigas, baratas, hemípteros, besouros, centopéias, aranhas, opiliões, pseudo-escorpiões e etc., e vertebrados como lagartos(tixas), cobras, pequenos roedores e até alguns pássaros. Neste caso tudo isso se resume na classificação de termitariófilos (que vem da palavra térmita que é igual a cupim).
INFESTAÇÃO E MEDIDAS CURATIVAS:
A infestação por estes cupins é comum em árvores vivas e suas raízes, madeiras usadas em construções, mobiliários, papelão, livros, plásticos, tecidos, tijolos de barro, couro, instalações elétricas (conduítes), gesso e etc., lembrando que sua alimentação é basicamente de materiais celusósicos ou materiais que contenham derivado(s) de celulose.
ÁRVORES:
Deverão ser tratadas por técnicos especializados, que primeiramente identificarão à espécie do térmita (cupim) e mediante sua biologia e comportamento, indicarão o inseticida domissanitário a ser utilizado. Para tanto deverão ser respeitados critérios como normas de segurança quanto a não intoxicação de pessoas e animais, bem como a não contaminação ambiental e morte da árvore (o inseticida não poderá ser fitotóxico).
No perímetro urbano árvores e plantas ornamentais comumente mortas por cupins são; sibipiruna, guapuruvu, jacarandá-mimoso, quaresmeira, palmeiras, falsa seringueira, acácia, ipê, paineira, álamo, figueira, abacateiro, alecrim, cássia, alfeneiro, pinheiros, eucaliptos, tipuana e etc.
IMÓVEIS:
A afirmação de que “cupim é uma praga de casa velha” é completamente enganosa. É comum constatarmos infestação em imóveis de 01 ou 02 anos, decorrentes do abandono de madeiras ou raízes sob a construção (muitas vezes utilizadas como cascalhos para nivelamento de pisos).
O tratamento de uma casa ou edifício deverá ser efetuado após a visita de um profissional que identificará pontos estratégicos que possam servir de vias de acesso aos cupins. No tratamento profissional perfurar-se-á o piso ao redor das paredes e estruturas para que seja aplicado o produto (injeção de calda cupinicida) com o objetivo de atingir o solo, bem como tratar da mesma forma paredes de blocos ocos para que seja formada a “barreira química”.
As estruturas de madeira à critério do profissional técnico, deverão ser tratadas por aspersão, pincelamento ou injeção de calda cupinicida mesmo as não afetadas, mas consideradas estratégicas. O mesmo inseticida será utilizado em eletrodutos e conduítes, só que sendo sua aplicação na apresentação/formulação “pó seco”, mediante insuflações (polvilhamento).
Em apartamentos e casas geminadas a infestação deverá ser considerada “problema coletivo” e tratada de tal forma. Caso contrário será criado um desvio de infestação.
10 MANDAMENTOS PARA CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS DO SETOR:
1º) – Solicitar o registro da empresa prestadora de serviço de controle de pragas urbanas junto a Vigilância Sanitária (número do alvará de funcionamento) e licença para funcionamento (atualizada);
2º) – Perguntar pelo nome, formação e registro do técnico que responde pela empresa prestadora de serviços de descupinização(químico, biólogo ou veterinário);
3º) –Informar-se do nome comercial do produto químico a ser utilizado no serviço/tratamento e somente aceitar sua utilização se o mesmo for registrado junto ao ministério da saúde (este número obrigatoriamente é informado no rótulo do mesmo). Duvide de empresa descupinizadoraque venham a alegar que esta informação é segredo profissional ou fórmula exclusiva;
4º) – O tratamento para infestações de cupins exige prévia visita de um profissional na área, assim sendo exija um preço fechado antes da contratação dos serviços. Orçamentos que dependem da quantidade e formulação de produtos a serem utilizados durante trabalho caracterizam a falta de qualificação da contratada;
5º) –No caso de cupins, orçamentos mediante somente informação de metragem quadrada deverão ser suspeitos. É imprescindível avaliação técnica do local bem como identificação biológica do térmita alvo;
6º) –Duvidar de empresas que cobrem preços muito altos ou muito baixos. Relacionar preço/garantia ou custo/benefício dentro de um mesmo procedimento (atendimento inicial, visita técnica e orientação sobre os serviços a serem executados em descupinização);
7º) –Não se abster de pagar impostos pela emissão de Nota Fiscal. Isto evitará que funcionários de empresas controladoras de pragas urbanas executem trabalhos “extras” desviando produtos de outros serviços, e colocando o seu serviço de descupinização e garantia em risco.
8º) – Não aceite, por não existir, um produto ou método eficaz contra todo tipo de praga (mesmo cupins). Cada tratamento/controle requer fórmula, dosagem e formas de aplicação específicas.
9º) –Nem sempre o produto com odor mais agressivo é o que possibilita melhor resultado. Portanto, não se engane, hoje fabricantes de produtos de primeira linha optam por odores mais sutis (ou menos incomodo);
10º)-Pisos ou mobílias “empoçados/encharcados” não garantem eficácia do tratamento.
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