Em Pernambuco, pesquisadores estão tentando descobrir como proteger bebês dos perigos da dengue. Nicolas, de 1 ano de idade, não para. Anda, dança e ensaia algumas palavras. Quem o vê esbanjando energia nem imagina o susto que ele deu na família.
Aos nove meses, o bebê passou sete dias na UTI com dengue hemorrágica. “O próprio nome é algo que a gente imagina muito grave”, contou a mãe, a advogada Bianka Bourbon.Fazer o diagnóstico correto da dengue hemorrágica nos bebês tem sido um grande problema para os pediatras. Os sintomas da doença, como febre e dores no corpo, se confundem com os de outras viroses.
Uma pesquisa pioneira da Fiocruz em Pernambuco começa a investigar a ocorrência de dengue em bebês. Ao todo, 400 brasileirinhos serão acompanhados durante o primeiro ano de vida. Eles fazem exame de sangue para o monitor a carga viral. As mães também fazem parte do estudo.
Ao todo, 90% das mães que participam da pesquisa já tiveram dengue. Isso vai ajudar a esclarecer uma dúvida importante: os pesquisadores querem saber até quando os anticorpos transmitidos pelas mães atuam na proteção da criança e a partir de que mês os bebês se tornam mais vulneráveis à doença. A pesquisa deverá descobrir a frequência da dengue em bebês.
“Eu acho que vai gerar essa informação que é importante, que vai alertar tanto os pediatras, os enfermeiros, os profissionais de saúde, quanto às autoridades de saúde sobre a frequência desta infecção neste grupo da população”, acredita a pediatra Cynthia Braga.
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