A Superintendência de Comunicação da Secretaria de Saúde de Pernambuco inovou na campanha “Diga sim pra vida continuar”, de incentivo à doação de órgãos.
Além das ações tradicionais de publicidade, como comerciais de TV e outdoors, foram produzidas 100 mil embalagens de pão para serem distribuídas aos fregueses de 100 padarias ligadas ao Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Pernambuco (Sindipão), nas cidades de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes.
As embalagens trazem dicas sobre como realizar a doação, buscar informações sobre o tema e também desmistificam alguns mitos, como o de que a captação do órgão deixa o corpo mutilado ou que o quadro de morte cerebral é reversível. Com o mote "Avise sua família que você é doador, converse sobre isso durante as refeições", o objetivo é estimular a discussão do tema durante o café ou jantar, já que o pão vai para a mesa das famílias por uma ou duas refeições a cada dia.
“A ideia é que, nessa conversa rápida e informal, os parentes expressem aos outros seu desejo de ser doador, o que fará toda a diferença posteriormente, uma vez que as recusas às captações de órgãos se dão, na maioria das ocasiões, porque esse assunto nunca foi tratado com o familiar em vida”, explica o superintendente de Comunicação da SES, Thiago Nunes.
Ele explica que essa ação de mobilização social – que acontece de 26 a 30 de setembro - é inovadora por abranger um grande e diversificado público, já que há padarias com fluxo de duas mil pessoas por dia; proporcionar a substituição, durante uma semana, das tradicionais sacolas de plástico por embalagens recicláveis e também pelo seu baixíssimo custo em relação às mídias tradicionais, como outbus e comerciais na televisão. Essa nova forma de mídia, produzida pelo núcleo de design da Secretaria de Saúde de Pernambuco, é interessante para quem anuncia, para os parceiros (panificadoras), de utilidade pública e ecologicamente correta e será incorporada às demais campanhas da saúde pública, como dengue, Operação Lei Seca e vacinação. De 23 a 30 de setembro, será exibido, nos horários comerciais das TVs da cadeia aberta, o vídeo da campanha, além da colocação, nos em principais pontos da cidade, de 35 outdoors.
Atualmente, cerca de 3 mil pessoas estão na fila de espera por um órgão, sendo a maior parte por rim (1.725 pessoas) e córnea (10.24). Quando os doadores não aparecem, a espera pelo transplante torna-se, muitas vezes, fatal para esses pacientes. Este ano, 1.097 transplantes foram realizados em Pernambuco. Em 2011, no mesmo período, o número foi de 678 procedimentos – ou seja, houve um aumento de 62%. Atualmente, cerca de 2,9 mil pessoas aguardam na fila de espera e, de cada dez familiares abordados, oito se negam a doar os órgãos de pacientes com quadro de morte cerebral (irreversível).
Quando os doadores não aparecem, a espera pelo transplante se torna, muitas vezes, fatal para esses pacientes. Em Pernambuco, a maior lista de espera é por um rim – 1.725 pessoas. Em segundo lugar, estão os que precisam de transplante de córnea (1.024). Em seguida, vem fígado, com 126 pessoas na lista de espera, e, por último, coração, e rim/pâncreas, cada um com quatro pacientes. Até agosto deste ano, 1.097 transplantes foram realizados em Pernambuco. Em 2011, no mesmo período, o número foi de 678 procedimentos – um aumento de 62%. Em relação às doações, houve um aumento de 73% (48 doações em 2011 contra 83 este ano).
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