No período do inverno, as piscinas de casas, chácaras e condomínios normalmente têm sua utilização reduzida. A água parada pode servir de local para procriação do mosquito Aedes aegipyt. Por isso, é preciso tomar cuidado com estas instalações, realizando a limpeza periódica e cuidando para que as larvas do mosquito não se desenvolvam no local.
O coordenador administrativo do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Hortolândia, Hibraim Almeida, alerta para a necessidade de monitoramento das piscinas. “Mesmo que elas estejam sem uso, é preciso ligar a bomba de movimentação de água pelo menos uma vez por semana. Com o auxílio do cloro específico para a higienização de piscinas, não terá como as larvas se desenvolverem”, explica.
O que não pode acontecer, afirma o especialista, é deixar a piscina esquecida durante todo o inverno. Muita gente aproveita a época para deixar a instalação vazia, o que também pode representar um risco. Pequenas poças, formadas em dias de chuva, também servem de criadouro da dengue e podem colaborar para aumentar o número de pessoas doentes. Por isso, o ideal é que as piscinas vazias também sejam supervisionadas constantemente.
Um erro comum é usar lona ou plástico para proteger as piscinas. Isso acaba formando uma bolha sobre a superfície que, em caso, de chuva, acumula água e serve de criadouro. “Sempre que fazemos vistorias em casas ou chácaras com piscinas, notamos que no inverno há um descuido maior. Outra situação preocupante são as casas fechadas para locação. Muitas ficam sob a responsabilidade de imobiliárias, que não realizam a limpeza. Por isso, cabe ao proprietário estar atento à esta situação, uma vez que a identificação de piscinas sujas pode resultar em multa”, diz Almeida.
Para as casas onde há piscinas de plástico, o ideal é que elas sejam desmontadas e guardadas quando estiverem fora de uso. Isso porque, mesmo que elas estejam suspensas, o plástico pode reter água da chuva nas dobras e abrigar larvas do mosquito da dengue. “Todo cuidado é pouco. É preciso identificar qualquer lugar suspeito para que o mosquito se procrie e eliminar estes criadouros”, destacou.
O combate à dengue deve ser constante, por meio da eliminação de criadouros do mosquito, que gosta de ambiente com água parada para colocar seus ovos e se procriar. A ação de controle da doença é um dever de todos. A Prefeitura faz sua parte, com a realização de arrastões em todos os bairros. Durante estas inspeções, agentes vistoriam as casas em busca de objetos que possam acumular água, orientam moradores sobre como evitar a doença e removem entulhos com auxílio de máquinas e caminhões. Neste final de semana, o mutirão acontece no Jardim Amanda, na região do entorno da lagoa.
Os moradores também devem ser parceiros da Administração Municipal neste trabalho. O interior das residências, os quintais e as lajes devem ficar livres de água parada. Caixas d’água e calhas devem ser limpas periodicamente. Até as crianças podem ajudar, guardando os brinquedos em local adequado e “fiscalizando” as ações dos pais dentro da residência.
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