Novecentas ovitrampas - armadilhas de combate ao mosquito da dengue – serão instaladas, nesta terça-feira (18), nos 30 prédios da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife.
A iniciativa atende ao projeto Zerando a Dengue, da UFPE, em parceria com o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (Fiocruz) e a Prefeitura do município.
A iniciativa atende ao projeto Zerando a Dengue, da UFPE, em parceria com o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (Fiocruz) e a Prefeitura do município.
As ovitrampas foram confeccionadas pelos agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces) da Secretaria de Saúde, nas instalações do Centro de Vigilância Ambiental (CVA), que funciona no bairro de Peixinhos, em Olinda. Elas serão encaminhadas para a instalação no campus com a ajuda de profissionais do órgão, além de voluntários da universidade.
Ao todo, 32 agentes orientarão sobre a instalação e manutenção das ovitrampas, assim como o período para o recolhimento dos ovos do mosquito. A estimativa é que as armadilhas sejam utilizadas por um período de dois anos.
“O objetivo é reduzir a infestação do Aedes aegypti no campus, que é um lugar estratégico para a proliferação do mosquito, já que tem muitas plantas e recipientes com água parada, como os copos deixados pelos estudantes”, disse a gerente de Riscos Ambientais Biológicos do Programa de Saúde Ambiental do Recife, Iara Duarte.
Durante este período, a cada dois meses serão feitas as manutenções, nas quais os agentes visitarão a instituição para trocar os tecidos que armazenarão os ovos nas armadilhas de controle. Esse material será incinerado para que não haja o risco de serem descartados no meio ambiente e os ovos eclodam, evoluindo para o estágio do mosquito.
Monitoramento
A primeira etapa deste projeto foi realizada no último dia 30 de setembro, quando foram instaladas pelo Aggeu Magalhães 90 ovitrampas de monitoramento. Esta armadilha conta com palhetas semi-submersas em seu interior, cujo objetivo é recolher e contar a quantidade de ovos de Aedes através do Sistema de Digitalização de Palhetas (SDP), desenvolvido pela UFPE.
De acordo com os organizadores do programa Zerando a Dengue, a ideia é mobilizar a comunidade universitária a participar das atividades de vigilância contra a propagação da doença, integrando-os à Rede Sentinela. Estudantes, docentes e servidores técnico-administrativos podem se envolver nas ações de educação ambiental, de fiscalização das armadilhas sentinelas e na atuação como voluntário para apoio à rede.
Dengue
Até o dia 13 de outubro, foram notificados 5.115 casos de dengue no Recife. No mesmo período de 2010, o número era de 14.441, ou seja, foi observada uma redução 64,6%.
Dos casos registrados, 2.420 foram confirmados com dengue clássica, 34 do tipo hemorrágica e 85 com outras complicações.
Na semana passada, o Ministério da Saúde apresentou um conjunto de ações estratégicas para enfrentamento da dengue neste verão. Entre as medidas está o incentivo aos municípios que cumprirem metas de prevenção e controle, bem como a utilização das redes sociais como ferramenta de alerta.
Este ano será ampliada a realização do LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti), que atingirá 556 municípios.
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