Conheça as diferenças entre gripe, H1N1, dengue e viroses

16 maio, 2013


Sintomas semelhantes confundem pacientes, que não sabem qual especialista de saúde procurar.
Começa com mal-estar, dor de cabeça, vômito. Depois, dor no corpo e febre. Alguns sentem diarreia, dores no abdômen, nariz escorrendo, tosse e mais febre. E outros, tudo isso e mais manchas na pele e calafrios. Os sintomas de dengue, virose, gripe comum e influenza A (H1N1) são muito parecidos e confundem a população na hora de saber quando e quais os especialistas procurar ou se vai para emergência dos hospitais ou postos de saúde. Uma coisa é certa, alertam os infectologistas, é preciso ter cuidado, pois esses males são causados por vírus que, se não forem combatidos, podem evoluir e piorar o quadro geral do paciente.

Nesta época do ano, vírus circulam em Fortaleza e causam a lotação de hospitais, segundo gerente de Vigilância Epidemiológica da SMS Foto: Kléber A Gonçalves
"Em geral, os sintomas são muito semelhantes: febre, cefaleia, cansaço. Na dengue, não ocorre a coriza, mas tem o mal-estar bem parecido com aquele da gripe A, por isso é tão importante, assim que a pessoa perceber os primeiros sintomas, já procurar atendimento médico", orienta o gerente da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Município (SMS), Antônio de Lima.

De acordo com ele, nesta época do ano, vírus como os que causam viroses gastrointestinais (com vômitos, diarreia, náuseas) circulam em Fortaleza e vêm lotando unidades de saúde. Além dele, os vírus da gripe comum e A (H1N1), assim como a dengue, também causam preocupação. Com todos eles circulando, quem se contamina fica na maior dúvida.

A dona de casa Ana Aparecida de Oliveira que o diga. Com náuseas, vômitos, dor de cabeça e diarreia, ela procurou ajuda na emergência do Hospital São Carlos e teve seu diagnóstico definido como virose.

Kelly Patrícia, de 5 anos, apresentou febre, tosse e moleza no corpo. A mãe da menina, Jaqueline Soares, suspeitou que a filha estivesse com dengue e optou ir direto para o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), mas o exame de sangue deu negativo, era apenas uma gripe.

Já o professor José Eufrásio de Souza, que sofria com febre alta, dor de cabeça, calafrios, dores musculares e manchas avermelhadas na pele foi diagnosticado com dengue.

Antônio Lima explica que esses casos são frequentes, já que a maioria das viroses começa com sintomas semelhantes. Mas, segundo ele, a grande diferença é que a dengue não causa problemas respiratórios. Entre as viroses respiratórias e a gripe comum, explica, é mais difícil fazer o reconhecimento, pois o que difere uma da outra é apenas a intensidade dos sintomas.

A diferença entre o vírus A (H1N1), conhecido como gripe A, e a gripe comum é possível de identificar pela insuficiência respiratória. Segundo ele, o paciente com a influenza A apresenta um quadro clínico grave e muita falta de ar, o que pode levar a morte. "A reação inflamatória lesa os tecidos do pulmão e o paciente não consegue fazer as trocas gasosas. Este quadro acomete os órgãos como coração e fígado. Portanto, se estiver gripado e apresentar qualquer sinal de insuficiência, vá para uma unidade de saúde", diz.

Infecção

De acordo com o diretor do Hospital São José e infectologista, Roberto da Justa, muita gente pensa que "virose" é um termo usado pelos médicos quando não sabem quais são os males que afligem seus pacientes. "Mas virose existe, sim, e é definida como uma infecção causada por um vírus", frisa.

Ele salienta que, na maioria das vezes, as viroses são benignas e desaparecem no período entre 48 e 72 horas. No entanto, em alguns casos, a doença predispõe o organismo a infecções bacterianas. "Estas, sim, trazem sérios prejuízos para o organismo", indica o infectologista. Cerca de 60% das pneumonias causadas por bactérias decorrem de uma gripe ou de outras viroses respiratórias. Ou seja, o indivíduo tem uma infecção viral que debilita o organismo temporariamente, o que se torna uma oportunidade e tanto para uma bactéria se aproveitar da ocasião e causar uma nova infecção.

Outros quadros infecciosos que também podem ser identificados são sinusite, amigdalite, otite e traqueíte.

Precaução

Em todos os sintomas, sejam eles leves ou mais fortes, orienta o médico, a higiene das mãos e dos alimentos são fundamentais para evitar a contaminação. Os vegetais, como frutas e legumes, devem ser muito bem lavados em uma solução com água filtrada ou fervida e gotas de água sanitária. Isso porque eles são um dos principais transmissores de vírus que atacam o sistema digestivo. Além disso, é preciso manter o corpo sempre hidratado para se precaver contra a desidratação. Por isso, consuma muito suco de frutas e água de coco, além de água pura, principalmente nos dias muito quentes.

Cuidado com alimentos de origem desconhecida vendidos em ruas ou praias. Um lanche natural não é sinônimo de ter sido feito com os cuidados higiênicos adequados.

No caso de diarreias, a alimentação deve ser a mais indicada para esses casos. Alimentos como goiaba e maçã diminuem o problema. Já o mamão, o leite e suco de laranja podem piorar o quadro. Segundo os especialistas, é bom lembrar que crianças e idosos são mais vulneráveis e, por isso, requerem cuidados especiais. Se surgir alguma alteração, esses pacientes devem ser monitorados com mais atenção.

LÊDA GONÇALVESREPÓRTER

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