Após sete meses de atraso, Sec. de Sáude do Recife confirma surto de Conjutivite.

16 maio, 2018

O que é Conjuntivite?

A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Em geral, a conjuntivite ataca os dois olhos, pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar sequelas. A conjuntivite pode ser aguda ou crônica, afetar um dos olhos ou os dois.

Tipos

A conjuntivite pode ser dividida em três tipos:

Infecciosa

A conjuntivite infecciosa é o tipo mais comum. Essa categoria de conjuntivite é contagiosa, ou seja, é possível passar para outras pessoas pelo ar ou contato com o local. Ela pode acometer um ou os dois olhos e, normalmente, apresenta lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, secreção (clara ou amarelada) e hiperemia (olhos vermelhos) (2). A conjuntivite infecciosa pode ser divida em outros tipos:
Conjuntivite viral: A conjuntivite viral é o tipo mais comum, ela é transmitida por um vírus conhecido como adenovírus. Diferente do que muitos pensam, esse tipo de conjuntivite não é transmitido pelo ar, mas sim pelo contato com as secreções oculares e também através de tosse e espirro do paciente infectado. (3)
Conjuntivite bacteriana: A conjuntivite bacteriana não é tão comum quanto a viral, porém ela pode ser mais perigosa. Ela é transmitida através do contato pessoal com a bactéria. Portanto, se a pessoa encostar nos olhos ou em algum local contaminado ela será infectada.
Conjuntivite fúngica: A conjuntivite fúngica é a mais rara entre todos os tipos. Ela ocorre quando uma pessoa machuca os olhos com madeira. Por ser muito difícil de tratar, a conjuntivite fúngica pode causar complicações na visão.

Alérgica

A conjuntivite alérgica é decorrente de alergia, principalmente por ácaro e pólen. Essas se manifestam com olhos vermelhos e coceira ocular e não são contagiosas.
Há quatro formas de conjuntivite alérgica:
  • Sazonal, geralmente associada à rinite ou asma, que é a mais comum
  • Ceratoconjuntivite atópica, que é associada à dermatite atópica
  • Conjuntivite primaveril
  • Conjuntivite papilar gigante, associada comumente ao uso de lentes de contato.

Tóxica

A conjuntivite tóxica ocorre quando os olhos entram em contato direto com algum produto químico, como produtos de limpeza, shampoos, venenos agrícolas ou inseticida. Esse tipo de conjuntivite também é bastante raro, porém muito perigoso. Quando não tratado da forma correta pode trazer complicações para visão.

Como diferenciar os tipos de conjuntivite?

Os sintomas entre os tipos de conjuntivite são muito semelhantes, portanto, a melhor forma de diferenciar a conjuntivite é através da forma de contágio. Além disso, é essencial procurar um especialista, para que ele possa indicar o tratamento específico, quando antes o tratamento for iniciado menores serão as chances de complicações.

Sintomas de Conjuntivite

A característica mais marcante da conjuntivite é a vermelhidão nos olhos. Além disso, ela pode apresentar outros sinais como (4):
  • Vermelhidão nos olhos
  • Olhos lacrimejantes
  • Pálpebras inchadas
  • Secreção purulenta (conjuntivite bacteriana)
  • Sensação de areia ou de ciscos nos olhos
  • Secreção esbranquiçada (conjuntivite viral)
  • Coceira
  • Fotofobia (dor ao olhar para a luz)
  • Visão borrada
  • Pálpebras grudadas quando a pessoa acorda

Causas

A conjuntivite pode ser causada por reações alérgicas a poluentes ou substâncias irritantes (poluição, fumaça, cloro de piscinas, produtos de limpeza ou de maquiagem, etc.). A mais comum delas é a conjuntivite primaveril ou febre do feno, geralmente causada por pólen espalhado no ar.
A conjuntivite pode ser causada, também, por vírus e bactérias. Nestes casos, a conjuntivite é contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou com objetos contaminados.

Fatores de risco

O fator de risco mais comum é colocar as mãos sujas e/ou contaminadas nos olhos.
Além disso, existem doenças que podem predispor o indivíduo à conjuntivite, como herpes, doenças autoimunes ou virais.
Por fim, a baixa imunidade também pode favorecer no surgimento da conjuntivite.
Outros fatores de risco são:
  • Exposição a algo para o qual você é alérgico (conjuntivite alérgica)
  • Exposição a alguém infectado com a forma viral ou bacteriana da conjuntivite
  • Usando lentes de contato, especialmente uso prolonga

Tratamento de Conjuntivite

O tratamento da conjuntivite é determinado pelo agente causador da doença.
- Conjuntivite viral: não existem medicamentos específicos e o tratamento foca nos sintomas.
- Conjuntivite bacteriana: o tratamento inclui a indicação de colírios antibióticos, que devem ser prescritos por um médico, pois alguns colírios são altamente contra-indicados, porque podem provocar sérias complicações e agravar o quadro.
- Conjuntivite alérgica: Em qualquer quadro alérgico, ocular ou não, o primeiro passo é orientar o paciente que a doença é crônica, recorrente, e deve-se tomar algumas medidas para diminuir a intensidade e a frequência das crises, como:
  • Coceira nos olhos
  • Evitar o acúmulo de pó, em cortinas, carpetes, bichos de pelúcia
  • Varrer a casa com auxílio de pano úmido, para não levantar a poeira, entre outras medidas preventivas
  • Não coçar o olho é mandatório
  • Fazer compressas geladas que aliviam muito os sintomas alérgicos.
Cuidados especiais com a higiene ajudam a controlar o contágio e a evolução da conjuntivite. Qualquer que seja o caso, porém, é fundamental lavar os olhos e fazer compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico comprado em farmácias ou distribuído nos postos de saúde.

Medicamentos para Conjuntivite

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula
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GRIPE H1N1 OU GRIPE A ?

14 maio, 2018

gripe A, também chamada de H1N1, é uma virose, ou seja, uma doença causada por um vírus. Ela é similar a outros tipos de gripe, mas possui maiores chances de complicações, podendo até mesmo causar morte.

→ Vírus causador da gripe H1N1
A gripe é causada por um vírus conhecido como Influenza, que pertence à família dos ortomixovírus. Esses vírus dividem-se em três tipos: A, B e C, sendo o tipo A o mais patogênico e o mais associado a epidemias e pandemias. O vírus causador da gripe H1N1 é um vírus Influenza A que contém genes do vírus humano, suíno e aviário e é denominado de Influenza A/H1N1.
→ Transmissão da H1N1
A gripe H1N1 pode ser transmitida de pessoa para pessoa por meio de pequenas gotículas de saliva eliminadas por pessoas contaminadas ao tossir ou espirrar. A transmissão pode ocorrer ainda por contato com objetos que possuam secreção do doente.
→ Sinais e sintomas da H1N1
Assim como outros tipos de gripe, a H1N1 causa dores no corpo, na cabeça e na garganta, febre – que dura em média três dias –, mal-estar, calafrios e tosse seca. Esse tipo de gripe, no entanto, pode desencadear outras complicações, como pneumonia, sinusite, otite e até mesmo complicações cardíacas. Quando o quadro se complica, o paciente apresenta dores no peito, falta de ar, tontura, fraqueza e confusão mental.
→ Tratamento da H1N1
A gripe H1N1 é tratada por meio de medicamentos para alívio dos sintomas e combate ao vírus. Assim como outras viroses, recomenda-se repouso e o consumo de líquidos. De uma maneira geral, a gripe A possui cura espontânea.
Em casos mais graves da doença, em que existe risco de complicação, pode ser recomendado o uso de antivirais. Um desses medicamentos é o oseltamivir, também chamado comercialmente de Tamiflu.
→ Prevenção contra a H1N1
A gripe H1N1 pode ser prevenida, principalmente, por vacinação, que é feita gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Vale ressaltar que as vacinas podem ser encontradas também em clínicas particulares. A vacina distribuída pelo governo é trivalente, protegendo contra influenza A H1N1, influenza A H3N2 e uma cepa (linhagem) de influenza B.
No caso da vacinação gratuita, apenas alguns grupos, considerados prioritários, possuem direito à vacina. Esse grupo engloba crianças de seis anos a 5 anos, idosos com mais de 60 anos, jovens sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, povos indígenas, funcionários da área da saúde e sistema prisional, grávidas e mulheres até 45 dias após o parto.
Além da vacinação, para se prevenir da H1N1, são necessárias algumas medidas importantes:
  • Sempre proteger a boca ao tossir ou espirrar;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Higienizar sempre as mãos, fazendo uso de água e sabão ou álcool em gel. Nesse último caso, antes de aplicá-lo, deve-se eliminar a sujeita aparente;
  • Evitar locais de grandes aglomerações de pessoas em épocas de surto da doença;
  • Evitar contato com pessoa contaminada.

Por Ma. Vanessa dos Santos
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OPAS/OMS esclarece que ‘vírus H2N3’ não circula em nenhum lugar do mundo

12 maio, 2018

13 de abril de 2018 – A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) esclarece que o suposto “vírus H2N3” não circula em nenhum lugar do mundo. O organismo internacional está preocupado com a série de boatos sobre gripe (influenza) circulando em áudios e textos em redes sociais ou aplicativos de mensagem no Brasil. 
Em um áudio, por exemplo, uma voz feminina diz que a OMS supostamente “não quer divulgar” casos confirmados de mortes por um “vírus H2N3” no estado de Goiás para “não alarmar” a população. Além disso, um texto pede que as pessoas façam gargarejos e limpem as narinas “com água morna contendo sal de cozinha” para “prevenir a proliferação do vírus da gripe”. A primeira informação é falsa e a segunda não tem base em evidências científicas. 
A medida mais eficaz para a prevenção da influenza grave e de suas complicações é a vacinação. Entre outras importantes ações preventivas estão lavar as mãos regularmente (com secagem adequada), evitar tocar nos olhos, nariz ou boca, bem como o contato próximo com pessoas doentes; autoisolamento precoce daqueles que se sentem mal, febris e apresentam outros sintomas da gripe; cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, usando tecidos e descartando-os adequadamente. 
Os vírus da influenza mudam constantemente. Por isso, a Rede Global de Vigilância de Influenza da OMS (GISN, na sigla em inglês), uma aliança de 144 Centros Nacionais de Influenza de todo o mundo, monitora os vírus que circulam em humanos. 
Do total de Centros, três ficam no Brasil. E, por meio deles, o país pôde identificar que os tipos de vírus de influenza que atualmente circulam no território brasileiro são o influenza A (H1N1pdm09), A (H3N2) e influenza B. A vacina contra a gripe que será aplicada em uma campanha do Ministério da Saúde do Brasil, na segunda quinzena deste mês, protege contra esses três tipos de vírus. 
O estado de Goiás iniciou nesta sexta-feira (13) uma campanha antecipada de vacinação contra influenza A, devido a um surto de Influenza por H1N1 no mês de março, na Vila São Cotollengo, em Trindade, na região Metropolitana de Goiânia. 
Cepas de vírus no mundo
A influenza sazonal é uma infecção respiratória aguda causada por vírus da influenza que circulam em todas as partes do mundo. Atualmente, há quatro tipos de vírus de gripe sazonal: A, B, C e D. Os vírus influenza tipo A são classificados em subtipos de acordo com as combinações de duas proteínas diferentes, a hemaglutinina (H) e a neuraminidase (N), localizadas na superfície do vírus. Os subtipos de vírus da gripe A que circulam atualmente no mundo entre seres humanos são os da influenza A (H1N1) e A (H3N2). 
O A (H1N1) também é conhecido como A (H1N1) pdm09, porque causou uma pandemia em 2009 e posteriormente substituiu o vírus da gripe sazonal A (H1N1) que havia circulado antes de 2009. Pelo que se sabe até hoje, apenas vírus influenza tipo A já causaram pandemias. 
Os vírus influenza B não são classificados em subtipos, mas podem ser divididos em duas linhagens, denominadas B/Yamagata ou B/Victoria. 
Os vírus da gripe A e B circulam e causam surtos e epidemias. Devido a esta razão, as estirpes relevantes dos vírus da gripe A e B estão incluídas nas vacinas contra a gripe sazonal. O vírus influenza C é detectado com muito menos frequência e geralmente provoca infecções leves, não apresentando implicações significativas para a saúde pública. 
Os vírus da influenza D afetam principalmente o gado e não parecem ser causa de infecção ou doença no ser humano. 
Produção de vacina
A produção da vacina contra influenza no Brasil começa a partir do mês de setembro, quando a OMS dá autorização para que os laboratórios o fabriquem. Essa medida é necessária porque todos os anos é preciso avaliar quais as cepas (tipo) do vírus que mais circularam no hemisfério sul, no ano anterior. Após essa autorização, os laboratórios levam em torno de seis meses para produzir a vacina que será disponibilizada à população.
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Mosquitos percebem quando você tenta matá-los – e lembram disso

09 março, 2018

Essa é a conclusão de cientistas da Universidade de Washington, que realizaram uma experiência com mosquitos da espécie Aedes aegypti (a mesma que, no Brasil, transmite o vírus da dengue). Os pesquisadores coletaram uma amostra de suor de uma pessoa, e a colocaram dentro de uma caixa onde os mosquitos ficavam presos. Além de servir como cadeia para os Aedes, essa caixa também tinha um “mecanismo de perturbação”: um braço mecânico que tentava estapear os insetos.
Mosquitos percebem quando você tenta matá-los – e se lembram disso

O objetivo era tentar criar uma associação, na memória dos mosquitos, entre aquele odor e uma situação de perigo (os tapas). Incrivelmente, deu certo. No dia seguinte, os mosquitos foram colocados, um a um, dentro de um labirinto que tinha duas saídas. A primeira delas levava os insetos a uma câmara neutra, sem cheiro. A segunda tinha o odor de um ser humano – que, em tese, os mosquitos deveriam preferir.
Só que não era qualquer ser humano. O cheiro era aquele mesmo que os insetos haviam sido condicionados a relacionar com perigo. Não deu outra: os mosquitos evitaram o túnel que tinha cheiro de gente. Eles adorariam picar um braço humano, claro. Mas, naquela situação, se lembraram de que aquele cheiro, pertencente a uma pessoa específica, podia ser uma ameaça.
Os cientistas fizeram uma incisão minúscula na cabeça de alguns mosquitos, e conectaram um sensor aos neurônios do sistema olfativo. Descobriram que o “aprendizado” dos bichinhos depende da dopamina, um neurotransmissor que também está presente em humanos. Os pesquisadores também criaram mosquitos geneticamente modificados, que tiveram o DNA alterado para que se tornassem parcialmente insensíveis à dopamina. Eles conseguiam voar e picar; mas eram incapazes de aprender a identificar perigos, como os mosquitos normais.
Pense nisso na próxima vez em que você tentar matar um mosquito. Ele sabe que você tentou acertá-lo, e vai se lembrar. Pelo menos por algum tempo.
Bruno Garattoni
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