Mudanças no protocolo para tratar dengue começam em Pernambuco

15 dezembro, 2011

Pernambuco será o primeiro estado do Brasil a adotar as mudanças determinadas pelo Ministério da Saúde para atender pacientes de dengue.
De acordo com as mudanças no Manual de Diagnóstico e Manejo Clínico, agora o teste do laço e o cartão de controle da doença serão obrigatórios para todos os pacientes com suspeita do quadro. Os treinamentos dos profissionais de hospitais públicos e particulares já começam na próxima semana segundo reportagem do NETV 2ª.
Representantes de todos os estados estão sendo convocados para uma reunião em Brasília, nesta quinta-feira (15) e sexta-feira (16), quando os detalhes das medidas serão anunciados. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, este ano foram confirmados 12.741 casos de dengue no estado.
No teste do laço, o braço do doente deverá ser pressionado por cinco minutos, e o médico observa o surgimento de pontos vermelhos. "A gente bota uma área equivalente a uma polegada. Se a gente tiver vinte micropetéqueas, pontinhos vermelhos que representam um tipo de sangramento, a gente considera como dado positivo. São pequenos do tamanho da ponta de uma caneta", afirma o médico Carlos Brito, consultor do Ministério da Saúde.  Se o teste do laço der positivo, o profissional de saúde deve consultar o protocolo que ficará afixado em todas as emergências públicas e particulares para definir a gravidade do paciente e o tratamento adequado.
O cartão da dengue, com o histórico do atendimento e os exames realizados, também passa a ser regra. “São destacados neste cartão os sinais de alarme. É informado aos pacientes que na presença destes sinais ele terá que voltar de imediato”, conta Carlos Brito. "Paciente que tem uma dor abdominal constante, vômitos persistentes, sensação de tontura e desmaio, falta de ar, sonolência excessiva, irritabilidade, a urina que diminui... Qualquer sangramento, mesmo que seja em pequena quantidade, no nariz ou gengiva, são alguns dos sinais de alarmes", detalha o médico.

As medidas foram tomadas pelo Ministério devido a erros básicos no atendimento aos casos da doença. Com as modificações, o governo quer tentar reduzir o número de mortes provocadas pela dengue. Hoje, 10% dos brasileiros que sofrem com a forma mais grave da doença morrem. O índice aceito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de apenas 1%. Segundo o levantamento do Ministério, no atendimento aos pacientes, a hidratação é insuficiente, os exames de laboratórios não são solicitados com frequência e o resultado demora a chegar.
Segundo a superintendente de Regionalização em Saúde da Secretaria de Saúde de Pernambuco, Zelma Pessoa, o mau atendimento é a principal razão do alto número de mortes por dengue. “Quando a gente avalia cientificamente qual é a causa do aumento da letalidade não é a mudança do tipo de vírus isoladamente, não é a forma mais grave deles, nem as infecções sequenciais de vírus diferentes. É a qualidade da assistência básica”, afirmou

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