PCR lança Plano de Enfrentamento às Arboviroses e libera mosquitos estéreis

23 março, 2024

Passados 4 anos, o quê mudou em Recife, com relação aos números de infectados, mortes e fosmas de combater esta endemia? Na verdade, durante dois anos de pandemia, muito se perdeu na continuidade das ações de enfrentamento a DENGUE e isto só fortaleceu seu vetor de transmissão, o mosquito Aedes Aegypti.


O Brasil bateu recorde de mortes por dengue no ano de 2023. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan online), revelam que foram 1.079 mortes pela doença até esta quarta-feira (27).

Na série histórica divulgada pela pasta, também com base no Sinan, o maior número de óbitos no período de um ano completo ocorreu em 2022, quando chegou a 1.053 registros. Em seguida, vem o ano de 2015, com 986 mortes.


 Publicado em: 20/12/19

A principal novidade é a liberação de 350 mil mosquitos estéreis no ambiente para ajudar a reduzir a reprodução do inseto

A Prefeitura do Recife lança, na manhã desta sexta-feira (20), o Plano de Enfrentamento às Arboviroses 2020, na Unidade de Saúde da Família Bernard van Leer, em Brasília Teimosa. O conjunto de ações da Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife tem o objetivo de reduzir o número de casos de arboviroses (doenças transmitidas por mosquitos, como o Aedes aegypti), entre elas dengue, chikungunya e zika.

A principal novidade é a liberação dos mosquitos estéreis no ambiente, por terra e por drone, para reduzir a reprodução do inseto e, com isso, controlar a população do mosquito transmissor das arboviroses.

Reconhecida por sua eficiência na erradicação e controle de diversos insetos e pragas ao redor do mundo, a Técnica do Inseto Estéril (TIE) é pioneira no Brasil para controle do Aedes Aegypti. O método desenvolvido pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) consiste em tornar o mosquito macho estéril, em laboratório, por meio da esterilização por radiação ionizante, para depois soltá-lo no meio ambiente, de forma que ele copule com as fêmeas sem gerar novos mosquitos. A Prefeitura do Recife utiliza a técnica de controle de natalidade através de uma parceria com a Biofábrica Moscamed, que é o Centro Colaborador da AIEA para o controle do Aedes aegypti, além do Ministério da Saúde.

Cerca de 350 mil mosquitos inférteis serão liberados no bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, nesta primeira etapa da soltura, para depois serem soltos na Mangabeira, na Zona Norte do Recife, num segundo momento. Essas áreas foram escolhidas por critérios ambientais, epidemiológicos e entomológicos (estudo dos insetos). Nesses locais, foram instaladas Estações Disseminadoras (armadilhas para que o próprio Aedes espalhe larvicida), para reduzir a população de mosquitos antes de usar a técnica da esterilização. Em Brasília Teimosa, a redução foi de 25% de Aedes aegypti e 80% de muriçoca (Cúlex Quinquefasciatus).

O projeto do mosquito estéril foi apresentado à comunidade durante reunião com profissionais de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde e da Moscamed, quando os moradores conheceram o projeto, os objetivos e as etapas que fazem parte do protocolo – monitoramento, produção e liberação.

Os machos do Aedes aegypti que serão soltos, no Recife, foram reproduzidos na biofábrica da Moscamed, em Juazeiro (Bahia), e trazidos para receber radiação no laboratório do Departamento de Energia Nuclear da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). No Centro de Emergência de Mosquitos Estéreis (Cemer) da Prefeitura do Recife, localizado no Centro de Vigilância Ambiental (CVA), em Peixinhos, os insetos foram marcados com pó fluorescente e passaram por testes de resistência, antes da liberação.

Esse experimento de marcação – soltura – recaptura é necessário para que os técnicos avaliem, por exemplo, quantos mosquitos devem soltar na área demarcada, qual metodologia deve ser utilizada (por terra ou drone), para saber, em seguida, qual o alcance dos mosquitos e quanto tempo eles permanecem no meio ambiente.

AÇÕES CONTINUADAS – Além da Técnica do Inseto Estéril, a Secretaria de Saúde do Recife continuará utilizando também as outras ações de controle vetorial, como as visitas domiciliares de rotina dos Agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces), as ovitrampas (armadilhas para monitorar a infestação do mosquito), as Estações Disseminadoras de Larvicidas e as Brigadas Contra o Mosquito, que envolvem instituições públicas e privadas da cidade.

A proposta da Brigada Contra o Mosquito Aedes aegypti é que um grupo de pessoas seja capacitado para atuar numa determinada área, previamente estabelecida, na prevenção e controle do transmissor da dengue, chikungunya e zika. Os brigadistas executam as atividades da rotina estabelecida diariamente ou semanalmente, conforme o tipo de imóvel e as características do ambiente. Eles fazem autoinspeção semanal para identificar possíveis focos do vetor; instalação de ovitrampas (armadilhas) com apoio técnico da equipe de Vigilância à Saúde do Recife, entre outras tarefas.

Os Asaces da Prefeitura do Recife estão participando de uma atualização sobre as diretrizes do Programa de Saúde Ambiental e Controle de Zoonoses, com o objetivo de otimizar os processos de trabalho ofertados à população. O curso tem duração de 40 horas.

Eles também passaram a utilizar, durante as visitas às residências, o aplicativo Saúde Ambiental Digital, pelo qual registram, em tempo real, os números e outras informações das vistorias. Para isso, os profissionais receberam smartphones. No mês de outubro, o aplicativo usado pela Prefeitura do Recife para mapear focos do Aedes aegypti, informatizando o trabalho dos Asaces, foi um dos premiados no 47º Seminário Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação para Gestão Pública, em Brasília.

Somente de janeiro a setembro de 2019, os Asaces da Prefeitura do Recife visitaram mais de 1,5 milhão de imóveis e quase 16 mil pontos estratégicos de monitoramento. A Sesau ainda realizou mais de mil ações educativas e recolheu mais de 31 mil pneus em desuso que poderiam servir de criadouros para as larvas do mosquito.

Desde novembro de 2017, foram implantadas mais de 131 brigadas, com mais de 853 brigadistas treinados com o objetivo de engajar a sociedade civil no combate aos focos do Aedes aegypti. Neste período, as equipes de Vigilância Ambiental instalaram mais de três mil ovitrampas em cerca de 50 bairros da cidade, em lugares como o edifício-sede da Prefeitura, colégios, nos dois Centros Comunitários da Paz (Compaz), em clubes como o Náutico, entre outras instituições. 
Confiraalgumas orientações da Prefeitura do Recife para prevenir focos do mosquito Aedes aegypti:

· Manter caixas d’água, tonéis e tanques sempre bem tampados;

· Deixar garrafas vazias e com a boca para baixo;

· Guardar pneus em local coberto;

· Retirar a água da bandeja externa da geladeira pelo menos uma vez por semana e lavar com sabão;

· Encher os pratinhos dos vasos de plantas com areia até a borda;

· Colocar o lixo em sacos plásticos e manter as lixeiras bem fechadas;

· Não jogar lixo em terrenos baldios;

· Remover folha e tudo que possa impedir a passagem de água pelas calhas;

· Verificar se todos os ralos da casa não estão entupidos e limpar uma vez por semana;

· Não deixar água da chuva acumulada sobre a laje.

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OUTRAS INFORMAÇÕES PRA NOTA TÉCNICA:

– O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa) apresentou resultado geral no Recife de 1,2% (risco médio). Este índice está entre os menores da série histórica da última década. Um total de 53 bairros (56% dos bairros da cidade) encontra-se sob controle para o Aedes aegypti, com resultado abaixo de 1%. 

– Este ano, foram notificados 7.002 casos de arboviroses, sendo 5.790 casos de dengue, 1.032 de chikungunya e 180 de zika. Dentre estas notificações, foram confirmados 3.119 casos de dengue e 406 de chikungunya. Em comparação ao mesmo período de 2018, houve um aumento de 118% dos casos notificados e de 140% dos casos confirmados.

relacionadas ao controle do mosquito Aedes aegypti, vetor responsável pela transmissão dos vírus da dengue, chikungunya, zika.


– A Biofábrica Moscamed Brasil – Moscamed, com sede em Juazeiro (BA) é uma organização social sem fins lucrativos, reconhecida internacionalmente como Centro Colaborador da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para o controle do mosquito Aedes aegypti.


– A Secretaria de Saúde do Recife é referência nacional no combate às arboviroses. Em 2016, na época da tríplice epidemia, durante visita à capital pernambucana, representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceram o Recife como referência mundial nas ações de enfrentamento às arboviroses. A Prefeitura do Recife vem, continuamente, desenvolvendo ações.


ASCOM PCR

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Dengue em Pernambuco: Centro de Operações de Emergência monitora casos para combater avanço das arboviroses

04 fevereiro, 2024

Em Pernambuco, o número de casos prováveis por dengue cresceu 57,5%; mais de 5 mil agentes estão atuantes na força-tarefa contra o mosquito no Estado

 

Cadastrado por Cinthya Leite   Publicado em 02/02/2024 às 12:10 | Atualizado em 02/02/2024 às 12:10


Municípios pernambucanos têm um clima bastante favorável à proliferação do vetor, o Aedes aegypti. 
As chuvas constantes e temperaturas elevadas tornam-se os fatoresperfeitos para reprodução do mosquito - 
IKAMAHÃ/SECRETARIA DE SAÚDE DO RECIFE

O Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência - COE Dengue. O anúncio foi feito pela ministra Nísia Trindade durante a abertura da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília (DF), na quinta-feira (1º). 

Em meio ao aumento de casos de dengue no Brasil, o objetivo da força-tarefa é ampliar e agilizar a organização de estratégias de vigilância das arboviroses, transmitidas pelo Aedes aegypti. O Centro de Operações de Emergência, segundo informou o ministério, também vai monitorar casos de dengue em Pernambuco. 

No Estado, segundo boletim com dados de janeiro deste ano da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE), o número de casos prováveis por dengue cresceu 57,5%, em relação ao registrado no mesmo período em 2023. 

O Estado totaliza 512 casos prováveis de dengue (confirmações + registros em investigações), com taxa de incidência de 5,7 casos prováveis a cada 100 mil habitantes. Do total, 55 registros já tiveram confirmação de infecção pelo vírus da dengue.  

A importância dos agentes de endemias no combate à dengue

O Aedes aegypti utiliza todo o tipo de recipiente capaz de acumular água para depositar seus ovos. Alguns são conhecidos: garrafas e embalagens descartáveis, latas, vasos de plantas, pneus e plásticos.

Mas há lugares que, muitas vezes, o mosquito utiliza para se reproduzir e que são desconhecidos das pessoas. É aí que entra o trabalho dos agentes de combate às endemias. Em Pernambuco, 5.195 agentes estão atuantes na força-tarefa contra a dengue.

ARBOVIROSES

Dengue em Pernambuco: Centro de Operações de Emergência monitora casos para combater avanço das arboviroses

Em Pernambuco, o número de casos prováveis por dengue cresceu 57,5%; mais de 5 mil agentes estão atuantes na força-tarefa contra o mosquito no Estado

O Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência - COE Dengue. O anúncio foi feito pela ministra Nísia Trindade durante a abertura da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília (DF), na quinta-feira (1º). 

Em meio ao aumento de casos de dengue no Brasil, o objetivo da força-tarefa é ampliar e agilizar a organização de estratégias de vigilância das arboviroses, transmitidas pelo Aedes aegypti. O Centro de Operações de Emergência, segundo informou o ministério, também vai monitorar casos de dengue em Pernambuco. 

No Estado, segundo boletim com dados de janeiro deste ano da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE), o número de casos prováveis por dengue cresceu 57,5%, em relação ao registrado no mesmo período em 2023. 

O Estado totaliza 512 casos prováveis de dengue (confirmações + registros em investigações), com taxa de incidência de 5,7 casos prováveis a cada 100 mil habitantes. Do total, 55 registros já tiveram confirmação de infecção pelo vírus da dengue.  

A importância dos agentes de endemias no combate à dengue

O Aedes aegypti utiliza todo o tipo de recipiente capaz de acumular água para depositar seus ovos. Alguns são conhecidos: garrafas e embalagens descartáveis, latas, vasos de plantas, pneus e plásticos.

Mas há lugares que, muitas vezes, o mosquito utiliza para se reproduzir e que são desconhecidos das pessoas. É aí que entra o trabalho dos agentes de combate às endemias. Em Pernambuco, 5.195 agentes estão atuantes na força-tarefa contra a dengue.

"Esses profissionais que atuam na linha de frente de combate ao mosquito são treinados e capacitados para detectar riscos de vetores para os próprios residentes e para a comunidade. Eles orientam as famílias e visitam as casas uma a uma. Ninguém quer que a residência seja um local de risco. Por isso, é importante abrir as portas para esse serviço de proteção", ressalta a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

Pessoas com doenças crônicas, gestantes, crianças menores de 2 anos e idosos acima de 65 anos são mais suscetíveis às complicações da dengue, chicungunha e zika. Para esse grupo, os cuidados de combate ao mosquito devem ser redobrados:

  • manter a caixa d’água bem fechada
  • guardar pneus em locais cobertos
  • limpar bem as calhas de casa
  • amarrar bem sacos de lixo
  • não acumular entulho
  • esvaziar garrafas PET, potes e vasos
  • colocar areia nos vasos de planta

 

CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA - COE DENGUE

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforça que a atuação do Centro de Operações de Emergência - COE Dengue será coordenada com Estados e municípios.

A medida permite uma análise minuciosa, porém ágil, dos dados e das informações para subsidiar a tomada de decisão e definição de ações adequadas e oportunas para o enfrentamento dos casos de dengue.

"A mensagem é de mobilização nacional, de união de esforços com Estados e municípios; de um Brasil unido contra a dengue. Nós estamos, desde novembro, com uma série de ações para monitorar o avanço da doença. Temos o SUS, com toda sua capilaridade, os agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias. É um movimento de governo, mas também precisamos do apoio da sociedade”, frisou a ministra.

CASOS DE DENGUE AUMENTAM NO BRASIL EM 2024

Em 2024, até o momento, o Brasil registrou 243.721 casos prováveis de dengue, sendo 52.069 casos na semana epidemiológica 1 (31/12 a 6/1), 63.995 na semana 2 (7 a 13/1), 79.872 casos prováveis de dengue na semana 3 (14 a 20/1) e 47.785 casos na semana epidemiológica 4 (21 a 27/4).

Os dados são do painel de atualização de casos de arboviroses do Ministério da Saúde. 

Com o acionamento do COE, o Ministério da Saúde vai ampliar o monitoramento da situação, com ênfase em dengue, para orientar a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e de controle de vetores. O planejamento das ações e a resposta coordenada serão feitos em conjunto com estados e municípios e de forma interministerial.

Sintomas e prevenção da dengue

Os sintomas de dengue, chicungunha ou zika são semelhantes. Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.

A orientação do Ministério da Saúde é para que a população procure o serviço de saúde mais próximo da residência assim que surgirem os primeiros sintomas. 

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POMBOS: as consequências para a saúde humana

27 abril, 2023

          Os pombos são aves que vivem com facilidade nas cidades, fazendo seus ninhos em telhados, forros, caixas de ar condicionado, torres de igrejas e marquises. Podem causar prejuízos por danificar as estruturas dos prédios.

Por serem simpáticos e símbolos da paz, algumas pessoas gostam de alimentá-los com restos de comida, pão, pipocas, que são alimentos inadequados e prejudicam a saúde dos animais, além de viciá-los.

Como dificilmente são caçados por outros animais, sua população cresce muito rápido e o aumento de sua quantidade tornou-se um grave problema de saúde, pois, podem causar várias doenças graves que podem levar à morte ou deixar seqüelas, destacando-se:

– salmonelose: doença infecciosa provocada por bactérias. A contaminação ao homem ocorre pela ingestão de alimentos contaminados com fezes dos animais;
– criptococose: doença provocada por fungos que vivem no solo, em frutas secas e cereais e nas árvores; e nos excrementos de aves, principalmente pombos;
– histoplasmose: doença provocada por fungos que se proliferam nas fezes de aves e morcegos. A contaminação ao homem ocorre pela inalação dos esporos (células reprodutoras do fungo);
– ornitose: doença infecciosa provocada por bactérias. A contaminação ao homem ocorre pelo contato com aves portadoras da bactéria ou com seus dejetos;
– meningite: inflamação das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.

Medidas de prevenção e controle:

– retirar ninhos e ovos;
– umedecer as fezes dos pombos com desinfetante antes de varrê-las;
– utilizar luvas e máscara ou pano úmido para cobrir o nariz e a boca ao fazer a limpeza do local onde estão as fezes;
– vedar buracos ou vãos entre paredes, telhados e forros;
– colocar telas em varandas, janelas e caixas de ar condicionado;
– não deixar restos de alimentos que possam servir aos pombos, como ração de cães e gatos;
– utilizar grampos em beirais para evitar que os pombos pousem;
– acondicionar corretamente o lixo em recipientes fechados;
– nunca alimentar os pombos.

É muito importante para a nossa saúde controlar a população desses animais na comunidade, fazendo com que eles procurem locais mais adequados para viver, com alimentação correta e longe dos perigos das cidades. Um pombo na cidade vive em média 4 anos, enquanto que em seu ambiente natural pode viver até 15 anos.

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Tuberculose

08 abril, 2023

 A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. A apresentação pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a principal responsável pela transmissão da doença.


Agente etiológico

A tuberculose pode ser causada por qualquer uma das sete espécies que integram o complexo Mycobacterium tuberculosis: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti, M. microti, M. pinnipedi e M. caprae. Entretanto, do ponto de vista sanitário, a espécie mais importante é a M. tuberculosis.

 Reservatório

O principal reservatório da tuberculose é o ser humano. Outros possíveis reservatórios são gado bovino, primatas, aves e outros mamíferos. No Brasil, não existem estimativas sobre a proporção de pacientes com tuberculose causada pelo M. bovis.  No entanto, é importante que o sistema de saúde esteja atento à possibilidade de ocorrência desse evento.

 Modo de transmissão

A tuberculose é uma doença de transmissão aérea, ou seja, que ocorre a partir da inalação de aerossóis. Ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, sendo denominadas de, bacilíferas.

As formas bacilíferas são, em geral, a tuberculose pulmonar e a laríngea. Calcula-se que, durante um ano, numa comunidade, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas. Bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não desempenham papel importante na transmissão da doença.

Período de incubação

Embora, o risco de adoecimento seja maior nos primeiros dois anos após a primeira infecção, uma vez infectada a pessoa pode adoecer em qualquer momento de sua vida.

 Período de transmissibilidade

A transmissão da tuberculose é plena enquanto o indivíduo estiver eliminando bacilos.Com o início do esquema terapêutico adequado, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento chega a níveis insignificantes. No entanto, o ideal é que as medidas de controle de infecção pelo M. tuberculosissejam implantadas até haja a negativação da baciloscopia. Crianças com tuberculose pulmonar geralmente são negativas à baciloscopia.

 Sinais e sintomas

A apresentação da tuberculose na forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é essa forma, especialmente a positiva à baciloscopia, a principal responsável pela transmissão da doençaque se dá por via aérea.

No entanto, não raramente, a tuberculose pode manifestar-se sob diferentes apresentações clínicas, que podem estar relacionadas com idade, imunodepressão e órgão acometido. Assim, outros sinais e sintomas, além da tosse, devem ser valorizados (CONDE; MUZY DE SOUZA, 2009; KRITSKI; MELO, 2007).

Na tuberculose pulmonar, em adolescentes e adultos jovens, o principal sintoma é a tosse (seca ou produtiva, com expectoração purulenta ou mucoide, com ou sem sangue). Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório (pessoa com tosse por três semanas ou mais) seja investigado para a tuberculose.

á outros sinais e sintomas que podem estar presentes, tais como: febre vespertina (no final da tarde), sudorese noturna (suor durante a noite), anorexia e emagrecimento.

Em crianças menores de 10 anos as manifestações clínicas podem variar bastante. O achado clínico que chama a atenção na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, persistente por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, inapetência, perda de peso e sudorese noturna. Muitas vezes, a suspeita de tuberculose em crianças surge com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para germes comuns.


Quando a tuberculose é extrapulmonar, os sinais e sintomas dependem dos órgãos e/ou sistemas acometidos. A forma extrapulmonar ocorre mais comumente em pessoas que vivem com o HIV/aids, especialmente entre aquelas com grave comprometimento imunológico.

Exames diagnósticos

Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados, principalmente, os seguintes exames: exame microscópico direto (baciloscopia direta), cultura para micobactéria com identificação de espécie, teste de sensibilidade antimicrobiana, teste rápido para tuberculose (TR-TB) e radiografia de tórax. Além desses exames, recomenda-se que o teste anti-HIVseja oferecido a todasas pessoas com tuberculose.
Para as pessoas com maior risco de adoecimento por tuberculose, como os contatos de pessoas infectadas por tuberculose e pessoas vivendo com o HIV/aids, recomenda-se investigar a infecção latente da tuberculose por meio da prova tuberculínica para tratar, quando indicado, a infecção latente antes que a pessoa adoeça.
 
Baciloscopia direta

A pesquisa do bacilo álcool-ácido-resistente (baciloscopia) é, atualmente, a técnica mais utilizada no Brasil, não apenas para o diagnóstico, mas também para o controle do tratamento. Desde que executada corretamente em todas as suas fases, permite detectar de 60% a 80% dos casos, com resultado em até 48 horas.

Teste rápido para tuberculose

O Ministério da Saúde implantará na rede pública de saúde, a partir do segundo semestre de 2013, o teste rápido para diagnóstico – tecnologia inovadora para o controle da doença que deverá se tornar a principal ferramenta para o diagnóstico de casos novos de tuberculose pulmonar. O teste rápido para o diagnóstico da tuberculose utiliza técnicas de biologia molecular (PCR em tempo real) para identificar o DNA do Mycobacterium tuberculosis, permitindo seu diagnóstico em apenas duas horas.

A proposta do Ministério é substituir a baciloscopia diagnóstica pelo teste rápido, e assim aumentar o número de pessoas identificadas e de diagnóstico precoce, proporcionando a quebra da cadeia de transmissão e o controle da doença. Vale salientar que as baciloscopias de acompanhamento (mensais) continuam sendo fundamentais na manutenção do tratamento detuberculose.

O novo teste também indica, com alta sensibilidade e especificidade, a resistência à rifampicina, um dos principais medicamentos usados no tratamento básico da doença.

A possibilidade de dispor amplamente de um teste diagnóstico de fácil realização, muito eficiente, com resultado rápido, e que indica a possibilidade de resistência à rifampicina, poderá revolucionar as ações de controle da tuberculose no Brasil.
 
Teste anti-HIV

Considerando a magnitude e as sérias implicações da coinfecção TB/HIV, recomenda-se que o teste anti-HIV seja oferecido o mais cedo possível a todo indivíduo com diagnóstico estabelecido de tuberculose, independentemente da confirmação bacteriológica.

O profissional de saúde deve abordar com o paciente a possibilidade de associação das duas infecções e os benefícios do diagnóstico e tratamento precoces da infecção pelo HIV, por meio do aconselhamento pré-teste. O teste anti-HIV deve ser realizado com o consentimento do paciente, observando-se o sigilo e confidencialidade do teste, utilizando-se, preferencialmente, algoritmo diagnóstico com testes rápidos para o HIV. Independentemente do resultado da testagem, o aconselhamento pós-teste deve ser realizado. Caso o exame seja positivo, a pessoa deve ser encaminhada a um serviço de atenção especializada a pessoas vivendo com o HIV/aids (SAE) mais próximo de sua residência para dar continuidade ao tratamento da tuberculose e iniciar tratamento de HIV/aids, conforme indicado.
 
Radiografia de tórax

A radiografia de tórax é método diagnóstico de grande importância na investigação da tuberculose e deve ser solicitada para todo paciente com tiver suspeita clínica de tuberculose pulmonar. Ela tem como funções principais excluir outra doença pulmonar associada, que necessite de tratamento concomitante, avaliar a extensão do acometimento e a evolução radiológica dos pacientes, sobretudo naqueles que não respondem ao tratamento contra a tuberculose.

 



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Acordo prevê "fábrica de mosquitos" para combater dengue em Brumadinho

28 março, 2021

Construção de biofábrica deve levar 15 meses

Publicado em 17/03/2021 - 07:00 Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro



 Um acordo entre o governo de Minas Gerais e a mineradora Vale prevê a implementação de um projeto voltado para o combate às doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti nos municípios atingidos pelo rompimento da barragem ocorrido em Brumadinho (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte, em janeiro de 2019. A iniciativa consiste no uso da bactéria Wolbachia. Introduzida nos mosquitos, é capaz de evitar que os vírus da dengue, da zika e da febre chikungunya sejam transmitidos aos seres humanos durante uma picada.

Conforme termo de compromisso assinado na semana passada, uma biofábrica será instalada em Belo Horizonte, em um terreno cedido pelo governo estadual. O local será usado para a reprodução controlada dos mosquitos, que posteriormente serão liberados já com a bactéria em seu organismo. Eles serão soltos nos diversos municípios atingidos.

A construção da biofábrica deve levar 15 meses. O custo da obra está estimado em R$ 10,7 milhões e o investimento previsto no projeto é de R$ 57,1 milhões, valor que assegura a cobertura do custeio operacional por cinco anos. Esses valores serão extraídos dos R$ 37,68 bilhões reservados para a reparação dos danos causados na tragédia conforme o acordo global firmado há pouco mais de dois meses.

Rompimento Barragem Brumadinho - Divulgação/Corpo de Bombeiros

O rompimento da barragem ocorreu em 25 de janeiro de 2019. Após o episódio, foram contabilizadas 270 mortes, das quais 11 corpos ainda estão desaparecidos. O vazamento de aproximadamente 12 milhões de metros cúbicos de rejeito também causou destruição de comunidades, devastação ambiental, impactos socioeconômicos em diversos municípios e poluição no Rio Paraopeba.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas, os dados de notificação da dengue nas cidades atingidas não demonstraram alterações atípicas. Em 2019, ano da tragédia, Brumadinho registrou 2,1 mil casos da doença. O número é bem superior ao de 2018 (apenas 25 ocorrências foram notificadas) e ao de 2020 (174 ocorrências). O governo, porém, não vê associação entre a explosão de casos e o rompimento da barragem, pois a região não viveu uma situação isolada. O crescimento significativo se deu em todo o estado: foram 29,9 mil registros em 2018, 480,6 mil em 2019 e 84 mil em 2020.  Nesse sentido, a construção da biofábrica é considerada medida de caráter compensatório, isto é, trata-se de uma medida voltada para melhorar a qualidade de vida na região, compensando assim eventuais danos ambientais considerados irreparáveis.

O uso da bactéria Wolbachia no controle das arboviroses como dengue, zika e febre chikungunya começou na Austrália e já é adotado em 11 países a partir do World Mosquito Program (WMP), uma articulação internacional de diversas instituições científicas. No Brasil, ele é conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com o apoio do Ministério da Saúde. Os trabalhos começaram em 2015 em duas áreas pequenas: em Jurujuba, bairro de Niterói, e em Tubiacanga, bairro do Rio de Janeiro. Com os bons resultados, tem sido realizada uma expansão para outras cidades, inclusive em Minas Gerais, a partir da parceria entre a Fiocruz e a Secretaria de Saúde.

O projeto tem demonstrado sustentabilidade: a fêmea do Aedes que possui a Wolbachia em seu organismo é capaz de transmiti-la a todos os seus descendentes, mesmo que se acasale com machos sem a bactéria. Além disso, quando apenas o macho tem a Wolbachia, os óvulos fertilizados morrem. Dessa forma, a bactéria é transmitida naturalmente para as novas gerações de mosquitos.

Wolbachia, segundo a Fiocruz, está presente naturalmente em 60% dos insetos, mas não no Aedes aegypti. O que o projeto faz é uma introdução artificial em seu organismo. Os pesquisadores envolvidos ressaltam que a iniciativa não envolve nenhuma modificação genética, nem no mosquito e nem na bactéria. Além disso, o objetivo não é eliminar o Aedes aegypti do meio ambiente, apenas substituir uma população capaz de transmitir doenças por outra incapaz. 

Os resultados não são obtidos em curto prazo. Por essa razão, a população deve continuar se esforçando para impedir o acúmulo de água parada, que serve de criadouro para os mosquitos. Da mesma forma, o poder público não deve afrouxar as demais medidas de prevenção às arboviroses, entre elas a aplicação de produtos químicos e biológicos quando recomendado, como fumacê e larvicidas.

Conforme o acordo, caberá a Vale construir, equipar e mobiliar a estrutura da biofábrica, que será propriedade do estado de Minas Gerais. Uma vez concluída a obra, o projeto será operacionalizado pela Fiocruz e pelo WMP.  A expectativa é que a liberação de mosquitos no meio ambiente comece cerca de quatro meses após a entrega. A iniciativa será voltada inicialmente para a região atingida na tragédia, mas poderá alcançar outros municípios mineiros caso haja disponibilidade financeira.

Acordo global



O acordo global que fixou o valor de R$ 37,68 bilhões, nomeado como termo de medidas de reparação, foi firmado entre a Vale, o governo mineiro, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública do estado. Ele se refere aos danos coletivos causados na tragédia e estabelece medidas de caráter reparatório e compensatório. As indenizações individuais e trabalhistas que deverão ser pagas aos atingidos estão sendo discutidas em outros processos judiciais e extrajudiciais.

Diversos tipos de despesas ficaram acertadas no acordo, como transferência de renda e atendimento de demandas das comunidades atingidas; investimentos socioeconômicos na Bacia do Paraopeba; ações para garantia da segurança hídrica; recuperação socioambiental; obras de mobilidade urbana e melhorias dos serviços públicos, entre outras. Uma das principais medidas compensatórias será o financiamento do início da construção do Rodoanel Metropolitano, que deverá contornar a Região Metropolitana de Belo Horizonte e ligar as rodovias federais BR-040, BR-381 e BR-262.

São dezenas de projetos, sendo que alguns serão executados diretamente pela Vale. Em outros, caberá a ela apenas disponibilizar os recursos para ações do governo estadual e para definição dos atingidos em conjunto com o MPMG, o MPF e a Defensoria Pública do estado.

Há três semanas, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais recebeu projeto de lei, de autoria do governador Romeu Zema, para que o estado seja autorizado a utilizar a parte dos recursos que se refere a iniciativas de sua responsabilidade, até o valor de R$ 11,06 bilhões. Sem o aval dos deputados mineiros, o dinheiro não pode ser movimentado em função da Lei 23.751/2020, que estima as receitas e fixa as despesas do estado. Aprovada no ano passado, ela determina em seu Artigo 17º que o uso de recursos provenientes de acordos relativos à tragédia de Brumadinho necessita de autorização do Legislativo estadual.

Edição: Graça Adjuto



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PORTARIA GM/MS Nº 3.317, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2020

12 dezembro, 2020

 DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 08/12/2020 Edição: 234 Seção: 1 Página: 76

Órgão: Ministério da Saúde/Gabinete do Ministro



Fixa o valor do incentivo financeiro federal de custeio referente aos Agentes Comunitários de Saúde.


O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e

Considerando que a Lei Federal nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, que regulamenta o § 5º do art. 198 da Constituição, dispõe sobre o aproveitamento de pessoal com fundamento no parágrafo único do art. 2º da Emenda Constitucional nº 51, de 14 de fevereiro de 2006;

Considerando o Decreto nº 8.474, de 22 de junho de 2015, que regulamenta o disposto no § 1º do art. 9º-C e no § 1º do art. 9º- D da Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, para dispor sobre as atividades de Agente Comunitário de Saúde - ACS e de Agente de Combate às Endemias - ACE;

Considerando o Anexo XXII - Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), da Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde;

Considerando a Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde;

Considerando a Lei Federal nº 13.595, de 5 de janeiro de 2018, que altera a Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, para dispor sobre a reformulação das atribuições, a jornada e as condições de trabalho, o grau de formação profissional, os cursos de formação técnica e continuada e a indenização de transporte dos profissionais Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias;

Considerando a Lei Federal nº 13.708, de 14 de agosto de 2018, que altera a Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, para modificar normas que regulam o exercício profissional dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias; e

Considerando a necessidade de atualizar o valor estabelecido para o incentivo de custeio referente aos Agentes Comunitários de Saúde, resolve:

Art. 1º Fica fixado o valor do incentivo financeiro federal em R$ 1.550,00 (um mil quinhentos e cinquenta reais) por Agente Comunitário de Saúde (ACS) a cada mês do ano de 2021.

Parágrafo único. No último trimestre de cada ano será transferida uma parcela extra, calculada com base no número de ACS registrados no cadastro de equipes e profissionais do Sistema de Informação definido para este fim no mês de agosto do ano vigente, multiplicado pelo valor do incentivo financeiro fixado no caput deste artigo.

Art. 2º Fica definido que os recursos orçamentários de que trata esta Portaria, correrão por conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar a Funcional Programática 10.301.5019.219A - Piso de Atenção Básica em Saúde, no seguinte plano orçamentário PO - 0002 - Agente Comunitário de Saúde.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir da competência financeira janeiro de 2021.

Parágrafo único. Fica revogada a Portaria nº 3.270/GM/MS, de 11 de dezembro de 2019, publicada no Diário Oficial de União nº 240, de 12 de dezembro de 2019, Seção 1, página 204, a partir da competência financeira janeiro de 2021.


EDUARDO PAZUELLO


Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

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PORTARIA GM/MS Nº 3.278, DE 3 DE DEZEMBRO DE 2020

                                   DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

              Publicado em: 07/12/2020 Edição: 233 Seção: 1 Página: 66

                      Órgão: Ministério da Saúde/Gabinete do Ministro



Fixa o valor do incentivo financeiro federal de custeio referente aos Agentes de Combate às Endemias.


O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e

Considerando que a Lei Federal nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, que regulamenta o § 5º do art. 198 da Constituição, dispõe sobre o aproveitamento de pessoal com fundamento no parágrafo único do art. 2º da Emenda Constitucional nº 51, de 14 de fevereiro de 2006;

Considerando o Decreto nº 8.474, de 22 de junho de 2015, que regulamenta o disposto no § 1º do art. 9º-C e no § 1º do art. 9º- D da Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, para dispor sobre as atividades de Agente Comunitário de Saúde - ACS e de Agente de Combate às Endemias - ACE;

Considerando o Anexo XXII, da Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde;

Considerando a Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde;

Considerando a Lei Federal nº 13.595, de 5 de janeiro de 2018, que altera a Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, para dispor sobre a reformulação das atribuições, a jornada e as condições de trabalho, o grau de formação profissional, os cursos de formação técnica e continuada e a indenização de transporte dos profissionais Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias;

Considerando a Lei Federal nº 13.708, de 14 de agosto de 2018, que altera a Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, para modificar normas que regulam o exercício profissional dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias; e

Considerando a necessidade de atualizar o valor estabelecido para o incentivo de custeio referente aos Agentes de Combate às Endemias, resolve:

Art. 1º Fica fixado o valor do incentivo financeiro federal em R$ 1.550,00 (um mil quinhentos e cinquenta reais) por Agente de Combate às Endemias (ACE´s) a cada mês do ano de 2021.

§ 1º O valor fixado será repassado na forma da Assistência Financeira Complementar da União aos Agentes de Combate às Endemias (ACE) e do Incentivo Financeiro para fortalecimento de políticas afetas à atuação dos ACE, proporcional ao número de ACE cadastrados pelos gestores dos Estados, Distrito Federal e Municípios no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) que cumprirem os requisitos previstos na Lei, até o quantitativo máximo definido no parâmetro.

§ 2º No último trimestre de cada ano será transferida uma parcela adicional, calculada com base no número de ACE's registrados no SCNES no mês de setembro do ano vigente, multiplicado pelo valor do incentivo financeiro fixado no caput deste artigo

Art. 2º Fica definido que os recursos orçamentários de que trata esta Portaria, correrão por conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar a Funcional Programática 10.305.5023.20AL, Incentivo Financeiro aos estados, Distrito Federal e Municípios para a Vigilância em Saúde - Plano Orçamentário 0001.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir da competência financeira janeiro de 2021.


EDUARDO PAZUELLO


Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.


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Além da Covid, a dengue preocupa

08 dezembro, 2020

 Em tempos de pandemia, a população deve manter os cuidados em dia para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como Dengue, Zika Vírus e Chikungunya. Os sintomas mais comuns da Dengue são febre alta, dor no corpo (muscular e/ou articulações), dor de cabeça e atrás dos olhos, além de erupções na pele. Há ainda os “sinais de alarme”, como dor abdominal persistente, sinal de sangramento e tontura.



Mesmo com a pandemia, não podemos esquecer do combate às arboviroses e de atitude simples no dia a dia como limpar o quintal, identificar possíveis focos do mosquito e eliminar todos os recipientes ou reservatórios que possam acumular água como latas, pneus, tampas de garrafa, recipientes plásticos, copos descartáveis e até cascas de ovos.
O lixo doméstico deve ser acondicionado em sacos plásticos e descartado adequadamente, em depósitos fechados.
VAMOS APROVEITAR O ISOLAMENTO SOCIAL PARA COMBATER O MOSQUITO.
O COMBATE À DENGUE É UM DEVER DE TODOS NÓS!
A PREVENÇÃO É A PRINCIPAL FORMA DE COMBATER O AEDES AEGYPTI.
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Reino Unido aprova vacina da BioNTech e Pfizer, BNT162b2

02 dezembro, 2020

 A empresa com sede em Mainz e seu grupo parceiro nos EUA podem oferecer sua vacina no primeiro país: o governo de Londres concedeu seu pedido de aprovação de emergência.

Frascos de vacina Corona na fábrica de Kalamazoo,
 Michigan 
© Pfizer / Folheto / Reuters

A autoridade reguladora britânica para produtos farmacêuticos concedeu aprovação de emergência para a vacina corona BNT162b2 da empresa farmacêutica BioNTech, com sede em Mainz, e de seu parceiro nos EUA, Pfizer. Ambas as empresas anunciaram isso . Isso significa que a aprovação na Grã-Bretanha foi mais rápida do que na UE e nos EUA. É a primeira aprovação do BNT162b2 em todo o mundo.

De acordo com a empresa, as doses da vacina podem ser entregues imediatamente - e a Grã-Bretanha planeja iniciar a vacinação a partir do início da próxima semana. O Ministro da Saúde Matt Hancock anunciou isso em uma entrevista à Sky News. Em seguida, é distribuído de acordo com as recomendações do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização. De acordo com o governo do Reino Unido, as vacinas vêm primeiro, de acordo com profissionais de saúde, residentes de lares de idosos e, em seguida, outros idosos. Centros de vacinação e 50 hospitais estão disponíveis. Os militares deveriam ajudar com a logística.

O país, com cerca de 66 milhões de habitantes, garantiu 40 milhões de doses de vacinas. De acordo com a Pfizer e a BioNTech, a proteção da vacinação leva duas doses com três semanas de intervalo. Uma semana após a segunda dose, a proteção vacinal é eficaz.

O Reino Unido foi particularmente afetado pela pandemia e muitos dos hospitais cronicamente subfinanciados atingiram seus limites de capacidade. Quase 60.000 pessoas no Reino Unido já morreram com Covid-19, de acordo com o Departamento de Saúde. Espera-se um alto número de casos não notificados. O primeiro-ministro Boris Johnson é acusado de ter reagido tarde demais e de forma inadequada à crise da coroa.

 

Aprovação na UE este ano?

 

Para a vacina BioNTech / Pfizer, uma extensa série de testes mostrou uma eficácia que oferece 95% de proteção contra a doença Covid-19, de acordo com a empresa. A vacina funciona de forma semelhante em todas as faixas etárias e outras diferenças demográficas e praticamente não apresenta efeitos colaterais graves, anunciaram as empresas após a análise final. A proteção da vacinação para pessoas com mais de 65 anos é superior a 94 por cento.

Esses resultados estão relacionados à proteção contra a doença de Covid 19. Ainda não está claro até que ponto a vacina também protege contra infecções e possível transmissão do vírus.

A Agência Europeia de Medicamentos (Ema) também quer decidir sobre uma recomendação de aprovação para a vacina corona da BioNTech e Pfizer em dezembro. A agência anunciou nesta terça-feira que o resultado do exame deve estar disponível até o dia 29 de dezembro. Os estados da UE garantiram contratualmente até 300 milhões de doses de vacina .

Na segunda-feira, a americana Moderna também pediu a aprovação da vacina corona da Ema . Ema quer decidir sobre esta aplicação até 12 de janeiro. A UE assinou um acordo-quadro com a Moderna para até 160 milhões de doses de vacinas.


 

 



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