A Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) divulgou nesta segunda-feira (3) o boletim epidemiológico da dengue no estado. Os dados revelaram que o número de mortos em decorrência da doença cresceu 30% no RN em 2013 em relação a 2012. A taxa de óbito alcançou 50 casos suspeitos, sendo 26 óbitos por dengue confirmados no ano de 2013.
De acordo com o boletim, até o dia 28 de dezembro de 2013, foram notificados 24.559 casos suspeitos de dengue, sendo 9.809 confirmados. Um total de 107 municípios apresentaram incidência alta em dengue. Os cinco municípios que mais notificaram casos de dengue foram Natal (4.378 casos suspeitos), Parnamirim (2.111), Pau dos Ferros (1.793), Santa Cruz (1.597) e Caicó (1.323).
De acordo com a equipe do Programa Estadual de Controle da Dengue, o número de mortes em decorrência da doença poderia ser menor se o protocolo de atendimento para os casos de dengue, preconizado pelo Ministério da Saúde, fosse seguido corretamente.
“A ausência da investigação dos sinais de alarme - dor abdominal intensa, vômito persistente e sangramentos importantes -, a hidratação inadequada - que deve ser feita desde o primeiro atendimento- e a liberação dos pacientes sem atender aos critérios de alta médica recomendados pelo Ministério da Saúde são indícios apontados, pelo próprio Ministério, como fatores para o aumento das taxas de óbitos por dengue”, explicou Silvia Dinara Pereira, responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue.
Aos primeiros sinais de febre e dores no corpo, é necessário procurar a unidade de saúde mais próxima e informar ao médico todos os sintomas e, principalmente, evitar a automedicação para não mascarar os primeiros sinais da doença.
Risco de epidemia
A Sesap divulgou também nesta segunda-feira o Mapa de Vulnerabilidade para ocorrência de epidemia de dengue no Rio Grande do Norte em 2014. Foram identificados 43 municípios com risco muito alto para uma epidemia de dengue este ano, entre eles Natal, Parnamirim e Macaíba, na região metropolitana.
O mapa é elaborado seguindo os critérios de incidência de dengue nos últimos 10 anos; índice de infestação predial (porcentagem de imóveis que possuem focos positivos de dengue); índice de pendências (porcentagem de imóveis onde não foi realizada a visita domiciliar do agente de endemias) e densidade demográfica.
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